A educação financeira se tornou uma necessidade coletiva, inclusive no âmbito corporativo. Por isso, é importante que empresas promovam ações de conscientização financeira entre seus colaboradores e, mais que isso, forneçam mecanismos diferenciados de remuneração para ajudá-los a equilibrar o orçamento mensal.
Pensando nisso, reunimos aqui tudo o que você precisa saber sobre os impactos da educação financeira na sua empresa e como o RH pode atuar nesse cenário. Confira!
Qual é o conceito de educação financeira?
A educação financeira é mais do que saber administrar o dinheiro. Ela é um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que permitem às pessoas tomarem decisões financeiras mais conscientes ao longo da vida.
Em outras palavras, é a capacidade de entender como o dinheiro funciona no mundo real e como gerenciá-lo para alcançar metas financeiras individuais e familiares.
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- Um bom exemplo de consciência sobre a educação financeira é saber elaborar um orçamento mensal, porque envolve:
- Isso porque a educação financeira visa promover estabilidade em longo prazo, através da compreensão dos princípios básicos apresentados no tópico anterior, com foco no estabelecimento de metas realistas e na adoção de hábitos financeiros mais saudáveis.
- Perguntas frequentes Confira as principais respostas para as dúvidas comuns sobre educação financeira.
- Qual é o conceito de educação financeira?
- O que fazer para ter educação financeira?
- O que é a regra dos 50-30-20?
Um bom exemplo de consciência sobre a educação financeira é saber elaborar um orçamento mensal, porque envolve:
· Identificar todas as fontes de renda;
· Listar todas as despesas fixas e variáveis, como aluguel, alimentação, transporte e lazer;
· Destinar parte do dinheiro para poupança e investimentos;
· Avaliar como está sua saúde financeira mensal;
· Planejar os próximos meses com mais consciência;
· Entender a importância de manter uma reserva de emergência para imprevistos, como desemprego ou despesas médicas.
Outro aspecto importante da educação financeira é o conhecimento sobre os diferentes tipos de investimentos disponíveis – desde aqueles de baixo risco, como poupança e renda fixa, até os mais arrojados, como ações e fundos de investimento – e como eles podem contribuir para o crescimento do patrimônio em longo prazo.
Quais são os principais pilares da educação financeira?
A educação financeira possui alguns fundamentos sobre os quais se baseia a gestão do dinheiro. São eles:
· Planejamento financeiro: envolve a definição de metas financeiras de curto, médio e longo prazos e a criação de um plano de ação para alcançá-las. Para isso, é preciso definir um orçamento, criar uma reserva de emergência e pensar nas estratégias de investimento.[CV1]
· Controle de gastos: é um passo importante para garantir que as despesas não excedam a renda disponível. Portanto, é necessário acompanhar os gastos mensalmente, identificando áreas para economia e redução de despesas.
· Poupança e investimento: foca no crescimento do patrimônio, ao colocar o dinheiro para trabalhar a seu favor, e na reserva de parte da renda para situações emergenciais e demais imprevistos.
· Gerenciamento de dívidas: é importante para evitar o endividamento excessivo e garantir que as dívidas existentes sejam pagas no prazo. Para isso, é preciso entender os tipos de dívidas, como empréstimos, financiamentos e cartões de crédito, e as melhores ações para evitar (ou lidar com) a inadimplência.
· Consumo responsável: significa fazer escolhas de compra de forma consciente, considerando as necessidades e os valores disponíveis. As melhores práticas envolvem diferenciar as necessidades dos desejos, planejar as compras, avaliar o custo-benefício e ter consciência do seu impacto.
Sustentar e incentivar esses pilares na sua empresa é uma forma de trazer o conceito ESG [CV2] para a cultura corporativa e contribuir para o bem-estar dos funcionários.
Qual é o principal objetivo da educação financeira para os funcionários?
A educação financeira tem como objetivo capacitar as pessoas a fazerem melhores escolhas financeiras, ao administrar seus ganhos e gastos de forma mais organizada, proporcionando, assim, um ganho no bem-estar e na redução do nível de estresse.
Isso porque a educação financeira visa promover estabilidade em longo prazo, através da compreensão dos princípios básicos apresentados no tópico anterior, com foco no estabelecimento de metas realistas e na adoção de hábitos financeiros mais saudáveis.
O que é a regra dos 50-30-20?
Essa regra é uma ferramenta simples de gerenciamento financeiro que destina 50% da renda para necessidades básicas (como moradia e alimentação), 30% para desejos pessoais (entretenimento, viagens e compras) e reserva os 20% restantes para poupança e investimentos.
Essa forma de dividir os ganhos financeiros permite garantir que as despesas essenciais sejam priorizadas, que haja espaço para desfrutar a vida e que uma parte da renda seja direcionada para o crescimento do patrimônio pessoal.
Qual é a importância da educação financeira para a sua empresa?
