O departamento de RH, também conhecido como Recursos Humanos, é um dos principais setores de uma empresa e realiza o gerenciamento assertivo e humanizado dos colaboradores, tendo um papel altamente analítico e estratégico.

Mas, afinal, você sabe quais são as funções práticas do RH, qual a sua importância em uma organização e como fazer esse planejamento de estruturação de forma assertiva? Continue a leitura e confira todos os esclarecimentos com o blog da Serasa Experian!

O que é Recursos Humanos?

O termo Recursos Humanos pode ser utilizado como referência para duas compreensões: a primeira, é de que ele envolve todos os funcionários de uma organização, ou seja, o capital e auxílio humano desse local. Já a segunda é aplicada para nominar o setor que faz a gestão desses colaboradores, de forma alinhada aos objetivos e principais metas do negócio.

Esse campo veio como consequência e resposta à transformação do olhar que se tinha com relação aos trabalhadores. Agora, o RH ocupa um posicionamento crucial na tomada de decisões, ampara líderes e gestores e atua de maneira direta e colaborativa com os trabalhadores, que veem nele um importante mediador entre a empresa e seus colaboradores.

Para isso, esse departamento recorre a metodologias, ferramentas e técnicas que, juntas, fundamentam a manutenção de um ambiente organizacional de bem-estar e capaz de entregar aos profissionais um expressivo grau de satisfação.

Quais são as funções do RH?

As possibilidades de ações dos Recursos Humanos são diversas, e podem ser estruturadas conforme as principais demandas dos colaboradores e da própria organização.

A seguir, confira algumas das principais funções desempenhadas:

1. Recrutamento e seleção

O recrutamento e seleção é responsável pela atração de talentos e seleção dos profissionais mais ajustados ao cargo. Ele se desenvolve por meio de diferentes aplicações, que vão desde entrevistas a testes, simulações, dinâmicas e outras práticas que tenham como objetivo a compreensão do perfil profissional do candidato.

A objetividade e assertividade dessa etapa definem também a visão dos próprios indivíduos com relação à organização, e passam a compreender quais são as expectativas e objetivos da instituição.

Para a gestão, esse é um dos pontos essenciais para a cultura organizacional, ao passo que garante a continuidade do alinhamento e impacta na produtividade e possibilidade de expansão, desempenho e entrega de bons resultados.

2. Desenvolvimento profissional e pessoal

A relação entre os profissionais e seu campo de trabalho tem passado por mudanças significativas. E, se antes a vida profissional era vista com o fim e objetivo principal, hoje é entendida como um meio para obter também prazer e satisfação.

Como resposta a esse olhar, o direcionamento de desenvolvimento profissional e pessoal do RH busca equilibrar essa compreensão e ofertar formas de aprimoramento constante.

Esse tipo de ação impacta positivamente na manutenção dos trabalhadores, já que ao contribuir com o desenvolvimento de habilidades pessoais, como as soft skills, leva a um aumento da capacidade de produção, motivação e engajamento.

Um investimento que, a longo prazo, fortalece a própria cultura organizacional e nivela seus colaboradores em conhecimentos e aptidões.

3. Definição de cargos

A definição de cargos é feita com base na política interna da organização e visa a estruturação, transparência e organização dos cargos, perfil desejado, expectativas para aquela função e quais atividades serão realizadas diariamente.

Essa é uma etapa que posteriormente ampara a própria divulgação da oportunidade, com uma descrição precisa e concreta, e fundamenta ainda as análises de desempenho dos profissionais nos cargos.

4. Definição de salários

A definição de salários se baseia na determinação de cada posição, e garante que os valores oferecidos estejam ajustados com as responsabilidades colocadas e também considerando o que está sendo praticado no mercado de trabalho.

Esse é um movimento que faz com que a vaga seja atraente o suficiente para os que já estão desempenhando e também para futuros talentos e colaboradores.

5. Treinamentos

Enquanto o desenvolvimento pessoal tem como foco o aprimoramento de comportamentos, os treinamentos se voltam para o aperfeiçoamento técnico dos funcionários, ou seja, de suas hard skills, visando também o acolhimento e integração daqueles que estão se juntando ao quadro de colaboradores.

Esses treinamentos podem fazer parte das ações constantes do RH, que vão planejando conforme identificam as necessidades em meio a rotina dos profissionais.

6. Departamento pessoal

O departamento pessoal, também conhecido como DP, faz a gestão de todo o dia a dia prático e burocrático da empresa, com as questões relacionadas ao ponto, entrega de renovação de vales, organização dos planos de saúde, monitoramento de frequência, agendamento de férias, atestados e outras ações do tipo.

É o DP que acompanha toda a jornada do funcionário, do momento em que é admitido até o seu desligamento.

E, além desses pontos mais estruturais, é o departamento pessoal dos recursos humanos que busca a promoção de um local positivo, de respeito e aceitação.

7. Gestão dos benefícios 

Toda organização que entende a importância de manter um ambiente estimulante e benéfico também para os seus colaboradores, sabe que um fator considerado pelos candidatos e funcionários é o de benefícios concedidos pelo local.

Esse tipo de estratégia é impulsionadora de qualidade e satisfações, e é administrada pelo setor do RH, que também encaminha os casos relacionados ao direcionamento de licenças, bônus, afastamentos e outros benefícios trabalhistas.

Quais são os setores do RH?

Diante das possibilidades e variações de atuação, é comum encontrarmos o setor de Recursos Humanos dividido conforme a finalidade de cada departamento, que assume a responsabilidade de desenvolvimento dos seus objetivos.

