Certamente você já recebeu SMSs, e-mails ou ligações suspeitas de fraudadores tentando se passar pelo seu banco ou por uma loja onde você comprou recentemente, não é mesmo? Essa prática é chamada de spoofing e acontece quando alguém finge ser um contato ou uma marca em que você confia para acessar informações pessoais sensíveis ou até roubar sua identidade.

Pode ser um spoofing de e-mail, IP, DNS, SMS e chamadas telefônicas, mas todos têm o mesmo objetivo: sequestrar informações pessoais sensíveis e de pagamento dos usuários para utilizá-las em operações criminosas, como a criação de contas laranjas, obtenção de empréstimos, controle de contas bancárias e até mesmo a venda dessas informações na Dark Web.

Por isso, é mais que essencial ficar atento e implementar todas as medidas possíveis para mitigar os riscos de ser mais uma vítima. Empresas também devem se preocupar com o tema e adotar camadas de segurança, como as que evitaram mais de 800 mil  tentativas de fraudes de identidade em maio de 2024, segundo a Serasa Experian. Quer descobrir mais sobre o tema? Então continue conosco!

O que é spoofing?

O spoofing é uma técnica de fraude de identidade em que criminosos se passam por uma fonte confiável — como instituições financeiras, bancos e até o Governo Federal — para enganar o usuário e obter informações valiosas. Eles falsificam sua identidade real e fazem parecer que a comunicação é legítima, levando a vítima a "baixar a guarda" e facilitar o acesso a dados financeiros, logins e até informações pessoais sensíveis.

O termo tem origem no verbo em inglês “to spoof”, que significa "enganar" ou "ludibriar". No contexto da cibersegurança, refere-se a qualquer tentativa de falsificação ou imitação de identidade com o objetivo de roubar dados ou realizar ações maliciosas. Essa técnica pode ser empregada de diversas formas, como explicaremos a seguir.

 

Quais os tipos de spoofing?

Existem diversas maneiras de criminosos aplicarem o spoofing, adaptando a técnica ao meio de comunicação ou sistema que desejam explorar. Os tipos mais comuns são por e-mail, IP, DNS, SMS e chamadas:

  • Spoofing de e-mail: o fraudador altera o remetente do e-mail para fazer parecer que ele vem de uma fonte legítima, como um banco, empresa de e-commerce ou até mesmo um conhecido. Ao abrir um e-mail falso, a vítima pode ser induzida a clicar em links maliciosos, baixar arquivos infectados ou fornecer dados confidenciais.
  • Spoofing de IP: o invasor modifica o endereço IP (Protocolo de Internet) para se disfarçar como um dispositivo legítimo em uma rede. Dessa forma, ele pode interceptar dados, acessar sistemas restritos ou lançar ataques a outros dispositivos conectados.
  • Spoofing de DNS: também conhecido como envenenamento de cache, altera o sistema de nomes de domínio (DNS) para redirecionar a vítima a um site falso, muitas vezes idêntico ao site original. Esse golpe é utilizado para capturar informações de login, como senhas e números de cartão de crédito.
  • Spoofing de SMS: os fraudadores enviam mensagens de texto que parecem vir de uma instituição confiável, como um banco ou loja, pedindo que a vítima clique em um link ou forneça informações sensíveis. Essas mensagens são quase idênticas às originais, confundindo o usuário e aumentando as chances de sucesso do golpe.
  • Spoofing de chamadas telefônicas: também é conhecido como vishing (phishing por voz). Os fraudadores utilizam tecnologias para falsificar o número de telefone, fazendo parecer que a chamada vem de uma fonte confiável, como um call center ou um banco. Durante a ligação, eles tentam coletar informações pessoais ou dados financeiros.

Cada uma dessas modalidades de spoofing tem o potencial de causar sérios danos em escala. Por isso, entender como elas funcionam é o primeiro passo para evitar torna-se uma vítima. Assista a este episódio da série "Atenção, isso é fraude!" da Serasa Experian e saiba como identificar esses casos:

Como o spoofing funciona na prática?

Imagine o seguinte cenário: você recebe um e-mail do seu banco com o seguinte assunto: "Atualize suas informações bancárias". O e-mail parece genuíno — o logotipo do banco está lá, o tom da mensagem é profissional e o link incluso parece legítimo.

No entanto, ao clicar nele, você é redirecionado para uma página falsa que imita o site do banco, mas é controlada pelos fraudadores. Nesse momento, ao inserir suas credenciais de login, essas informações são capturadas e enviadas diretamente para os criminosos. Sem saber, você forneceu seus dados bancários a uma fonte fraudulenta.

Outro exemplo comum é o spoofing de chamadas telefônicas. Neste caso, a pessoa se identifica como um funcionário do seu banco. O número que aparece em seu identificador de chamadas parece ser realmente da instituição financeira.

Durante a ligação, o atendente solicita informações sensíveis, como números de conta ou códigos de segurança, alegando que sua conta foi comprometida. No entanto, a chamada foi falsificada, e as informações fornecidas são usadas para acessar a conta sem a sua permissão.

Esses cenários ilustram como o spoofing pode ser devastador, tanto para indivíduos quanto para empresas. Os fraudadores utilizam a confiança da vítima e tecnologias avançadas para manipular canais de comunicação, tornando essencial que usuários e instituições adotem medidas de segurança robustas.

