O Plano Safra 2025/26 chegou ao mercado com o maior volume de recursos da história: mais de R$ 605 bilhões — um crescimento de R$ 20,5 bilhões em relação à safra anterior. Desse total, R$ 516,2 bilhões estão destinados ao setor empresarial, que inclui médios e grandes produtores rurais, enquanto R$ 78,2 bilhões vão para a agricultura familiar via Pronaf, o que representa um aumento de 3%.
Esse volume recorde vem acompanhado de novos direcionamentos estratégicos. O mercado de crédito rural, além de financiar a produção, passa a ser um instrumento decisivo na transição da agropecuária brasileira para práticas sustentáveis e a meta climática do Brasil (NDC).
O Plano Safra 2025 é um destaque por incluir, entre as prioridades, estímulos à agricultura de baixo carbono e critérios mais rigorosos de sustentabilidade nas concessões — prova disso é que o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) é agora exigido para todos os créditos rurais de custeio agrícola acima de R$ 200 mil!
Com isso, o sistema financeiro e os agentes de crédito do agro são chamados, com razão, a participar ativamente desse movimento. O desafio agora é transformar os recursos disponibilizados em projetos tecnicamente viáveis, financeiramente sustentáveis e ambientalmente responsáveis, visando maior segurança e sustentabilidade.
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Neste conteúdo você vai ler (Clique no conteúdo para seguir)
- Plano Safra 2025: o que muda nas linhas de crédito e sustentabilidade?
- Conectando crédito sustentável à estratégia de grandes instituições
- Linhas de crédito sustentável: novidades do Plano Safra 2025
- Quais são os critérios para ter acesso ao crédito verde?
- Como mapear oportunidades no financiamento de baixo carbono?
- Serasa Experian: tome decisões analíticas com base em dados!
Plano Safra 2025: o que muda nas linhas de crédito e sustentabilidade?
O Plano Safra 2025 sempre apresentou uma série de avanços importantes nas linhas de crédito rural, especialmente no que diz respeito à sustentabilidade. Entre os destaques está a ampliação dos tetos financiáveis, inclusão de novas linhas voltadas à mitigação de emissões e atualização dos critérios ESG para concessão dos recursos.
A exigência do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para operações de custeio acima de R$ 200 mil é um exemplo da responsabilidade climática como critério técnico-financeiro.
Assim, o financiamento rural tem papel estratégico no fomento à agricultura de baixo carbono. As taxas mais baixas (2% a.a. para produção orgânica/agroecológica e 3% a.a. para alimentos da cesta básica) mostram que o crédito pode ser um vetor de indução comportamental para reduzir o risco da adoção de práticas sustentáveis.
Para instituições financeiras, cooperativas, tradings e seguradoras, o Plano Safra é uma oportunidade perfeita para alinhar seus portfólios de crédito aos critérios de desenvolvimento sustentável, em linha com as obrigações da NDC brasileira.
Além disso, também é possível que as empresas inovem em seus produtos financeiros e adotem ferramentas de classificação verde, mecanismos de rastreabilidade e relatórios de impacto que aumentam a atratividade para investidores institucionais.
Conectando crédito sustentável à estratégia de grandes instituições
Aquelas empresas que atuam no crédito rural têm a oportunidade de incorporar as novas linhas do Plano Safra 2025 às suas estratégias corporativas de forma estruturada. Na prática, isso pode acontecer por meio da criação de carteiras específicas com KPIs ambientais, ampliação de parcerias com consultorias agroambientais e customização de produtos para clientes que operam em cadeias produtivas com exigências de rastreabilidade — como soja, café, cana-de-açúcar e carnes.
Aliás, as áreas de inovação financeira podem explorar soluções baseadas em blockchain para lastrear o uso dos recursos ou usar satélites para monitorar a conformidade ambiental das áreas financiadas!
Além disso, empresas com metas próprias de descarbonização podem vincular essas linhas de crédito à sua jornada ESG e financiar parceiros da cadeia produtiva com critérios sustentáveis e usar isso como diferencial competitivo em mercados internacionais que valorizam performance ambiental e climática.
