Lidar com essa tecnologia exige transformações nas empresas, que incluem times com novas habilidades.

A incorporação na rotina das empresas de modelos e softwares que permitem “ensinar” uma máquina a realizar tarefas diversas, o chamado Machine Learning, é uma tendência que cresce a cada dia. A ferramenta, que é um tipo de inteligência artificial, traz benefícios às companhias de todos os segmentos. Permite aumentar a fidelização e a satisfação dos clientes, reduzir custos operacionais, proteger a organização e/ou melhorar as ações de marketing.

Mas, para tirar o máximo proveito dessa tecnologia inovadora, é preciso que a empresa esteja preparada. Uma exigência fundamental é contar com times capacitados para utilizar algoritmos para a coleta e interpretação de dados, definir as regras para isso e executar tarefas adequadas para cada situação.

Principais competências

A primeira habilidade exigida do especialista em Machine Learning é saber construir um rico banco de dados com toda a informação que possa alimentar a máquina. Esse banco é a base para a criação de um modelo matemático, que pode fazer predições de padrões ou conexões. Afinal, o produto final é um software que, para agir, utilizará sua alimentação de dados e definição de regras.

A complexidade envolvida nessa rotina de trabalho exige domínio dos fundamentos da ciência da computação e de programação. Para que a máquina funcione de forma integrada ao sistema da empresa, é necessário ainda ter experiência em engenharia de software e design de sistemas. Também é preciso ter capacidade de fazer avalições constantes para aperfeiçoar a máquina, tornando-a cada vez mais precisa. Sem falar na importância de ter conhecimentos de probabilidade e estatística para validar os modelos, que permitem tomar decisões cada vez mais acertadas.

A integração do uso da ferramenta ao processo de tomada de decisão torna fundamental que, mais do que competência técnica, o profissional tenha conhecimento estratégico para utilizar o Machine Learning de forma alinhada ao mercado e aos objetivos da empresa.

Essas exigências comprovam que, muito mais do que deter a tecnologia, as empresas precisam passar por alterações internas, contando com as pessoas certas como aliadas nessa transformação digital.