Saída da economia brasileira da recessão reavivou o crédito bancário

São Paulo, 18 de outubro de 2018 – O nível mediano da participação do crédito mercantil (fornecedores e demais créditos não bancários) nas empresas brasileiras, após três anos seguidos de crescimento (2014, 2015 e 2016), reduziu-se levemente em 2017 e atingiu 37,6% do total dos créditos. Esses são os resultados apontados pelo estudo inédito da Serasa Experian, que avaliou cerca de 80 mil balanços patrimoniais por ano ao longo destes últimos 10 anos, perfazendo um total de aproximadamente 800 mil demonstrativos financeiros das empresas dos setores primário, industrial, comercial e de serviços da economia brasileira.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, durante os anos de 2008 a 2013, quando a economia brasileira crescia apoiada pela expansão do crédito, pela ampliação dos gastos públicos e por incentivos fiscais, o financiamento bancário ampliou-se dentro da estrutura de financiamento das empresas, com o crédito mercantil reduzindo-se de 38,6% (2008) para 32,3% (2013) do total do endividamento das empresas. Com a entrada da economia brasileira numa das mais graves recessões de sua história republicana, os bancos retraíram suas ofertas de crédito e as empresas, obrigadas a reduzirem seus níveis de endividamento, utilizaram-se cada vez mais do crédito mercantil, o qual atingiu 38,7% do endividamento geral das empresas no ano de 2016, o maior nível dos últimos dez anos. Com a saída da economia brasileira da recessão a partir de finais de 2016 e impulsionada pela retração das taxas de juros, o crédito bancário voltou, ainda que timidamente, a aparecer e o crédito mercantil perdeu um pouco de espaço no financiamento da atividade produtiva, caindo para 37,6% em 2017.

Resultados Setoriais

Dentre os principais setores econômicos, o setor comercial, até pela sua própria especificidade, encerrou o ano de 2017 com o maio patamar de crédito mercantil no financiamento de suas atividades, com 61,0% do total do endividamento. Neste caso, o comércio atacadista atingiu 64,3% de crédito mercantil e o comércio varejista 60,6%. Vale mencionar que o setor comercial foi o único que reduziu seu nível de endividamento mercantil em 2017.

O setor industrial encerrou 2017 com 40,3% de crédito mercantil na estrutura de financiamento do setor, maior que os 39,1% de 2016. Dentre os segmentos industriais, a indústria de bens intermediários registrou 42,6% de crédito mercantil em 2017. Na indústria de bens de consumo duráveis este percentual foi de 39,3% e na indústria de bens de consumo semi e não duráveis foi de 38,9%. Já no segmento de bens de capital, a participação de crédito mercantil foi o menor do setor industrial: 36,6%.

No setor primário, o ano de 2017 terminou com o crédito mercantil participando com 24,4% de seu endividamento total, sendo que no segmento agricultura e extração vegetal, este percentual foi de 22,6% enquanto que no segmento de extração mineral, tal percentual de endividamento mercantil foi de 27,7% do endividamento total.

No setor de serviços, que encerrou o ano de 2017 com o crédito mercantil correspondendo a 22,6% dos créditos totais, o segmento onde ele menos prevaleceu foi o de energia elétrica, com apenas 2,4%. No outro extremo figurou o segmento de telecomunicações com 40,2%. No segmento de construção civil, o crédito mercantil correspondeu a 19,9% dos créditos totais e, finalmente, nos demais serviços o crédito mercantil atingiu 24,9% dos créditos totais.

Metodologia

O estudo contemplou as informações constantes das demonstrações financeiras presentes em cerca de 800 mil balanços patrimoniais coletados ao longo dos últimos dez anos – período de dezembro de 2008 a dezembro de 2017 – que integram a base de dados da Serasa Experian. Através destas informações calculou-se, para cada empresa, em cada ano, a estatística de participação do crédito mercantil sobre os créditos totais. O valor do percentual de crédito mercantil para cada segmento/setor corresponde à mediana da distribuição dessas estatísticas das empresas que integram cada segmento/setor.

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