Linhas de crédito sustentável: novidades do Plano Safra 2025
Ainda que o Plano Safra 2025 traga avanços expressivos nas linhas de crédito com foco em sustentabilidade, o RenovAgro Ambiental, por exemplo, foi ampliado e agora cobre iniciativas de prevenção a incêndios, restauração de áreas degradadas e práticas de conservação do solo e da água. Confira as novidades em destaque:
Acesso ampliado ao Funcafé |
Disponível para beneficiários do Pronaf e Pronamp, mesmo com contratos ativos. |
Modernização |
Unificação de Moderagro e Inovagro; limite do PCA (armazenagem) dobrado para 12 mil toneladas. |
ZARC obrigatório |
O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) é agora exigido para todos os créditos rurais de custeio agrícola acima de R$ 200 mil, visando maior segurança e sustentabilidade. |
Inclusão de insumos sustentáveis |
Como mudas florestais, cobertura de solo na entressafra e insumos biológicos. |
Flexibilidade no financiamento |
Permite financiar rações, suplementos e medicamentos adquiridos até 180 dias antes do crédito, além de sementes/mudas florestais e insumos para cobertura de solo na entressafra. |
Quais são os critérios para ter acesso ao crédito verde?
O acesso às linhas de crédito sustentáveis exige comprovação de práticas agrícolas alinhadas à agricultura de baixo carbono. Entre os critérios estão:
- Certificações ambientais reconhecidas, como Orgânico Brasil, RENOVA, RTRS, ou outros selos internacionais de sustentabilidade;
- Implantação de práticas comprovadas, como Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), plantio direto, uso de bioinsumos, controle biológico de pragas, compostagem, energia solar, entre outros.
Quais são os impactos do Plano Safra na conformidade ESG dos portfólios de crédito?
O Plano Safra 2025 favorece a construção de portfólios de crédito rural mais alinhados às exigências e impactos de ESG. Com a exigência de ZARC, critérios técnicos de rastreabilidade e linhas específicas para projetos de baixo carbono, as instituições ganham elementos concretos para auditar, reportar e comprovar impacto ambiental positivo.
Além disso, a transparência e a padronização desses critérios facilitam o relacionamento com reguladores nacionais (como o BACEN) e internacionais (como investidores de fundos climáticos e multilaterais), que demandam relatórios técnicos embasados e estruturados.
Como mapear oportunidades no financiamento de baixo carbono?
Para encontrar e priorizar operações com maior potencial de impacto, as instituições devem investir em:
- Ferramentas analíticas baseadas em dados rurais, como mapas de uso do solo, dados climáticos e satelitais;
- Parcerias com consultorias agroambientais que ajudem na elegibilidade técnica e avaliação de impacto;
- Capacitação de equipes internas, com foco em interpretação de certificações, leitura técnica de projetos e parametrização de risco ESG.
Serasa Experian: tome decisões analíticas com base em dados!
Diante desse cenário de transformação no crédito rural, nós, da Serasa Experian, oferecemos soluções integradas que combinam tecnologia, dados e expertise para auxiliar instituições financeiras, cooperativas e demais agentes do agronegócio a navegar com segurança e conformidade no Plano Safra 2025/26.
Com o Agro Score, por exemplo, é possível avaliar o risco de inadimplência de produtores rurais de forma ágil e precisa, utilizando modelagem estatística avançada e variáveis específicas do setor. Essa solução simplifica a tomada de decisão, permitindo que as instituições identifiquem bons e maus pagadores em escala, reduzindo custos operacionais e aumentando a segurança nas concessões de crédito.
Já o Crop Monitor traz inovação ao monitoramento de lavouras por meio de sensoriamento remoto, garantindo conformidade com o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) — agora obrigatório para operações acima de R$ 200 mil, como já mencionamos. Com alertas e dashboards intuitivos, a solução permite fiscalizar a aplicação de recursos, mitigar fraudes e acompanhar a performance das áreas financiadas, tudo isso com redução de custos em comparação a vistorias presenciais.
Por fim, o Agro Report complementa esse ecossistema com relatórios detalhados e análises preditivas, ajudando instituições a auditar portfólios, comprovar impactos ESG e atender às demandas de reguladores e investidores internacionais.
Juntas, todas essas ferramentas, disponíveis no nosso hub de soluções, formam um ciclo completo de crédito seguro, monitoramento inteligente e conformidade sustentável, alinhado às diretrizes do Manual de Crédito Rural e aos novos critérios do Plano Safra 2025.
Aqui, na maior Datatech do Brasil, estamos prontos para apoiar sua instituição nessa jornada. Quer saber como implementar essas ferramentas na sua estratégia? Fale com nossos especialistas e transforme desafios em oportunidades no agro brasileiro!