A anti-money laundering (AML), ou Prevenção à Lavagem de Dinheiro (PLD), ficou conhecida nas rotinas de bancos, fintechs, meios de pagamento, cripto e empresas que trabalham com grandes fluxos financeiros, uma vez que o Relatório de Avaliação Mútua do Brasil, publicado pelo Governo Federal, registrou avanços importantes do País no combate à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.
Essa informação reforça a utilidade de políticas e tecnologias de AML para preservar a integridade do sistema financeiro e reduzir o apelo econômico do crime. Ou seja, quanto melhor o rastreamento, a autenticação e o monitoramento de comportamentos atípicos, menor a chance de recursos ilícitos circularem sem obstáculos.
Neste post, vamos explicar o que é AML, como funciona, as diferenças entre AML, KYC e CDD, os impactos negativos da lavagem de dinheiro e os segmentos mais afetados. Abaixo, você irá identificar pontos de risco e entender como inovação e dados elevam a eficácia das defesas internas! Confira:
Neste conteúdo você vai ler (Clique no conteúdo para seguir)
- O que é Anti-Money Laundering (AML)?
- De que forma ocorre a lavagem de dinheiro?
- Principais riscos e impactos negativos da lavagem de dinheiro
- Como funciona o Anti-Money Laundering (AML)?
- Diferenças entre AML, KYC e CDD
- Setores mais afetados pela lavagem de dinheiro
- Conheça as soluções da Serasa Experian para prevenção à fraude
O que é Anti-Money Laundering (AML)?
AML (Anti-Money Laundering) é o conjunto de leis, normas, processos e controles internos criados para prevenir e combater todas as fases da lavagem de dinheiro. Ou seja, "lavar" dinheiro significa ocultar a origem ilícita de recursos até que pareçam legítimos, e programas de AML identificam, monitoram e comunicam operações suspeitas às autoridades competentes.
Empresas reguladas — como instituições financeiras e provedores de ativos virtuais — optam por políticas de conformidade, treinam equipes, atualizam diretrizes e mantêm comitês de controle interno. O objetivo principal disso é reduzir o risco financeiro, jurídico e reputacional associado a movimentações atípicas, inclusive no ecossistema de criptoativos, em que exchanges centralizadas precisam seguir requisitos específicos de AML.
Se interessou pelo assunto? Então, confira o nosso vídeo e entenda por que caímos em golpes digitais:
De que forma ocorre a lavagem de dinheiro?
Existem três etapas clássicas e recorrentes da lavagem de dinheiro: colocação, ocultação (camadas) e integração. Na colocação, o dinheiro ilícito entra no sistema econômico; na ocultação, múltiplas transações e conversões embaralham a trilha de auditoria; na integração, os valores retornam à economia com aparência de licitude. Em qualquer uma dessas fases, falhas de detecção geram a continuidade do crime.
Exemplos incluem fracionamento de depósitos em canais diversos, uso de empresas de fachada para mesclar receitas, compra e venda de bens de alto valor, estruturas societárias em diferentes jurisdições e manipulação de preços em ativos difíceis de avaliar.
Principais riscos e impactos negativos da lavagem de dinheiro
Na economia, os desafios para evitar a lavagem de dinheiro são um grande problema, pois ela distorce preços, alimenta mercados paralelos e enfraquece a concorrência ao favorecer quem opera fora das regras. Já no social, aumenta o poder de grupos criminosos, pressiona serviços públicos e corrói a confiança da sociedade nas instituições.
Há ainda a questão reputacional, pois, quando um escândalo vem à tona, a marca perde credibilidade, fornecedores recuam, investidores reavaliam a exposição e a relação com pessoas clientes fica abalada.
