Quanto custa abrir uma empresa em 2025? Confira aqui

Sair da CLT e começar uma vida como empreendedor parece empolgante e, ao mesmo tempo, desafiador, pois esse processo requer muito esforço e conhecimento sobre diversos assuntos importantes, como questões jurídicas de registro de marca, plano de negócios, capital inicial, compra ou aluguel de espaço físico e investimento em infraestrutura física e digital.

Para além dessas questões, existe um ponto de extrema relevância: quanto custa abrir uma empresa em 2025? Para adiantar, já estimamos que o custo para iniciar uma atividade empresarial neste ano varia de R$ 500,00 a R$ 3.000,00. No entanto, existem mais aspectos envolvidos, como o modelo jurídico do negócio, as taxas adicionais e as licenças.

Para ajudá-lo nesse processo, nós, da Serasa Experian, criamos este conteúdo para tratar do assunto. Além de saber quanto custa abrir uma empresa em 2025, você também vai entender quanto os contadores cobram, quais fatores considerar antes da abertura e quanto custa também abrir um MEI, uma ME e uma EPP. Confira a seguir!

Quanto custa e como abrir uma empresa em 2025?

O custo para abrir uma empresa no Brasil em 2025 pode variar bastante, já que depende de fatores como o tipo de registro (MEI, EPP, LTDA, S.A.), o porte (micro, pequena, média ou grande), a natureza do negócio (atividade, produto ou serviço), a localização e o regime tributário escolhido (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real).

Também entram na conta despesas como capital social, investimentos em infraestrutura física e digital, aquisição de tecnologias para gestão e otimização, pagamento de salários e pró-labore, custos operacionais fixos e variáveis, além de gastos com registro de marca, licenças e alvarás.

MEI

Abrir uma empresa de Microempreendedor Individual (MEI) é totalmente gratuito, contanto que seu faturamento anual seja de até R$ 81.000,00. Não há custos para realizar o cadastro e obter o CNPJ, porém é importante lembrar que, após a formalização, o MEI precisa pagar um valor fixo mensal chamado Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS).

Ele inclui contribuições para a Previdência Social, ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) ou ISS (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza), dependendo da atividade. Confira os valores do DAS em 2025:

• Comércio ou indústria: R$ 71,60;

• Prestação de serviços: R$ 75,60;

• Comércio e serviços: R$ 76,60.

Outro fator é que, embora a abertura seja gratuita, podem surgir custos opcionais, como a contratação de um contador para auxiliar na gestão do negócio, a aquisição de um certificado digital para a emissão de notas fiscais eletrônicas e a compra de equipamentos ou insumos para o negócio. Para que você tenha uma ideia prévia, confira a tabela:

Microempresa?

O custo para abrir uma Microempresa (ME) em 2025 pode variar entre R$ 850,00 e R$ 4.400,00, ao considerar apenas os custos iniciais diretos. Os custos mensais, incluindo honorários contábeis e manutenção do certificado digital, vão de R$ 450,00 a R$ 1.500,00.

Apesar de ter um gasto mais elevado do que o do MEI, ainda assim é um investimento que pode valer a pena para quem busca mais liberdade e possibilidades de crescimento para o negócio. Mas vale lembrar que esse valor é variável de acordo com fatores como registro na Junta Comercial, serviços de contabilidade, licenças e alvarás, certificado digital, taxas municipais e capital social. Confira na tabela a seguir:

Empresa de Pequeno Porte

O custo para abrir uma Empresa de Pequeno Porte (EPP) em 2025 varia entre R$ 950,00 e R$ 6.800,00, considerando apenas os custos iniciais diretos. Os mensais, contando com honorários contábeis e manutenção do certificado digital, alternam de R$ 650,00 a R$ 2.500,00.

No entanto, esses valores são estimativas e mudam dependendo do estado, da cidade e da atividade da empresa. Então, além de conhecer os documentos essenciais para abrir uma empresa, recomendamos que você consulte um contador para obter uma estimativa precisa e adequada ao seu caso específico. Entenda:

Empresa S.A.

