Após seqüência de sete altas consecutivas, o movimento do varejo nacional registrou, em setembro de 2009, a menor taxa do ano. De acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, houve crescimento nulo (variação de 0,0%) na atividade varejista do mês passado, igualando a variação ocorrida em janeiro/09. O destaque do mês de setembro/09 foi o segmento de veículos, motos e peças que, com a proximidade do desmonte dos incentivos fiscais ao setor, registrou crescimento de 6,5% no movimento de suas lojas no mês passado.

Entretanto, esta alta não foi suficiente para contrabalançar a queda ocorrida na metade dos seis setores pesquisados: recuo de 0,6% no segmento de móveis, eletroeletrônicos e informática; variação negativa de 0,3% no movimento das lojas de material de construção e queda de 2,1% na atividade do segmento de tecidos, vestuário, calçados e acessórios. Completando os setores, houve ainda alta de 1,0% no movimento de combustíveis e lubrificantes e de 0,1% nos supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas.

Segundo os técnicos da Serasa Experian, o fim do ciclo de relaxamento monetário e a retirada dos estímulos fiscais anti-crise não devem produzir, sistematicamente, taxas negativas de expansão do varejo. Mas, daqui em diante, as taxas mensais de crescimento da atividade varejista, ainda no geral positivas, serão menos intensas do que a média registrada no período de maio a agosto deste ano (crescimento médio mensal de 1,1%).

Na comparação anual, isto é, frente ao mesmo mês de 2008, setembro de 2009 registrou alta de 5,6% em relação a setembro de 2008, a segunda maior taxa do ano, somente perdendo para os 6,3% ocorridos em agosto/09. O segmento de móveis, eletroeletrônicos e informática avançou 9,9% em setembro de 2009 em relação ao mesmo mês de 2008. Por sua vez, o setor de tecidos, vestuário, calçados e acessórios apontou elevação de 5,7% nesta mesma base de comparação. O destaque de queda, na comparação anual, continua sendo (como vem sendo observado já há alguns meses) o segmento de material de construção (recuo de 18,7% em setembro/09 contra setembro/08).

No acumulado do ano de 2009, o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio registrou crescimento de 4,4%, liderado pelo setor de móveis, eletroeletrônicos e informática, com alta de 10,1%. Em seguida, destacam-se os setores de tecidos, vestuário, calçados e acessórios (alta de 3,3%); veículos, motos e peças, com elevação de 2,7% e supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas com alta de 1,4%. Os únicos segmentos que apresentaram queda de atividade no acumulado anual foram o de combustíveis e lubrificantes (-1,8%) e o de material de construção (-14,4%).

Metodologia

O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio analisa eventos ocorridos em todo o Brasil e reflete a evolução da atividade do comércio varejista em âmbito nacional. O indicador considera as consultas registradas à base de dados da Serasa Experian de aproximadamente 6.000 empresas comerciais.

O ponto de partida e ferramental exclusivo é o banco de dados da Serasa Experian, uma das maiores empresas do mundo em informações e análises econômico-financeiras para apoiar decisões de crédito e negócios. A Serasa Experian é a única organização do Brasil que tem registros de todos os segmentos econômicos do país.

O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio tem periodicidade mensal e nasce sob a marca Serasa Experian, que conjuga a força do nome Serasa no mercado brasileiro com a liderança mundial da Experian.

A Experian é líder global no mercado de informações, atuante em mais de 65 países de todos os continentes. Adquiriu o controle acionário da Serasa em junho de 2007. A partir da consumação do negócio, as duas empresas integraram pessoas, expertises, soluções e agora apresentam uma marca que representa uma identidade única. Uma já tinha amplo e profundo conhecimento do mercado brasileiro; a outra veio com experiência de atuação em mercados mais maduros. Hoje, a Serasa Experian oferece as mais modernas e inovadoras soluções de informação para apoiar validação de dados, decisões de crédito e de marketing direto, a empresas de todos os segmentos da economia, e de todos os portes.