Relatório da Ebit aponta que setor alcançou faturamento de R$ 44,4 bilhões em 2016, resultado 7,4% maior que do ano anterior.

O e-commerce brasileiro deve crescer 12% este ano e faturar quase R$50 bilhões. A projeção é do mais recente relatório Webshoppers, da Ebit. Segundo o estudo, em 2016, o setor alcançou faturamento de R$ 44,4 bilhões, o que significa aumento nominal de 7,4% em relação aos R$ 41,3 bilhões registrados em 2015. “Foi um dos poucos setores a andar na contramão da crise, registrando expansão, enquanto o varejo físico, por exemplo, encolheu mais de 10% nos últimos dois anos, de acordo com a medição do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) voltando a patamares registrados em 2012”, afirma o levantamento.

Para a Ebit, vários fatores contribuíram para esse resultado. Entre eles, o fato de os preços oferecidos pelo varejo eletrônico serem menores do que os do varejo físico. Especialmente em tempos de recessão, essa diferença pode ter feito com que o consumidor encontrasse nas compras virtuais um meio de economizar.

Outro fator relevante para o estudo é a expansão do mercado de smartphones, que aumentou a gama de e-consumidores. No ano passado, mais de 21,5% das transações online foram realizadas por meio de dispositivos móveis e quase um quarto da população - 48 milhões de pessoas – comprou online pelo menos uma vez. O número é 22% maior do que o registrado em 2015.

As informações coletadas pela Ebit revelaram também que o volume de pedidos – 106 milhões – se manteve estável entre 2015 e 2016. Diz o relatório, que a quantidade só não foi menor devido à maior recuperação das vendas no segundo semestre do ano, principalmente durante a Black Friday e outras datas sazonais.

Por fim, o Webshoppers 2017 indicou que 21,2 milhões de consumidores gastaram US$2,4 bilhões, aproximadamente R$7,4 bilhões, em sites internacionais.