O Setembro Amarelo nas empresas não é apenas uma campanha simbólica, mas uma oportunidade estratégica para promover a saúde mental dos colaboradores e cumprir obrigações legais. Ignorar o tema pode resultar em ausências frequentes, queda de produtividade e riscos para a imagem da organização. Por isso, o RH precisa saber como agir e o que implementar na prática.
A campanha, realizada desde 2015 no Brasil, tem como objetivo a prevenção ao suicídio e a promoção do cuidado com a saúde mental. Em ambiente corporativo, isso significa criar uma cultura de apoio, escuta e acolhimento, que vai além de ações pontuais.
Nesse contexto, o papel do RH ganha destaque: é o setor responsável por construir um ambiente seguro, em que os colaboradores se sintam confortáveis para compartilhar dificuldades emocionais e buscar ajuda quando necessário. Quer saber mais? Continue com a gente!
Neste conteúdo você vai ler (Clique no conteúdo para seguir)
- O que é Setembro Amarelo?
- Por que a saúde mental importa no ambiente de trabalho
- O que o RH pode fazer durante o Setembro Amarelo nas empresas
- A relação entre Setembro Amarelo nas empresas e a NR-1
- Como construir uma cultura de saúde mental
- Exemplo de boas práticas durante o Setembro Amarelo nas empresas
- Perguntas frequentes sobre Setembro Amarelo nas empresas
- Quais ações o RH pode tomar no Setembro Amarelo?
- O Setembro Amarelo é obrigatório para as empresas?
- Como avaliar o impacto das ações de Setembro Amarelo nas empresas?
- Como engajar os colaboradores na campanha?
O que é Setembro Amarelo
Setembro Amarelo, que se tornou oficial com a sanção da Lei 15.199, de 2025, é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, criada pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) e CFM (Conselho Federal de Medicina). A norma também estabelece o dia 10 de setembro como o Dia Nacional de Prevenção do Suicídio e 17 de setembro como o Dia Nacional de Prevenção da Automutilação.
No contexto corporativo, o Setembro Amarelo nas empresas reforça a importância de debater saúde mental com responsabilidade e regularidade. Não se trata apenas de "falar sobre", mas de criar estruturas que apoiem os colaboradores.
Por que a saúde mental importa no ambiente de trabalho
Problemas de saúde mental impactam diretamente os indicadores organizacionais. Segundo pesquisa feita pela International Stress Management Association no Brasil (ISMA-BR) no fim de 2023, 32% dos profissionais brasileiros sofrem com síndrome de burnout.
Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) estimam que problemas relacionados à saúde mental causam uma perda global de cerca de 12 bilhões de dias de trabalho por ano.
Empresas que não tratam a saúde mental com prioridade podem enfrentar:
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aumento do absenteísmo;
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queda de produtividade;
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maior rotatividade;
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conflitos internos;
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prejuízos com afastamentos por licença médica.
Tratar da saúde emocional no ambiente de trabalho não é beneficência: é estratégia de gestão.
O que o RH pode fazer durante o Setembro Amarelo nas empresas
O time de Recursos Humanos é um dos principais agentes de transformação cultural em uma empresa. Durante o Setembro Amarelo, é possível implementar ações pontuais e estruturais para gerar impacto real.
Ações eficazes incluem:
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mapear os principais fatores de estresse entre os colaboradores;
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criar canais sigilosos de escuta e acolhimento;
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promover rodas de conversa com especialistas em saúde mental;
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divulgar materiais educativos com linguagem acessível;
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oferecer terapia online como benefício corporativo;
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adaptar a liderança para uma gestão mais empática e humana.
O importante é que as ações não sejam isoladas, mas parte de uma política permanente de bem-estar.
A relação entre Setembro Amarelo nas empresas e a NR-1
Desde a atualização da Norma Regulamentadora n.º 1 (NR-1), que trata das disposições gerais em SST (Segurança e Saúde no Trabalho), as empresas devem considerar os fatores psicossociais como riscos ocupacionais.
Isso significa que estresse, ansiedade, depressão e burnout precisam ser mapeados e tratados com o mesmo rigor que os riscos físicos ou ergonômicos. O RH deve trabalhar em conjunto com as áreas de medicina do trabalho para:
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aplicar diagnósticos organizacionais de clima e saúde mental;
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implementar planos de ação para reduzir riscos emocionais;
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revisar as condições de trabalho que geram sofrimento psíquico;
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registrar e acompanhar indicadores de saúde emocional no eSocial.
A inclusão desses fatores nos Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e nos Laudos Técnicos das Condições do Ambiente de Trabalho (LTCAT) pode ser uma forma eficiente de integrar a saúde emocional às políticas de segurança da empresa.
Como construir uma cultura de saúde mental
Mais do que ações em setembro, o desafio é fazer com que a saúde emocional faça parte do dia a dia da empresa. Para isso, é necessário:
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formar lideranças com escuta ativa e empática;
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incluir metas de bem-estar nos OKRs ou KPIs da companhia;
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revisar fluxos de trabalho para reduzir cargas excessivas;
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promover treinamentos sobre saúde mental e autocuidado;
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incentivar pausas e momentos de descanso ao longo da jornada.
Além disso, é importante promover campanhas de combate ao estigma relacionado aos transtornos mentais. Muitas vezes, colaboradores deixam de buscar ajuda por receio de julgamento ou represálias profissionais.
Exemplo de boas práticas durante o Setembro Amarelo nas empresas
Empresas que se destacam na implementação do Setembro Amarelo costumam ter um plano anual de saúde mental. Além disso, integram diferentes áreas da organização, como RH, lideranças e Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (CIPA).
Boas práticas incluem:
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oferecer acolhimento psicológico gratuito ou subsidiado;
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realizar campanhas internas com histórias reais de superação;
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promover oficinas de gestão emocional e mindfulness;
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disponibilizar guias de primeiros socorros psicológicos.
Algumas organizações também têm adotado o uso de plataformas digitais de bem-estar que oferecem testes de triagem, conteúdos educativos, sessões de apoio psicológico e relatórios para o RH sobre o bem-estar geral da equipe (com dados anonimizados).
O Setembro Amarelo nas empresas é mais do que uma campanha. É uma porta de entrada para uma gestão mais humana e inteligente, com impacto direto na produtividade, clima organizacional e retenção de talentos. Companhias que investem em saúde mental colhem resultados sustentáveis.
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Perguntas frequentes sobre Setembro Amarelo nas empresas
O que é Setembro Amarelo?
É uma campanha nacional voltada à prevenção ao suicídio e promoção da saúde mental, com foco especial no mês de setembro.
Quais ações o RH pode tomar no Setembro Amarelo?
Promover rodas de conversa, divulgar materiais educativos, oferecer apoio psicológico e criar canais de escuta são algumas medidas eficazes.
O Setembro Amarelo é obrigatório para as empresas?
Não há obrigatoriedade legal, mas a NR-1 exige que riscos psicossociais sejam mapeados e tratados pelas companhias.
Como avaliar o impacto das ações de Setembro Amarelo nas empresas?
Monitorando indicadores como clima organizacional, absenteísmo, produtividade e uso dos serviços de apoio emocional.
Como engajar os colaboradores na campanha?
Usar uma comunicação acessível, envolver lideranças e abrir espaço para relatos e escuta são formas eficazes de gerar participação ativa.