Mesmo que essa não seja sua principal habilidade ou que você não tenha desenvolvido tão bem até o momento, saiba que indicar no seu currículo o nível de conhecimento dos idiomas estrangeiros é muito importante caso seu foco seja construir uma carreira promissora e de sucesso.

Adicionar seu conhecimento em idiomas é uma das hard skills mais notáveis quando uma empresa vai analisar um currículo. Afinal, em um meio cada vez mais globalizado e tecnológico, contar com profissionais que tenham essa especialidade é visto como um grande investimento, o que possibilita a captura de clientes de todas as partes do planeta.

Sendo assim, incluir essa competência de forma estratégica, com a formatação correta e em locais-chave no documento é essencial para seu currículo. Continue a leitura deste post para entender melhor a importância de adicionar idiomas, onde inseri-los, como descobrir seu nível de conhecimento e também como demonstrar tudo isso da forma correta!

Qual a importância de adicionar idiomas no currículo?

Você tem interesse em fazer um curso de Gastronomia na Le Cordon Bleu, estudar no MIT (Massachusetts Institute of Technology), trabalhar com Relações Internacionais, fazer parte de grandes empresas ou até ser um Diplomata? Pois é. De cursos em Paris até em lojas de varejo, ter conhecimento em idiomas diferentes do nativo é essencial hoje em dia. Mas por quê?

Conforme o acesso à informação ganha maiores proporções, a tecnologia evolui e a globalização aumenta, o nível de profissionalização e adaptabilidade às diferentes culturas vem se tornando quesito indispensável para que os negócios continuem evoluindo e se instalando em diferentes localidades e criando relações globais.

Então, para não ficar de fora dos avanços, se manter mais atualizado e estar preparado para todo tipo de desafio em um novo ambiente de trabalho, uma das principais informações adicionais para inserir no currículo é seu nível de conhecimento em uma segunda — e até em uma terceira — língua. E claro, de uma forma que valorize todo seu potencial e te coloque à frente dos outros candidatos.

Se você não sabe como fazer isso da maneira correta, fique tranquilo. Pegue a caneta e o caderno, pois a seguir vamos te ensinar todos os passos para que seu currículo fique impecável!

Como mostrar o seu conhecimento do idioma no currículo?

Sabia que a demonstração do seu conhecimento em um idioma não precisa ficar restrito a um padrão específico? Se prender ao antigo modelo de inserir apenas o nível e a escolaridade não é mais tão interessante assim. A tendência é optar por modelos que dão mais ênfase em habilidades de linguagem e experiências estrangeiras para valorizar suas skils.

Em uma sessão que fale dos seus talentos pessoais ou de um resumo sobre sua pessoa, você pode mencionar que teve experiências de trabalho que exigiram esse conhecimento; que tem familiares natos ou naturalizados que te ajudaram a se desenvolver; que teve algum artigo publicado em outro idioma, ou até citar que foi muito influenciado por filmes, jogos e séries na língua em questão.

Outra dica valiosa: Se você tem um ótimo conhecimento em alguma língua específica, vale a pena buscar uma experiência profissional internacional ou até acadêmica em outro país. Outra opção para quem está na universidade é conversar com seus professores sobre a possibilidade de escrever seu TCC ou monografia em outro idioma.

Ainda, aprender como adicionar sua experiência com intercâmbio pode ser mais uma opção vantajosa se você pensa em trabalhar em empresas multinacionais ou até as de grande porte do nosso país.

A partir dessas informações, os recrutadores vão entender que você possui uma grande bagagem de conhecimento e experiências indispensáveis nos grandes cargos da atualidade, como adaptabilidade, conhecimento de políticas e economias globais, facilidade em se comunicar, independência, autossuficiência e muito mais.

Onde colocar idiomas no currículo? Qual deve ser a formatação?

Para montar um bom documento, você deve entender as especificidades da vaga para a qual está concorrendo. O idioma pode ser a primeira informação que o recrutador vai buscar no seu currículo dependendo do cargo que está em jogo, como turismo, comércio exterior, tradutor, social media e até engenharia. Por isso, atente-se!