Em uma realidade em que 54% dos trabalhadores CLT chegam ao fim do mês sem dinheiro para cobrir todas as despesas do mês, como apontado pela pesquisa da SalaryFits, ter acesso à educação financeira permite às pessoas maior bem-estar e reforça o compromisso da empresa com o desenvolvimento socioeconômico do país.
Afinal, de acordo com essa mesma pesquisa, a saúde financeira das pessoas é um assunto relevante que está ligado a uma dura realidade que o endividamento causa. Os entrevistados relataram:
· Aumento de estresse (66%);
· Irritabilidade (43%);
· Insônia (39%);
· Depressão (9%), entre outros efeitos na vida pessoal.
É por esse motivo que, ao investir em ações de capacitação, a empresa evita um mau gerenciamento dos recursos disponibilizados, que pode causar endividamentos e atrapalhar a produtividade dos colaboradores, além de propiciar maior inclusão financeira e acesso a serviços adequados.
Sem contar que, quando as pessoas entendem como funcionam os produtos financeiros, como contas bancárias, crédito consignado, cartões de crédito e investimentos, elas fazem escolhas melhores.
Isso, inclusive, ajuda a desenvolver outras habilidades profissionais importantes, como resolução de problemas e cálculo de riscos.
Como a saúde financeira [CV3] pode influenciar os resultados da sua empresa?
É fácil perceber que as consequências de uma má gestão financeira pessoal podem influenciar diretamente o desempenho e o rendimento do trabalho.
Colaboradores que estão estressados ou irritados, que dormem mal ou que estão com a saúde física e mental comprometidas, certamente terão menor produtividade, atenção e concentração em suas atividades profissionais.
Abaixo, listamos as consequências de implementar a educação financeira na sua empresa:
1. Diminuição do absenteísmo
Mesmo uma simples ação de acesso à informação gera apoio aos colaboradores. Algo que pode refletir na redução do estresse e na diminuição do absenteísmo, além de reforçar seu compromisso com o capital mais importante da organização – as pessoas.
2. Melhoria do engajamento e retenção
Funcionários que se sentem apoiados pela empresa em questões financeiras tendem a ter maior engajamento e senso de pertencimento com a organização. Essa é, inclusive, uma iniciativa importante para empresas que desejam se tornar exemplos de employer branding.
Portanto, se sua empresa demonstra preocupação com o bem-estar pessoal e contribui para o desenvolvimento financeiro individual dos colaboradores, ela consequentemente aumenta a satisfação no trabalho e retém mais talentos.
3. Aumento da rentabilidade
Além de contribuir para uma cultura organizacional mais fortalecida a longo prazo, a educação financeira permite que os trabalhadores tomem decisões conscientes. Isso pode resultar em melhor gerenciamento de tempo e economia de custos no ambiente de trabalho.
Benefícios corporativos para dar mais qualidade de vida aos colaboradores
Diante de todo o cenário exposto, oferecer auxílios que promovam a saúde dos colaboradores é a principal alternativa, já que a maioria dos trabalhadores consideram benefícios como saúde e bem-estar (convênio médico, odontológico e farmacêutico) essenciais para uma boa qualidade de vida.
Adicionalmente, as empresas estão oferecendo educação financeira porque perceberam que aumentar o salário não é a única opção — ensinar a pessoa a gerenciá-lo também se tornou importante.
E, dentro dessa realidade, o RH pode ajudar nos assuntos relacionados às finanças quando:
· Cria programas de educação financeira;
· Realiza acompanhamento psicológico regular;
· Oferece conhecimento sobre crédito consignado.
Com boas condições, a empresa pode ajudar os colaboradores a lidarem com imprevistos de forma mais tranquila, mesmo quando recebem um salário-mínimo.
Ao contribuir com soluções que atendam os funcionários e aprimorem sua gestão de pessoas dentro da organização, o RH ajuda a reduzir preocupações com questões como a falta de dinheiro e aumenta a concentração da equipe nas suas responsabilidades no ambiente profissional.
Percebe como a educação financeira é um pilar fundamental para a estabilidade econômica individual e o sucesso corporativo de todo um conjunto de colaboradores?
Na Serasa Experian , somos comprometidos com a promoção da saúde financeira e o oferecimento de soluções que contribuam para o desenvolvimento pessoal e profissional da sua empresa!
Perguntas frequentes
Confira as principais respostas para as dúvidas comuns sobre educação financeira.
Qual é o conceito de educação financeira?
A educação financeira é um conjunto de conhecimentos, habilidades e práticas que permitem às pessoas gerirem suas finanças de uma forma mais consciente.
O que fazer para ter educação financeira?
Para desenvolver uma boa educação financeira, é preciso adotar práticas como elaborar um orçamento, controlar gastos, evitar dívidas desnecessárias, investir em conhecimento financeiro e buscar ajuda profissional quando necessário.
O que é a regra dos 50-30-20?
A regra dos 50-30-20 é uma estratégia simples de gerenciamento financeiro que sugere destinar 50% da renda a despesas essenciais, 30% a despesas pessoais e 20% a investimentos e poupança.