Você sabia que a Serasa Experian identificou, por meio de seu Boletim Econômico de fevereiro de 2024, que o número total de brasileiros com contas em atraso chegou a 72,1 milhões no primeiro mês do ano? Essa quantidade representa quase 1/3 da população do nosso país — é o maior contingente apurado de toda a série histórica.

Ao mesmo tempo, a quantidade de empresas em situação de inadimplência subiu de 6,6 milhões em dezembro/23 para 6,7 milhões em janeiro de 2024.

Ainda, segundo dados divulgados pelo BACEN, o crescimento nominal interanual da carteira de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) no ano de 2023 foi de 7,9%. Já para as pessoas físicas, cresceu 10,1%, ao passo que os empréstimos às pessoas jurídicas avançaram apenas 4,5%.

Foi o menor crescimento desde 2020, refletindo os impactos adversos das altas taxas de juros e dos níveis elevados de inadimplência sobre o mercado de crédito.

Com todas essas informações, fica perceptível que o cenário econômico para as empresas não está dos melhores, não é mesmo? E é por esse motivo — combinado com a necessidade de manter a saúde financeira dos negócios, proteger o fluxo de caixa e garantir que haja capital de giro — que é essencial reduzir ao máximo a inadimplência que assola a economia de tantos negócios. Continue a leitura e descubra como fazer isso!

Qual é o impacto da inadimplência em uma empresa?

A inadimplência tem um impacto direto na saúde financeira das empresas com fins lucrativos. Com um acúmulo passivo e discreto de dívidas, uma bola de neve vai se formando e afeta drasticamente todas as operações internas e externas. Esse impacto vai desde a obtenção de matéria-prima e pagamento de funcionários, até a confecção de produtos ou serviços de qualidade e um atendimento humanizado aos clientes.

Na prática, podemos perceber o nível de mudanças negativas quando, por exemplo, ocorre o risco sacado de recebíveis. Nesse modelo, o comprador adquire um produto de um fornecedor e paga seu débito com um crédito obtido por uma instituição financeira em troca da antecipação dos seus recebíveis.

Diante de todas as problemáticas envolvidas, nos resta a indagação: como reduzir a inadimplência nas empresas? Bem, a solução reside, em especial, no planejamento de ações que envolvem a análise e o monitoramento dos CNPJs e CPFs, principalmente, o score de crédito desses indivíduos e instituições. Ademais, a gestão de crédito e o gerenciamento da contenção de riscos também fazem parte do escopo.

Inadimplência: o que fazer para reduzir as taxas? Veja 6 dicas!

Para saber como reduzir a inadimplência nas empresas e ainda passar longe dos danos que esse tipo de situação pode causar à reputação da marca, é essencial saber investir em um bom relacionamento com a sua carteira de clientes. Ou seja, saber dialogar cordialmente e estabelecer condições de pagamento personalizadas com quem apresenta probabilidade de se tornar inadimplente e para quem já está negativo.

Além disso, é importante definir com clareza e firmeza suas políticas de crédito antes de fazer novos negócios. Quanto aos já existentes, atualize-os sobre as alterações e não se esqueça de fomentar um fluxo comercial e de captação de leads mais qualificados. Com o passo a passo que preparamos vai ficar mais fácil:

1. Estabeleça uma política de crédito clara

Simplificadamente, as políticas de crédito são regras que direcionam as organizações nas suas relações comerciais que envolvem a concessão de crédito PF ou PJ. Definem, por exemplo, qual será o limite disponibilizado de acordo com o perfil de risco que o credor aceita trabalhar.

Aqui, existe a política de concessão e a política de manutenção de crédito. Ambas cabem em 3 momentos que fazem parte do ciclo de crédito que se retroalimenta: o momento de entrada, de manutenção e de cobrança, os quais se caracterizam, respectivamente, por quando o cliente "nasce", quando suas atividades são monitoradas e quando são acionados modelos de manutenção do crédito.

Vale a pena se aprofundar no tema com este conteúdo: Política de crédito: veja tudo o que você precisa saber sobre o assunto

2. Tenha uma régua de cobrança bem definida

A régua de cobrança envolve um conjunto de medidas para solicitar ao devedor o pagamento amigável de suas pendências financeiras. É como se fosse um roteiro a ser seguido, elaborado conforme o estágio de pagamento do cliente, a atividade da sua empresa e o perfil do consumidor. Assim, melhores estratégias são definidas para gerenciar a jornada, desde a pré-cobrança até a quitação da dívida.