De modo geral, a estrutura básica para a maioria dos casos deve conter, sequencialmente, os seguintes tópicos:

  1. Cabeçalho com informações pessoais, como nome, estado civil, data de nascimento, endereço e formas de contato — telefone e e-mail;
  2. Objetivo profissional naquela empresa específica: aqui, o recrutador vai saber para qual cargo está se candidatando e os motivos que te fizeram ter interesse por ela;
  3. Formação acadêmica, com grau de escolaridade, instituição de ensino e data de conclusão;
  4. Cursos de extensão, complementares, técnicos e trabalhos voluntários: essas informações podem te diferenciar dos demais candidatos;
  5. Habilidades pessoais, descrevendo suas habilidades sociais, estudantis e profissionais. Se tiver conhecimento em apenas uma língua e esse conhecimento não for essencial para a vaga, você pode inseri-la aqui, indicando seu grau de fluência nas categorias: fala, compreensão, leitura e escrita;
  6. Idiomas em um tópico exclusivo, caso tenha conhecimento experiência em dois ou mais idiomas, na mesma formatação do caso anterior ou até em forma de tabela. Veja como colocar no próximo tópico;
  7. Experiências profissionais: atenção na forma de listar! Comece sempre dos cargos atuais, seguindo em ordem cronológica até os mais antigos. Não deixe de inserir a empresa, data de início e término de cada ciclo e cargo em que esteve. Assim, o avaliador vai conhecer seu histórico profissional e entender melhor suas habilidades.

Ainda, atente-se à ordem cronológica dos fatos e também em manter a objetividade, coerência e importância das informações para a vaga pretendida! Inclua somente o essencial, sem "encher linguiça" com palavras irrelevantes.

Como colocar idiomas no currículo em formato de tabela

 

Idioma Compreensão Leitura Escrita Fala
Inglês Fluente Fluente Fluente Avançado
Espanhol Avançado Avançado Avançado Intermediário
Francês Intermediário Intermediário Básico Básico

 

Como colocar idiomas no currículo em formato de texto

  • "Inglês: Leitura e escrita (fluente), fala (avançado); pontuação no TOEFL (iBT): 110/120".
  • "Espanhol: Leitura e escrita (avançado), fala (intermediário); pontuação no DELE C1: 90/100".

Como saber meu nível de conhecimento do idioma?

Para entender seu nível de conhecimento de um idioma, você pode usar uma base universal, para que qualquer pessoa que analise seu currículo possa entender com clareza e objetividade as informações que você está trazendo. Essa escala se divide nos níveis:

Nível Básico

A pessoa já estudou a língua em algum momento da vida, porém não consegue estabelecer uma conversa fluente, compreender textos ou ler artigos informativos. Tem conhecimento de termos simples que induzem ao entendimento básico, pois tem familiaridade com palavras mais conhecidas.

Nível Intermediário

Aqui, o indivíduo consegue dar início a conversas menos complexas, mas sem a fluidez desejada e exigida em um nível mais avançado. Tem um maior conhecimento de vocabulário, conseguindo entender com mais facilidade termos compostos e alguns mais específicos, como indicar lugares, sentimentos específicos e algumas palavras compostas;

Nível Avançado

Neste estágio, a pessoa consegue conversar com outras com clareza e sem dificuldades. Além disso é capaz de ler textos técnicos com bastante facilidade e escrever relatórios com palavras mais específicas.

Nível Fluente

A fluência pressupõe um entendimento completo de todos os termos e especificidades da língua, que resulta em conversas em qualquer ambiente, leitura de livros complexos e até a escrita de artigos científicos de forma coesa e respeitando as normas de gramática com muita facilidade.

Nível Nativo

A pessoa tem um nível tão avançado de conhecimento e familiaridade que faz da língua estrangeira sua língua padrão. Não existem empecilhos para que o idioma seja utilizado 100% do tempo, em todas as ocasiões.