Quais são as diferenças entre spoofing e phishing?

O phishing é uma tentativa de enganar o usuário para que forneça informações confidenciais, geralmente por meio de um e-mail ou mensagem que parece legítima. No phishing, o fraudador induz a vítima a clicar em links maliciosos ou a baixar arquivos contaminados com o objetivo de roubar dados.

O spoofing, por outro lado, envolve a falsificação da identidade do remetente, endereço IP ou número de telefone para enganar a vítima e fazê-la acreditar que a comunicação é legítima. Frequentemente utilizado como parte de um ataque de phishing, ele é mais abrangente, incluindo diversos tipos de falsificação.

Por exemplo, um ataque de phishing pode incluir spoofing de e-mail. Ambos os ataques, no entanto, compartilham o objetivo de roubar informações pessoais ou financeiras da vítima.

Como o spoofing pode afetar o seu negócio?

Para as empresas, o impacto do spoofing pode ser devastador. Além de causar prejuízos financeiros diretos, ataques de spoofing comprometem a confiança dos clientes, prejudicam a reputação da marca e podem resultar em sanções legais devido ao não cumprimento de regulamentações de proteção de dados, como a LGPD. Confira algumas formas específicas de como o spoofing pode afetar o seu negócio:

  1. Perda de dados e informações confidenciais: os ataques podem permitir que fraudadores obtenham acesso a informações internas da empresa, como dados de clientes, segredos comerciais e informações financeiras. Eles podem ser vendidos na Dark Web ou usados para fraudes mais complexas, como a lavagem de dinheiro.
  2. Perda financeira direta: pode resultar em transferências financeiras fraudulentas, pagamentos não autorizados e desvio de fundos.
  3. Prejuízo à reputação: quando uma empresa é vítima de spoofing, a confiança dos clientes e parceiros pode ser severamente abalada, pois os consumidores esperam que as empresas protejam seus dados. Caso essa proteção falhe, a imagem da empresa pode ser danificada irreparavelmente.
  4. Ações legais e regulatórias: além dos danos financeiros e à reputação, a violação de dados causada por ataques de spoofing pode resultar em sanções legais. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) impõe multas severas às empresas que falham em proteger adequadamente as informações de seus clientes.

Como proteger sua empresa do spoofing?

Proteger sua empresa contra o spoofing exige uma abordagem que combina tecnologia avançada com boas práticas de segurança. Listamos algumas medidas que podem ser implementadas para reduzir o risco de ser vítima desses ataques:

  1. Implementação de autenticação multifatorial (MFA): adotar a autenticação multifatorial é uma das formas mais eficazes de evitar que invasores acessem contas com credenciais roubadas. O MFA exige que os usuários passem por várias camadas de verificação, dificultando o acesso de fraudadores, mesmo que consigam obter uma senha.
  2. Verificação rigorosa de e-mails e SMS: utilize filtros de e-mail avançados que possam identificar e-mails de phishing e bloquear tentativas de spoofing. Além disso, implemente sistemas que possam verificar a autenticidade de mensagens de texto enviadas para seus clientes.
  3. Educação e conscientização dos funcionários: os funcionários precisam estar cientes dos riscos de spoofing e phishing. Treinamentos regulares sobre cibersegurança podem ajudá-los a identificar mensagens suspeitas e evitar a divulgação de informações confidenciais.
  4. Monitoramento contínuo de rede e sistemas: ferramentas de monitoramento contínuo que analisam o tráfego da rede em tempo real podem detectar atividades suspeitas, como tentativas de spoofing de IP ou DNS. Essas soluções alertam a equipe de segurança sobre possíveis ataques antes que causem danos significativos.
  5. Certificados SSL e criptografia: certifique-se de que todos os seus sites e sistemas utilizem criptografia SSL para proteger a comunicação entre o cliente e seus servidores. Isso impede que criminosos capturem dados durante as transações online.
  6. Validação de chamadas telefônicas: no caso de spoofing por telefone, treine seus colaboradores para validar qualquer solicitação de informação sensível recebida por telefone. Caso tenham dúvidas sobre a legitimidade da chamada, devem entrar em contato diretamente com a pessoa ou empresa que supostamente fez a ligação.

Essas práticas, quando combinadas, ajudam a criar uma defesa sólida contra tentativas de spoofing. No entanto, é importante utilizar soluções específicas para empresas que integram todas essas camadas de segurança.

Conte com as soluções de segurança em camadas da Serasa Experian!

Primeira e maior Datatech do Brasil, a Serasa Experian oferece um portfólio completo de soluções de autenticação e prevenção à fraude, blindando sua empresa contra ataques de spoofing e outros crimes cibernéticos.

Combinamos inteligência analítica com o mais completo ecossistema de big data da América Latina, para proteger toda a sua jornada de interação digital com os clientes.

Nossas soluções de inteligência de dispositivos e de biometria facial, por exemplo, contam com técnicas proprietárias contra spoofing, que potencializam a segurança do seu negócio sem impactar a experiência do usuário legítimo.

Não espere até que sua empresa seja alvo de ataques. Entre em contato com um dos especialistas da Serasa Experian e descubra como podemos te ajudar!