O custo para abrir uma Sociedade Anônima (S.A.) em 2025 pode variar entre R$ 2.500,00 e R$ 15.000,00, considerando apenas as despesas iniciais diretas, como taxas de registro e elaboração de documentos societários. Já os gastos recorrentes, que incluem honorários de contabilidade especializada e manutenção de certificados digitais, ficam em média entre R$ 1.200,00 e R$ 5.000,00 por mês.

Vale lembrar que esses valores são estimativas e podem mudar conforme o estado, a cidade, a complexidade da estrutura societária e o tipo de atividade da empresa. Por isso, além de conhecer os documentos e registros necessários, é recomendável consultar um contador ou advogado especializado para obter um valor realista e adequado ao seu caso. Confira um panorama:

Empresa LTDA em 2025?

O custo para abrir uma empresa do tipo Sociedade Limitada (LTDA) no ano de 2025 varia entre R$ 1.000 e R$ 7.500, quando consideradas apenas as despesas iniciais diretas. Os custos mensais, incluindo honorários contábeis e manutenção do certificado digital, podem ir de R$ 700,00 a R$ 2.800,00.

Esses valores são estimativos e mudam conforme o estado, a cidade e a atividade exercida. Por isso, além de reunir a documentação necessária para abrir a empresa, recomendamos que você consulte um contador para obter um cálculo personalizado e alinhado ao seu caso. Confira a seguir:

Quais fatores considerar para abrir uma empresa em 2025

Além dos critérios indispensáveis que citamos nos tópicos anteriores, também é importante considerar alguns outros fatores para abrir uma empresa em 2025, como registro de marca, infraestrutura, tecnologia, salário de colaboradores, pró-labore, custos operacionais, regime tributário e custos fiscais. Entenda melhor a seguir.

1. Investimento inicial

O investimento inicial para abrir uma empresa em 2025 é o passo que irá determinar a viabilidade do seu negócio. Ele não se limita apenas ao capital social necessário para o registro da empresa, mas também inclui todos os recursos financeiros destinados ao(s):

• Aluguel ou compra de espaço físico: se o seu negócio exigir um local físico, o valor do aluguel ou o investimento na compra do imóvel será um dos maiores gastos iniciais;

• Equipamentos: computadores, máquinas, móveis, ferramentas e outros equipamentos necessários para o funcionamento da empresa;

• Estoque: se você trabalhar com produtos físicos, o investimento em estoque inicial será fundamental, bem como ferramentas de gestão de estoque;

• Marketing e publicidade: para divulgar seu negócio e atrair clientes, você precisará investir fortemente em marketing e publicidade.

Pode não parecer importante à primeira vista, mas estimar corretamente o investimento inicial ajuda a evitar surpresas financeiras e garante que o seu empreendimento possa operar até começar a gerar lucro suficiente para adquirir um capital de giro significativo.

2. Registro da marca

O registro de marca é indispensável para proteger a identidade visual da sua empresa e evitar que outros a utilizem indevidamente. O INPI, por exemplo, impede que terceiros usem nomes ou logos semelhantes, o que pode causar dúvidas no mercado e até problemas mais sérios, como a confusão em processos judiciais, cobranças e afins.

Além de proteger a marca, o registro agrega valor ao negócio, tornando-o mais atrativo para investidores e parceiros. Vale lembrar que o processo envolve custos com taxas e honorários e pode levar alguns meses para ser concluído.

3. Infraestrutura física e digital

Por outro lado, temos a infraestrutura como um dos pilares para o bom funcionamento de qualquer tipo e porte de empresa. Para negócios que necessitam de um espaço físico, é importante considerar a localização, o tamanho do imóvel e as adaptações necessárias para torná-lo funcional.

Por sua vez, a infraestrutura digital, que inclui redes de computadores, servidores, softwares de gestão e segurança cibernética, é indispensável para a operação moderna de qualquer empresa e tem que ser implementada com muita atenção e cautela.

Também estão incluídos na infraestrutura digital os sites da organização, as redes sociais, o marketing digital e outros recursos online que podem melhorar a eficiência, o alcance e até a capacidade financeira dos negócios a médio e a longo prazo.

4. Tecnologia

Quanto à tecnologia, todos já sabemos: ela desenvolve um papel insubstituível no sucesso, na gestão eficiente e no alcance de uma empresa em 2025, então, não tem como deixar de se adaptar.

