Alguns assuntos ganharam destaque e relevância no cenário econômico em 2013. Segundos os economistas da Serasa Experian, o ano de 2013, presenciou melhora no quadro externo, com a Zona do Euro saindo da recessão e o desemprego recuando de forma mais consistente nos EUA. Entretanto, o Brasil poderia ter aproveitado melhor este cenário externo mais favorável. Ocorre que, por não termos nos preparado adequadamente para o processo de retirada gradual dos estímulos monetários anticrise nos EUA, mantendo a inflação baixa e estável e a contas públicas em ordem, o real se depreciou significativamente perante à moeda norte-americana. Mais ainda, não conseguimos dar uma resposta adequada ao ritmo da inflação e às deteriorações da balança comercial e das contas públicas, apesar da alta dos juros, promovida pelo Banco Central, e do recuo da inadimplência.

Portanto, a presença destes desequilíbrios macroeconômicos (alta da inflação, queda do saldo comercial e elevação do déficit público), aliada às manifestações populares, reduziu o grau de confiança dos agentes econômicos (empresários, consumidores, investidores internacionais, etc.) afetando adversamente o desempenho da economia brasileira em 2013.

Para os economistas da Serasa Experian, em 2014, espera-se que o processo de aperto monetário em curso (aumento da taxa de juros) inverta a tendência de alta da inflação, que a alta do dólar produza melhores resultados nas contas externas do país e que, a despeito de ser um ano eleitoral, o governo consiga controlar melhor as suas contas, especialmente pela redução da taxa de expansão do gasto público. Assim, a correção destes desequilíbrios macroeconômicos, aliada à perspectiva de melhora contínua no ambiente externo (EUA, Europa, Japão, China etc.), tenderá a reverter as incertezas dos agentes econômicos quanto à economia brasileira, pavimentando um cenário mais promissor para a evolução do ritmo dos negócios.

Confira abaixo os dez principais fatos econômicos que marcaram 2013, segundo a análise dos economistas da Serasa Experian:

1)    Queda da inadimplência: Após dois anos de fortes elevações (21,5% em 2011 e 15,0% em 2012), finalmente a inadimplência do consumidor cedeu em 2013. De acordo com o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor, houve queda de 2,0% no ano de 2013 na comparação com o ano anterior. De fato, de acordo com os dados do Banco Central, a inadimplência das pessoas físicas no chamado crédito livre recuou de 8,0% (dez/12) para 6,7% (dez/13).

2)    Crescimento da inflação: O ano de 2013 foi mais um em que a inflação ficou acima da meta de 4,5%. Com efeito, a alta acumulada em 2013 pelo IPCA-IBGE foi de 5,91% que, além de estar acima da meta, foi maior que a inflação de 2012 medida por este mesmo indicador (5,84%). O governo tentou conter a inflação, segurando os reajustes de alguns preços que sofrem certa influência, direta ou indiretamente, como a energia elétrica, combustíveis, tarifas públicas etc. São os chamados preços administrados, que subiram apenas 1,5% no ano passado. Mas os chamados preços livres, sobre os quais o governo não exerce influência e são determinados pelo mercado, como alimentos, bebidas, produtos de higiene e limpeza, serviços em geral etc., subiram 7,3% em 2013.

3)    Alta do dólar: O fortalecimento da economia dos EUA em 2013, caracterizado pelo crescimento do PIB e pela queda da taxa de desemprego, permitiu que o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) iniciasse, a partir do último trimestre de 2013, a retirada gradativa do programa de compra de títulos junto aos bancos (o chamado Afrouxamento Monetário Fase 3). Este processo, implicando menor injeção de moeda no sistema, provocou alta da cotação do dólar perante as moedas nacionais de países emergentes, como o Brasil. Assim, no ano passado, o dólar se valorizou 14,6% frente ao real, passando de R$ 2,04 (dez/12) para R$ 2,34 (dez/13).

4)    Crédito imobiliário tornou-se a principal modalidade para as pessoas físicas: O mercado de crédito evoluiu num ritmo mais moderado em 2013. O saldo das operações dentro do Sistema Financeiro Nacional cresceu 14,6% em 2013 contra 16,4% em 2012. Mas se teve uma linha de crédito que continuou com forte expansão, esta foi a do crédito imobiliário: crescimento de 33,7% em 2013, atingindo um montante de R$ 341,5 bilhões, ou 7,1% do PIB. Com este resultado, o crédito imobiliário ultrapassou em 2013 a carteira de crédito pessoal (R$ 319,5 bilhões) e passou a ser a principal modalidade de crédito para as pessoas físicas no país.