Organizações envolvidas enfrentam multas elevadas, termos de compromisso, exigências de reforço de controles e auditorias adicionais; em situações graves, ocorrem processos criminais. Confira outros riscos da lavagem de dinheiro:
- Preços manipulados, competição desleal e alocação ineficiente de capital;
- Fortalecimento de redes ilícitas, maior exposição a fraudes e perda de confiança coletiva;
- Perda de credibilidade junto a parceiros, investidores e pessoas consumidoras;
- Multas, restrições regulatórias, auditorias extraordinárias e despesas de remediação;
- Bloqueios preventivos, queda de receita, retrabalho e necessidade de reestruturar controles e tecnologia
Como funciona o Anti-Money Laundering (AML)?
O funcionamento do AML inclui identificação e verificação de pessoas clientes (KYC), diligência devida (CDD), monitoramento transacional, triagem de listas restritivas, avaliação contínua de risco e comunicação de operações suspeitas a órgãos competentes.
Aliás, bancos, fintechs e outras instituições que abrem contas, concedem crédito ou movimentam valores seguem normas que desestimulam o uso do sistema para fins ilícitos. As leis e regulações miram em condutas e crimes como manipulação de mercado, comércio de mercadorias ilegais, desvio de recursos públicos e evasão fiscal, além de métodos para encobrir tais práticas.
Programas de AML mais recentes combinam dados internos e externos, biometria, identificação de dispositivos, aprendizado de máquina para detecção de anomalias, análise de grafos para redes de relacionamento e orquestração de verificações em tempo real.
Diferenças entre AML, KYC e CDD
AML é aliado de leis, políticas e processos que visam evitar que o sistema financeiro seja usado para lavar dinheiro. KYC (Know Your Customer) foca em identificar e verificar quem é a pessoa cliente, com coleta de dados e validações documentais e biométricas.
Por outro lado, o CDD (Customer Due Diligence) faz a análise ficar mais profunda, pois avalia o risco, entende a finalidade da relação de negócio e define controles proporcionais ao perfil. Quando juntos, o KYC e o CDD alimentam o programa de AML e dão embasamento para decisões operacionais mais seguras.
Além disso, fluxos mais bem estabelecidos incluem KYC de entrada, CDD contínuo, due diligence reforçada (EDD) para perfis sensíveis, monitoramento em tempo real e revisões periódicas. Em cripto, exchanges reguladas precisam rastrear movimentações e reportar padrões suspeitos, além de reforçar a verificação de identidade e origem de recursos.
Setores mais afetados pela lavagem de dinheiro
Esses setores lidam com valores altos, liquidez e operações complexas, muitas vezes, com vários intermediários. A avaliação subjetiva de ativos e controles heterogêneos abre brechas para ocultar a origem dos recursos.
Há atividades que estruturam contratos, movem recursos de terceiros ou fazem custódia. Falhas em KYC/CDD e documentação expõem toda a cadeia, o que exige AML forte e monitoramento constante. Confira quais são os setores mais afetados:
- Setor financeiro (bancos, fintechs, meios de pagamento);
- Mercado imobiliário;
- Joalherias e negociantes de metais e pedras preciosas;
- Escritórios de advocacia e contabilidade;
- Cassinos e casas de jogo;
- Seguradoras, capitalização e previdência;
- Bolsas de valores e intermediárias do mercado de capitais;
- Organizações sem fins lucrativos;
- Empresas de serviços com alto volume de transações;
- Comércio de arte e antiguidades.
Conheça as soluções da Serasa Experian para prevenção à fraude
Nós, da Serasa Experian, oferecemos recursos de autenticação, prova de vida e verificação de identidade, validação cadastral, análise de dispositivos e risco transacional, além de monitoramento contínuo que ajuda a detectar comportamentos suspeitos e reduzir a exposição a golpes em cadastros, pagamentos e concessão de crédito.
A combinação dessas camadas na nossa solução antifraude fortalece programas de AML ao dar mais contexto sobre quem é a pessoa usuária, de onde vem a tentativa de acesso e como o comportamento se compara a padrões históricos — com integração aos fluxos internos e suporte regulatório!
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