Desde sistemas de gestão empresarial (ERP) até ferramentas de comunicação e marketing digital, a inteligência tecnológica ajuda a automatizar processos, reduzir custos e aumentar a eficiência de produção, análise e controle em todos os setores e fases dos negócios. Portanto, não deixe de investir!

5. Salários e pró-labore

O pagamento de salários e pró-labore é uma das principais despesas a serem consideradas quando falamos sobre quanto custa abrir uma empresa. A remuneração dos colaboradores deve ser competitiva para atrair e reter talentos.

Por isso, o pró-labore, que é a remuneração dos sócios administradores, deve ser suficiente para compensar o trabalho realizado e compatível com a saúde financeira da empresa. É importante planejar essas despesas de forma que não comprometam o fluxo de caixa nem a saúde financeira dos funcionários. Atente-se para que essa definição não seja maléfica para nenhuma das partes envolvidas.

6. Custos operacionais

Os custos operacionais incluem todas as despesas necessárias para manter a empresa funcionando diariamente. Isso abrange desde aluguel, contas de luz, água e internet até despesas com matéria-prima, transporte, marketing e manutenção de equipamentos.

Monitorar e controlar os custos operacionais é interessante para reduzir custos desnecessários e maximizar a utilização de recursos disponíveis, o que resulta em uma maior margem de lucro para conseguir abrir uma empresa com segurança.

Além disso, um bom controle dos custos operacionais ajuda a organização a se adaptar rapidamente às mudanças do mercado, o que mantém a competitividade e garante a sobrevivência e o crescimento ao longo do tempo, bem como reinveste seus ganhos em áreas estratégicas para promover inovação, expansão e uma posição mais forte no mercado.

Aproveite e aprenda agora a como fazer a redução de custos nas empresas!

7. Regime tributário

Como mencionamos em tópicos anteriores, é indispensável escolher o regime tributário adequado quando falamos sobre quanto custa abrir uma empresa em 2025. No Brasil, as opções incluem Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real:

• Simples Nacional: indicado para empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. O modelo simplifica a apuração e o pagamento de tributos, reunindo vários impostos em uma única guia de pagamento;

• Lucro Presumido: é adequado para empresas com faturamento anual de até R$ 78 milhões. A tributação é calculada com base em uma margem de lucro presumida pelo governo;

• Lucro Real: é obrigatório para organizações com faturamento anual acima de R$ 78 milhões e para aquelas que realizam determinadas atividades. A tributação é calculada com base no lucro efetivamente apurado.

8. Custos fiscais

Por fim, os custos fiscais englobam todos os tributos que uma empresa deve pagar ao governo, seja ele municipal, estadual ou federal. A variedade e a complexidade deles variam significativamente dependendo do tipo de empresa, do seu porte, do seu ramo de atividade e do regime tributário escolhido. Entenda:

• Impostos diretos: incidem diretamente sobre a renda ou o patrimônio da empresa. Os principais exemplos são o Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A alíquota desses impostos varia de acordo com o regime tributário escolhido;

• Impostos indiretos: incidem sobre o consumo e são repassados ao consumidor final, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) e as contribuições sociais PIS/PASEP e COFINS.

Realizar um planejamento tributário é importante para otimizar a carga tributária da sua empresa antes de iniciar as atividades, uma vez que é por meio desse estudo que se torna possível identificar as melhores práticas para reduzir a carga de custos fiscais sem infringir a legislação.

No entanto, é importante ressaltar que esse planejamento tributário deve ser realizado de forma legal e ética, evitando fraudes e evasão fiscal. Uma opção vantajosa é contar com o auxílio de um contador profissional, pois a legislação tributária brasileira é complexa e está em constante mudança.

Confira mais detalhes em nosso vídeo guia:

Quais são os segmentos que mais crescem no Brasil?

Hoje, alguns setores da economia se destacam pelo crescimento acelerado e pelas oportunidades de negócio que oferecem. Investir neles pode aumentar as chances de retorno e expansão.

