A política de crédito não deve ser complexa, mas sim capaz de identificar o risco de inadimplência para que a instituição possa definir a melhor oferta aos seus clientes. Deve ser analisada a capacidade de pagamento da empresa, no presente e no futuro, para orientar a liberação de linhas de crédito. A prevenção à fraude é uma etapa complementar, porém não se resume apenas à validação cadastral.

Veja alguns itens importantes que gestores de risco e crédito devem considerar para um processo mais eficiente de concessão de crédito:

1 – Evite a avaliação uniforme

Se a carteira de clientes tem organizações de diferentes portes, ramos de atuação e práticas de compras, é necessário políticas distintas para análise de crédito, que precisam ser adaptadas para cada público para se obter resultados melhores.

Este é apenas um dos exemplos, pois também devem ser analisados ainda o poder de compra, o cadastro positivo entre outras informações.

2 – Entenda se os cadastros restritivos de crédito apontados comprometem o pagamento do cliente

A avaliação da materialidade (valor da dívida) e da intensidade (quantidade) de cadastros restritivos de crédito pode apontar, por exemplo, se a empresa atingiu a sua capacidade operacional ou se é só uma questão organizacional. Ou seja, a empresa está negativada, mas teria capacidade de pagamento. Verificando estas características é possível identificar qual a possibilidade daquela determinada instituição se tornar inadimplente no mercado.

Quando o atacado ou a indústria com canal de distribuição estiver avaliando o varejista para concessão de crédito, também é importante considerar as informações internas sobre atrasos de pagamento, além das próprias de mercado.

3 –Verifique a relevância das informações solicitadas

Normalmente, empresas se queixam de que não conseguem obter certas informações de um potencial cliente para fazer a análise de crédito, como o balanço patrimonial de uma pequena empresa. Em contrapartida, a outra ponta também não compreende porque certas informações estão sendo solicitadas. O fato é que nem sempre este tipo de dado oferece credibilidade para a tomada de decisão.

4 – Analise o comportamento do quadro societário

Veja se há alteração recente de quadro societário, pois ele é um indicativo importante de que deve haver cuidado ao oferecer uma linha de crédito. Assim não se corre o risco de ser vítima de um fraudador que utiliza um CNPJ que está ativo na Receita Federal, porém que não opera no mercado.

Outro ponto de atenção: Se o sócio majoritário de uma empresa de pequeno ou médio porte tem um restritivo ativo em pessoa física, geralmente sua empresa começa a ter problemas em seis meses também. Ao lidar com pequenas e médias empresas é necessário avaliar ainda a saúde financeira dos sócios, pois as dívidas da empresa podem refletir na pessoa física e vice-versa.

5 – Avalie quanto tempo a empresa existe e o período de relacionamento com ela

É preciso estipular um tempo mínimo de prática de mercado das empresas e a recomendação é de ao menos 1 ano de existência. Para se ofertar uma linha de crédito com consciência de longo prazo é interessante que já se tenha passado um ciclo contábil da empresa. Além disso, é importante que haja um período mínimo de relacionamento com o cliente de pelo menos seis meses.

Para conceder crédito para empresas com pouco tempo de mercado é necessário ainda reunir informações para a análise. O capital social seria uma boa referência para ponderar o risco da operação, porém este dado geralmente não respeita a função para qual foi construído, perdendo a relevância para a tomada de decisão. Por isso, é importante contar com um bureau de crédito com soluções específicas para obter informações sobre a pequena empresa que está ingressando na sua carteira de cliente.

6 – Utilize a inteligência do score de crédito

Ao utilizar o score de crédito da empresa é possível dar mais inteligência aos cadastros restritivos de crédito. É por meio do score de crédito que se entenderá qual a melhor linha para o cliente, sem comprometer o fluxo de caixa.

O mercado só avalia os cadastros restritivos de crédito ativos, mas o score de crédito é um recurso tecnológico que capta diversas informações, tanto atuais quanto históricas, que em conjunto chegam a uma conclusão de risco com um horizonte de tempo. Isso é o que subsidia a construção de uma linha de crédito com o cliente.

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