Algumas empresas costumam viver um desafio no mercado, que é o desejo de oferecer mais oportunidades ao público e crescer com isso versus controlar os riscos e tentar preservar sua segurança. Um exemplo disso é a ideia de conceder crédito PJ.

Dar uma nova possibilidade para um cliente, muitas vezes, é o que vai fazer o seu negócio crescer, certo? Porém, essa nem sempre é uma decisão tão fácil, já que existe a chance de inadimplência e outros problemas.

Vamos explorar um pouco mais esse assunto? Aproveite para descobrir como aumentar a segurança nesse processo para tentar minimizar os riscos envolvidos.

Qual a importância de oferecer crédito PJ?

Empresas podem ter diferentes perfis de clientes, sendo que um desses grupos, talvez, seja formado por pessoas que precisam de algum benefício para ter acesso a determinados recursos que seu faturamento mensal não permite.

Por exemplo, um estabelecimento fatura cerca de 50 mil reais por mês e precisa repor seu estoque e a compra mínima com o distribuidor é de 60 mil reais. Uma vez que ultrapassou todo o seu faturamento do mês, a possibilidade de comprar a prazo permite adquirir os itens e pagar as prestações ao longo do tempo.

O que o distribuidor fez foi conceder crédito para o estabelecimento, confiando que ele vai pagar dívida criada com a compra — o que acaba sendo um diferencial positivo e influenciando o relacionamento, para não falar do volume de vendas. No Brasil, isso é muito comum, e existem outras formas de oferecer crédito PJ, como a liberação de empréstimos, financiamentos, entre outras.

Em momentos de crise financeira, como a que vivemos com a pandemia do coronavírus no mundo inteiro, a oferta de crédito é ainda mais importante para a retomada da economia.

Como ter segurança ao conceder crédito?

O problema de conceder crédito para quem, teoricamente, “não tem dinheiro” é correr o risco da dívida. Por isso, ter mais segurança nesse processo é uma grande vantagem, especialmente, para os PMEs (pequenos e médios empreendedores ou pequenas e médias empresas).

Afinal, não dá para oferecer crédito sem qualquer tipo de critério ou análise, até porque isso influencia os limites cedidos para cada perfil. Por isso, saber como ter mais segurança nesse processo é essencial para trazer mais segurança para a sua empresa.

Acompanhe a seguir, algumas dicas de como você consegue aumentar a segurança da sua empresa ao conceder crédito.

Busque informações dos clientes

O primeiro passo é pesquisar informações sobre cada cliente para descobrir um pouco do comportamento do seu crédito. Pode ser que você chegue à conclusão de que é melhor não realizar determinadas vendas parceladas, enquanto outras podem ser mais seguras de serem feitas.

Ainda que o risco quase sempre vá existir, estar ciente do histórico de cada cliente é importante — inclusive, para estabelecer os limites de crédito.

Tenha suporte especializado

Outra forma de reduzir o risco de ter que lidar com problemas é buscar suporte jurídico. Procure um bom profissional de advocacia para receber todas as orientações sobre o que pode acontecer, definindo em conjunto as estratégias de como agir em cada caso. Um contador também é capaz de ajudar nesse sentido.

Exija alguma forma de garantia

Essa é uma sugestão que não se aplica a todo tipo de situação, mas em alguns casos, é possível exigir garantias se o pagamento não for cumprido. Isso é muito comum em contratos de aluguel e empréstimo, quando um patrimônio ou um fiador é vinculado ao processo. Mais uma vez, o suporte jurídico vai ajudar a entender qual o melhor caminho.

Cuide da sua saúde financeira

Não deixe que a segurança financeira do seu negócio fique nas mãos de outras pessoas. Mesmo que a concessão de crédito possa trazer benefícios, você só deve fazer isso se for uma opção viável, considerando o seu atual capital de giro.

A inadimplência é como um fantasma que “assombra” pessoas e empresas. A partir do momento que você vende algo, o risco existe, e não há como ter 100% de garantia de que algum tipo de problema não vai ocorrer. Portanto, faça uma boa gestão financeira para não ficar tão vulnerável