1. Serviços especializados e criativos

Consultorias, marketing digital, branding, design e produção de conteúdo seguem em alta, impulsionados pela economia criativa e pela busca por personalização.

Empresas e empreendedores procuram soluções que transmitam identidade e diferenciação no ambiente digital, o que abre espaço para novos modelos de negócio, especialmente para MEIs e microagências. O avanço das ferramentas online também facilita a entrega de serviços a clientes em qualquer região, ampliando o alcance de quem atua nesse segmento.

2. Educação e saúde digital

Cursos online, mentorias, capacitações personalizadas e produtos digitais de conhecimento continuam atraindo público. No Brasil, startups têm investido fortemente nesses setores, especialmente no cruzamento entre tecnologia e acesso remoto a serviços de qualidade.

O mercado de saúde digital, com teleconsultas e plataformas de acompanhamento, cresce lado a lado com a educação online, e a tendência é de expansão contínua até 2025, movida pela conveniência e pela transformação dos hábitos de consumo.

3. Tecnologia e automação com IA

A automação de processos e as soluções baseadas em inteligência artificial estão transformando empresas de todos os portes. Ferramentas de IA já são aplicadas para melhorar o atendimento ao cliente, personalizar experiências e aumentar a eficiência operacional.

No entanto, micro e pequenas empresas ainda enfrentam desafios como custo de implementação e capacitação para uso. Mesmo assim, o avanço da tecnologia e a oferta de soluções acessíveis abrem caminho para ampliar a adoção no curto prazo.

4. Alimentação saudável e dark kitchens

O segmento de alimentação saudável mantém forte apelo junto ao consumidor, impulsionado pela busca por bem-estar e qualidade de vida. As dark kitchens, ou cozinhas fantasmas, reduzem custos fixos e possibilitam a operação de múltiplas marcas no mesmo espaço.

Esses modelos atendem nichos específicos e alcançam alto volume de pedidos recorrentes, especialmente por meio de aplicativos de entrega, tornando-se uma alternativa atrativa para quem deseja empreender com investimento reduzido.

5. Beleza, estética e bem-estar

O mercado de beleza e estética permanece aquecido, mas exige estratégias para se destacar da concorrência. Apesar da saturação em áreas centrais, há potencial de crescimento em nichos como serviços express, terapias alternativas e experiências voltadas ao bem-estar emocional. A personalização no atendimento e o uso de tecnologias de agendamento e fidelização contribuem para reter clientes e fortalecer a presença local.

6. Mercado pet e economia verde

A combinação entre o cuidado com animais e a preocupação ambiental cria oportunidades sólidas de negócio. Alimentação natural para pets, serviços premium e produtos ecológicos são exemplos de ofertas que conquistam consumidores engajados e dispostos a pagar mais por qualidade e propósito.

Esse é um segmento que une fidelização a um impacto positivo percebido, atendendo tanto à demanda emocional quanto à consciência sustentável dos clientes.

Qual é o cenário do empreendedorismo no Brasil?

Segundo o Monitoramento Global do Empreendedorismo (GEM), mais de 150 mil pessoas afirmam ter visto boas oportunidades para abrir um negócio — cerca de 66 mil em 2019 e 60 mil em 2024. No entanto, o medo de fracassar ainda pesa: a porcentagem dos que não empreenderiam por esse motivo subiu de 42% para 47% no mesmo período.

Essa tendência também é a realidade no cenário global. Entre 2019 e 2024, o número de economias em que ao menos duas em cada cinco pessoas veem boas oportunidades, mas não avançam por receio de falhar, aumentou de 34 em 50 (68%) para 43 em 51 (84%). Ou seja, o receio é um fator que afeta o empreendedorismo em diversos países.

Especialistas da área frisam a importância de criar sistemas de suporte mais capacitados. Isso inclui aumentar o acesso a crédito, oferecer treinamentos acessíveis, implementar programas de mentoria e simplificar regulamentações. Assim, é possível reduzir riscos, diminuir o medo do fracasso e criar um ambiente mais favorável para novos empreendedores prosperarem.

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Que tal dar o próximo passo e conferir o nosso guia do empreendedor iniciante? Ele o ajudará a se preparar e começar essa nova jornada com mais segurança. Até lá!