A edição de maio do Boletim Econômico da Serasa Experian aponta um cenário de moderação para a economia brasileira. Dados recentes mostram estabilidade no varejo, avanço na produção industrial e crescimento no volume de crédito, apesar do contexto ainda desafiador.
A seguir, os destaques do mês:
Atividade Econômica
Varejo: o movimento nas lojas recuou 0,1% em abril. Ainda assim, na comparação com o mesmo mês de 2024, houve crescimento de 4,4%, refletindo a resiliência do consumo mesmo diante do ambiente de juros elevados e inflação pressionada.
Indústria: após cinco meses de retração, a produção industrial avançou 1,2% em março. O crescimento foi impulsionado por categorias como bens de consumo duráveis e semiduráveis, além de segmentos ligados à indústria extrativa.
Serviços: o setor cresceu 0,3% em março e acumula 12 meses consecutivos de alta na comparação anual. No entanto, houve leve retração no 1º trimestre de 2025 em relação ao trimestre anterior, sinalizando desaceleração.
Mercado de Trabalho
A taxa de desemprego atingiu 7% no trimestre encerrado em março, um leve aumento frente ao mês anterior, mas ainda abaixo do patamar observado há um ano. O rendimento real habitual atingiu o maior valor da série histórica: R$ 3.410.
Apesar da elevação da taxa de desocupação, o mercado de trabalho permanece aquecido, com estabilidade no emprego formal e crescimento nos salários reais.
Inflação e Juros
O IPCA registrou alta de 0,43% em abril, acumulando 5,53% em 12 meses. A inflação segue acima da meta, com destaque para os aumentos nos grupos de saúde, alimentação e vestuário.
Diante disso, o Banco Central elevou novamente a Selic, que agora está em 14,75% ao ano. A autoridade monetária sinalizou possível encerramento do ciclo de aperto monetário, mas manteve tom cauteloso em relação às próximas decisões.
Crédito e Inadimplência
Mesmo com taxas de juros elevadas, a busca por crédito continua crescendo. Em março, houve alta de 7,6% na demanda por parte dos consumidores e 0,9% entre as empresas. O “Crédito do Trabalhador” se destacou com mais de R$ 10 bilhões liberados em empréstimos consignados.
Por outro lado, a inadimplência atingiu novo recorde: 75,8 milhões de consumidores estavam com dívidas em aberto em março. Entre as empresas, 7,3 milhões registraram inadimplência, com impacto mais acentuado entre micro e pequenos negócios.
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