Confira alguns dos mais conhecidos e implementados pelas organizações:

  • Departamento pessoal: área que lida com as questões burocráticas e de rotina, organizando as documentações e direcionamentos necessários, cumprindo com o estabelecido pelas leis do trabalho;
  • Benefícios: setor que garante a distribuição de recursos como planos de saúde, convênios com outras empresas parceiras, vale-alimentação, vale-transporte e outras vantagens;
  • Saúde e segurança do trabalhador: as normas e regulamentações de segurança e saúde do trabalho são monitoradas e acompanhadas de perto pelo setor de RH, que implementa as medidas e mudanças necessárias para essa adequação;
  • Recrutamento e seleção: área dedicada a organizar os departamentos, setores e equipes, compartilhando os cargos em aberto e cuidando da seleção e entrada de talentos;
  • Gerenciamento de performance: com dados colhidos com base no desempenho diário de cada funcionário, os profissionais de recursos humanos conseguem traçar essa trajetória, onde acompanham o desempenho e atuações.

Qual a importância do setor de RH na empresa?

A importância do departamento de Recursos Humanos está na sua atuação estratégica e analítica da empresa, ao reconhecer que o capital humano é o principal responsável por um bom desenvolvimento e expansão de qualquer organização.

Ele é, na prática, um ponto mediador e de equilíbrio entre líderes e colaboradores e assegura que o pleno progresso e evolução de fato ocorram, garantindo que os objetivos sejam alcançados e que os valores da empresa sejam mantidos.

E, para os trabalhadores, o RH é a face mais humana da organização, que também age tendo como meta a manutenção de qualidade de vida e de um ambiente seguro e produtivo.

Quais são os indicadores que o RH trabalha?

Os indicadores usados pelos recursos humanos são ferramentas que recolhem dados objetivos de desempenho, sendo utilizados para avaliar o sucesso das atividades. Conheça:

  • Cultura e clima organizacional: aqui, os colaboradores relatam como analisam a empresa e o ambiente organizacional criado por ela, indicando os pontos fortes e também de melhorias;
  • Índice de aprendizado: essa métrica demonstra a eficiência alcançada pelas ofertas de desenvolvimento pessoal e treinamentos, fazendo avaliações antes, durante e após esses exercícios e comparando com o aumento do nível de conhecimento;
  • Retenção de talentos: aqui, é investigado se o banco de talentos administrado pelos recursos humanos tem sido aproveitado e qual o grau de continuidade ou desligamento desses profissionais;
  • Número de faltas ou atrasos: esse é um ponto crucial que demonstra o grau de satisfação do funcionário com relação ao seu cargo. Essas ausências são examinadas para compreender os motivos ligados a elas;
  • Turnover: o turnover diz respeito ao índice de rotatividade dos colaboradores, ou seja, da porcentagem entre o número de admissões e desligamentos, e expressam se o negócio tem feito um bom gerenciamento.

RH estratégico vs RH tradicional

O RH considerado tradicional, que ocupava um expressivo espaço nas empresas até pouco tempo, não utilizava de todo o seu potencial e se restringia a um acompanhamento básico dos cargos e dos colaboradores, voltando a maior parte do seu olhar para questões administrativas.

Hoje, o setor de RH constrói um olhar a partir do entendimento de que esse é um ponto central de qualquer organização, e se torna um dos principais responsáveis pelo ajuste entre metas, objetivos e produtividade real de cada trabalhador.

Visando ainda o bem-estar dos funcionários e preservação dos interesses do negócio e promovendo, acima de tudo, uma comunicação assertiva, um padrão transparente de avaliações, adaptação dos trabalhadores e qualificação permanente.

Como criar um departamento de RH?

Agora que você já conseguiu compreender os principais fundamentos dos recursos humanos, deve também conhecer e saber como estruturar e implementar esse setor no negócio.

  1. O primeiro passo, é claro, consiste em fazer um bom planejamento. Aqui, são traçadas as metas, desenvolvimentos, valores, treinamentos e pilares da cultura organizacional, selecionando os indicadores e metrificações que irão auxiliar no acompanhamento das informações;
  2. Caso o time interno não conte com especialistas, é um bom momento para estabelecer essa colaboração, ouvindo e aprendendo com quem tem experiência e sucesso nesse campo;
  3. A adesão à automatização e soluções digitais é uma tendência que veio para ficar e que facilita, e muito, o dia a dia do RH;
  4. Normas e regulamentos precisam ser muito bem esclarecidos, para que sejam de fácil compreensão aos líderes, gestores e colaboradores;
  5. Por fim, é preciso que ocorra a seleção de profissionais qualificados e competentes para a responsabilidade de manutenção do pleno desenvolvimento do capital humano.

Como ser um profissional de RH?

Com relação às competências técnicas, o primeiro passo é o de possuir a formação necessária para esse campo. Em geral, a graduação em psicologia, administração, gestão de pessoas e recursos humanos são algumas das mais presentes.

O conhecimento digital e domínio das ferramentas como Pacote Office e outros instrumentos de gerenciamento é fundamental. E, com relação à postura desse colaborador, é preciso contar com alguém capaz de traçar uma boa comunicação, que tenha senso de liderança, seja guiado por uma forte ética profissional e tenha uma concepção colaborativa, aberta e participativa.

Quanto ganha um profissional de RH?

A média salarial de um profissional dos Recursos Humanos é de cerca de R$ 3.500,00. Lembrando que essa é uma previsão que pode sofrer alterações a depender da região, tipo de cargo ocupado, porte da empresa e especialidade do profissional.

E aí, gostou de conhecer mais sobre a área de RH e as principais possibilidades de sua aplicação em uma organização? Aproveite e confira ainda sobre o cargo de analista de Recursos Humanos: o que faz, perfil e como se preparar para o RH 4.0. Não deixe de acompanhar o blog da Serasa Experian e até o próximo post!