5)    Onda de protestos: O ano de 2013 ficou marcado pela onda de protestos e manifestações populares, especialmente nos principais centros urbanos do país, com um espectro de reivindicações bastante amplo e difuso, indo desde a redução imediata das tarifas de transportes públicos até a não realização da Copa do Mundo de 2014. O fato é que toda esta movimentação afetou negativamente o grau de confiança dos consumidores e a atividade varejista, obrigando o comércio a fechar as suas portas, principalmente nos estabelecimentos próximos aos locais das manifestações.

6)    Consignado foi a linha de crédito de consumo que mais cresceu em 2013: Considerando apenas as linhas de crédito ligadas ao consumo (o chamado crédito livre), o destaque de 2013 ficou por conta do crédito consignado, que avançou 17,5% em 2013, contra uma alta de apenas 7,6% no crédito livre. Isto mostrou que, no ano passado, o principal destino do crédito assumido pelo brasileiro foi para renegociar e/ou quitar débitos, diferentemente de outros períodos em que as linhas ligadas a consumo de bens duráveis (financiamento de automóveis, moveis e eletroeletrônicos etc.) davam a tônica do mercado de crédito às pessoas físicas.

7)    Déficit da balança comercial: A alta da cotação da moeda norte-americana não foi suficiente para impedir que a balança comercial brasileira registrasse o pior desempenho dos últimos 13 anos. De fato, com exportações de US$ 242,2 bilhões e importações de US$ 239,6 bilhões, o saldo positivo caiu de US$ 19,4 bilhões em 2012 para apenas US$ 2,6 bilhões em 2013.

8)    Retomada das concessões/privatizações por parte do governo: Diante da enorme necessidade de se expandir a infraestrutura do país e tendo em vista as dificuldades fiscais e operacionais do governo em realizar investimentos, foi retomado o processo de concessões/privatizações em 2013. Assim, o governo federal obteve relativo sucesso nos leilões do campo de Libra (exploração do pré-sal), dos aeroportos de Galeão e Confins e de 5 trechos da malha rodoviária nacional. O governo também conseguiu aprovar no Congresso Nacional a Lei 12.815 (Lei de Portos), que flexibiliza as regras para a instalação de terminais privados.

9)    Deterioração do resultado fiscal: A exemplo do que ocorreu no ano de 2012, 2013 foi mais um ano em que os gastos públicos cresceram mais que as receitas. De acordo com os dados da Secretaria do Tesouro Nacional, as despesas do governo federal cresceram 13,6% ao passo que as receitas avançaram 11,2% contando, inclusive, com aquelas obtidas nos leilões de concessões (aeroportos, exploração petrolífera, estradas etc.). Assim, o superávit primário, a economia que o governo faz todo ano para pagar os juros da dívida fiscal, caiu de 2,4% do PIB em 2012 para 1,9% do PIB em 2013.

10) Fim da recessão na Zona do Euro e recuo do desemprego nos EUA: Do ponto de vista da conjuntura economia internacional, destacaram-se em 2013 o fim da recessão na Zona do Euro e a queda da taxa de desemprego da economia norte-americana. De fato, após ter registrado seis trimestres seguidos de contração (4T11 até 1T13), o PIB da Zona do Euro voltou ao território positivo em 2013, registrando duas altas consecutivas, caracterizando o fim da recessão naquela região: 2T13 (+0,3%) e 3T13 (+0,1%). Por sua vez, a economia norte-americana engatou, em 2013, mais um ano de crescimento (alta de 1,9% no PIB), permitindo a continuidade de queda da taxa de desemprego naquele país, a qual passou de 7,9% (dez/12) para 6,7 (dez/13).

Serasa Experian

A Serasa Experian é líder na América Latina em serviços de informações para apoio na tomada de decisões das empresas. No Brasil, é sinônimo de solução para todas as etapas do ciclo de negócios, desde a prospecção até a cobrança, oferecendo às organizações as melhores ferramentas. Com profundo conhecimento do mercado brasileiro, conjuga a força e a tradição do nome Serasa com a liderança mundial da Experian. Criada em 1968, uniu-se à Experian Company em 2007. Responde on-line/real-time a 6 milhões de consultas por dia, auxiliando 500 mil clientes diretos e indiretos a tomar a melhor decisão em qualquer etapa de negócio. É a maior Autoridade Certificadora do Brasil, provendo todos os tipos de certificados digitais e soluções customizadas para utilização da tecnologia de certificação digital e de Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e), tornando os negócios mais seguros, ágeis e rentáveis.

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A Experian plc está registrada na Bolsa de Valores de Londres (EXPN) e compõe o índice FTSE 100. A receita total para o ano fiscal encerrado em 31 de março de 2013 foi de US$ 4,7 bilhões. A empresa emprega cerca de 17.000 pessoas em 40 países e possui sede corporativa em Dublin, na Irlanda e sedes operacionais em Nottingham, no Reino Unido; na Califórnia, Estados Unidos, e em São Paulo, Brasil.

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