Ela pode incluir mensagens de texto ou WhatsApp, e-mail e ligações alguns dias antes até a data do vencimento para que o cliente não se esqueça do pagamento, evitando o desconforto de avisos dias de que a fatura não foi honrada. De forma geral, as vantagens de ter uma régua de cobrança bem definida envolvem:

  • Verificação de reincidentes de forma rápida;
  • Padronização dos modelos de cobrança;
  • Facilitação do pagamento e da negociação das dívidas;
  • Diminuição do número de processos manuais;
  • Otimização do fluxo de caixa.

3. Incentive os pagamentos a prazo com benefícios

Uma outra dica que informa o que fazer quanto à inadimplência é tomar medidas preventivas. Uma delas é oferecer descontos personalizados ao fazer um pagamento à vista, bônus para as próximas compras e até pontos para trocar em brindes.

Outra possibilidade é o incentivo ao pagamento antecipado das parcelas por meio de benefícios que condizem com o perfil do cliente.

Ah, a cordialidade aqui também será essencial para reduzir os riscos da inadimplência acontecer. Enfim, a tática aqui é estudar seu público-alvo para saber o que realmente o atrai.

4. Mantenha uma relação positiva com os consumidores

Quando as empresas zelam por um tratamento humanizado, percepções positivas sobre os valores organizacionais garantem a fidelização dos clientes. Por isso, mesmo que seja necessário manter um tom mais sério e formal, exponha as dores das empresas, mostre empatia pelas situações adversas e apoio para que as melhores decisões sejam tomadas em conjunto, caso exista a inadimplência.

Para os clientes que têm seus pagamentos feitos em dia, envie conteúdos relevantes, descontos especiais e outras formas de marcar presença, mostrar utilidade e frisar que está sempre disponível. Pode ser também uma oportunidade para rever os contratos e, talvez, ofertar mais crédito ou upgrades nos produtos ou serviços!

5. Ofereça formas de negociação variadas

Outra opção para implementar sua nova política de crédito é oferecer diversas opções de pagamento e facilidades de acordo com as particularidades de cada devedor, como: boleto parcelado, crédito recorrente, débito automático, antecipação de recebíveis ou até mesmo o carnê.

Mas lembre-se: todo cuidado é pouco. Por isso, é indispensável estabelecer critérios de avaliação de riscos, como a consulta de CNPJ e score de crédito em birôs renomados como a Serasa Experian — primeira e maior Datatech do Brasil —, que mensurem ameaças e evitem que sua empresa faça negócios arriscados, que levem embora a lucratividade da sua operação.

6. Utilize o Serasa Score para decisões mais assertivas

Aposte no modelo preditivo que as empresas brasileiras mais confiam quando o assunto é concessão de crédito: o Serasa Score! Na versão atual, muito mais otimizada, a ferramenta evoluiu para acompanhar os desafios de crédito e manter a mais alta performance na concessão de crédito e gestão de carteira. Na prática, você fica um passo à frente dos concorrentes, visualizando as probabilidades de inadimplência do cliente em um horizonte de 6 meses, essencial no cenário econômico atual.

Para isso, a nova geração do modelo traz:

  • Evolução dos métodos de análise, que contribuem em até 13% mais para a redução das taxas de inadimplência;
  • Fontes de dados alternativas, incluindo as de telecomunicações, como a pontualidade no pagamento de contas de internet e telefone;
  • Mais exploração do maior banco de dados da América Latina em conjunto com toda nossa capacidade analítica e expertise global;
  • Combinação de informações cadastrais negativas com os dados do Cadastro Positivo, revelando o comportamento no mercado.

O Serasa Score mostra-se ideal para todas as etapas da jornada de crédito. Quer prospectar CPF ou CNPJ? A solução ajuda a segmentar bases e direcionar esforços. Quer mais segurança na concessão? Conheça os riscos para melhorar a tomada de decisão e qual o valor a ser concedido. Precisa acompanhar os clientes da sua carteira? Conheça a evolução do comportamento financeiro para ajustar limites ou fazer novas ofertas.

Ou seja, uma solução indispensável para avaliar novos clientes ou reavaliar a situação daqueles que sua empresa já faz negócios, afinal, nosso cenário econômico instável pode fazer com que a situação financeira dos solicitantes de crédito melhore ou piore. Por isso, é crucial acompanhar toda essa movimentação.

Assim, sua organização poderá, ao conhecer o risco de inadimplência de cada lead da sua carteira, ter muito mais precisão nas análises de crédito, definir as melhores políticas e tomar as decisões mais assertivas para o momento atual.

Se você quer saber mais sobre nossa solução, não hesite e contate agora mesmo um dos nossos especialistas para ter um atendimento totalmente personalizado. Se gostou deste conteúdo, compartilhe nas redes sociais agora mesmo. Fique ligado em nosso blog e mantenha-se sempre atualizado com as melhores informações do mercado!