Além dessas definições, um modelo de padrão internacional muito utilizado para mensurar o nível de conhecimento de outro idioma e avaliar todas as principais habilidades linguísticas, é o Quadro Comum Europeu de Referência para Línguas, mais conhecido como CEFR, que se divide e subdivide em:

 

A - Básico B - Independente C - Proficiente
A1 - Entende o básico em uma conversa lenta sobre, por exemplo, informações pessoais, locais onde vive ou visita e as coisas que possui. B1 - Lê textos um pouco mais longos e complexos e consegue escrever relatórios simples, pois tem mais familiaridade com a língua e termos que requerem um conhecimento maior. C1 - Entende discursos, palestras e textos acadêmicos, consegue argumentar e trazer pontos de vista com clareza em forma de escrita e também em conversas.
A2 - Se comunica com o essencial e usa um vocábulo básico para o cotidiano e tarefas que envolvem apenas trocas simples de informações essenciais. B2 - Lê textos técnicos e até literatura, pois entende termos complexos e tem conversação fluente. Além disso, pode escrever informações detalhadas e mais específicas. C2 - Compreende artigos científicos sem dificuldade e pode se comunicar das formas mais complexas, usando até técnicas mais persuasivas e sofisticadas.

 

Para comprovar e medir esses níveis de leitura, escrita, escuta e conversação dos idiomas, e até incrementar o currículo e chamar mais atenção para esse ponto, demonstrando que o candidato investiu tempo e esforço no aprimoramento dessas habilidades para construir um plano de carreira, as pessoas normalmente realizam provas como:

  • TOEFL (Test of English as a Foreign Language);
  • IELTS (International English Language Testing System);
  • TOEIC (Test of English for International Communication);
  • ECPE - Michigan (Examination for the Certificate of Proficiency in English);
  • BEC (Cambridge Business English Certificate);
  • DELF (Diplome d’Études em Langue Française);
  • DELE (Diploma de Español como Lengua Extranjera);
  • TestDaF (Test Deutsch als Fremdsprache);
  • CELI (Certificato di Conoscenza della Lingua Italiana);

Tenho inglês básico, preciso destacar no currículo?

Depende! Se ter conhecimento em inglês não é requisito essencial para a vaga que está se candidatando e seu nível está baixo, é aconselhável que o deixe de fora e foque em informações mais relevantes, que realmente agregam valor ao seu currículo.

No entanto, se ter certo conhecimento da língua for relevante no dia a dia da empresa e agregue mais valor ao documento, é essencial que pelo menos mencione esse nível básico, mesmo que nunca tenha tido experiências, não exercite ou nunca tenha se matriculado em uma escola de língua estrangeira.

O importante é não mentir sobre seu conhecimento e ser honesto em todos os questionamentos do avaliador. Ele fará testes sutis a todo momento e caso perceba que está mentindo em alguma informação, você certamente perderá a vaga, mesmo que as qualificações sejam notáveis.

Enfim! Se você acredita que suas habilidades nesse idioma não são satisfatórias, não hesite em investir em treinamentos, cursos online, escolas presenciais ou mesmo treinar enquanto assiste filmes e séries. O importante é evoluir cada vez mais e acompanhar todas as novidades do mercado de trabalho.

Viu como inserir seu nível de conhecimento em idiomas estrangeiros no currículo é uma prática valiosa para seu futuro profissional? Nesse mundo cada vez mais globalizado, as empresas valorizam demais pessoas com habilidades em idiomas que podem abrir oportunidades de negócios e crescimento no âmbito internacional.

Por isso, a forma que você descreve esse nível de proficiência, seja na formatação padrão ou usando a escala internacional, deve ser feita de maneira estratégica e relevante para o cargo que vai concorrer. Além disso, ser honesto em todas as informações úteis que você inserir vai ser de extrema importância para que sua contratação seja garantida.

Além de inserir uma seção específica para idiomas, você pode destacar suas experiência em outras partes do currículo, como nas experiências profissionais que teve, intercâmbios que fez em outros países, viagens e habilidades pessoais. Ah, e trabalhos acadêmicos como monografia, TCC e artigos científicos são um bônus e tanto na hora da avaliação!

Assim, não deixe de demonstrar sua competência em idiomas estrangeiros, pois ela pode abrir portas e proporcionar inúmeras oportunidades de carreira ao demonstrar sua adaptabilidade, habilidades de comunicação e autossuficiência em qualquer lugar.

Agora que já sabe tudo para se destacar nas entrevistas de emprego que podem te proporcionar um futuro promissor até em carreiras internacionais, que tal ler nosso outro conteúdo que explica como fazer um currículo em inglês e estar preparado até para entrevistas em outros países? Te vemos lá!