O roubo de identidade é um crime grave que vem ganhando cada vez mais espaço no meio tecnológico. Por meio de ataques de phishing, pharming, malwares e spywares, os hackers roubam dados e informações de servidores ou bancos de dados de quaisquer empresas e as vendem dentro da dark web a fim de obter grande lucro.

Por isso, é indispensável entender quais os aspectos do spyware, um violador de identidade que age silenciosamente em computadores e telefones e monitora todos os passos e informações guardadas nestes dispositivos.

Neste post, explicaremos melhor o que é, como identificá-lo, como se prevenir e, principalmente, mostrar a importância de contar com ferramentas que protejam essas informações confidenciais de fraudes e ameaças dentro da sua empresa. Vamos começar?

Spyware: o que é?

O spyware nada mais é do que um software malicioso, desenvolvido para monitorar atividades e tráfego na web, coletar informações e dados pessoais confidenciais, transmitindo todos eles para um invasor. Alguns exemplos são: dados do cartão de crédito, fotos, senhas, transações financeiras, localização, pressionamento de teclas e até acesso a câmera ao vivo.

O que o diferencia de um vírus comum é precisar, essencialmente, de uma ação feita pelo usuário para entrar no sistema do computador, como o aceite de um download contaminado.

Se não forem evitados com medidas prévias ou removidos logo, esses malwares podem trazer problemas como roubo de identidade, fraude, alteração de dados do computador, contaminação da rede e até lavagem de dinheiro. Por isso, continue a leitura e aprenda como identificar e proteger sua empresa!

Como identificar spywares e evitar vazamento de dados?

Se você tem dúvidas de que seu computador está ou não infectado por um spyware ou, quer se precaver e evitar que seus dados sejam vazados, você deve ficar atento a ocorrências que demonstram uma possível infecção, como:

  • PC ou celular lento: se seu dispositivo ficou devagar sem motivo e continua assim mesmo com o uso de ferramentas que limpam dados inúteis, pode significar que ele já está infectado;
  • Pop-ups em excesso: quando seu computador ou celular já foi invadido, seus dados de navegação ficam com desenvolvedores que inundam os seus dispositivos de anúncios invasivos;
  • Redirecionamento instantâneo: quando é redirecionado para sites que você não abriu, clicou ou pesquisou;
  • Registro de atividade contínua e elevada do HD, mesmo que ele esteja sem operações em segundo plano ou até em descanso;
  • Atividade de rede inconstante: se no indicador de fluxo de rede o roteador estiver piscando constantemente mesmo com nenhum programa em execução no seu dispositivo, há chances de que sua rede esteja infectada;
  • Atividades suspeitas no e-mail: textos que supostamente foram escritos por você e enviados a pessoas da sua lista de contato podem significar que outro usuário está controlando seu dispositivo;
  • Antivírus desativados: quando suas ferramentas de combate a vírus são desativadas sem solicitação;
  • Lista de bloqueio de IP: quando recebe notificações de que seu UP está em uma lista de bloqueio ou "lista negra".

Viu só? Existem muitos indícios que demonstram infecção, mas você pode evitá-los se atentando a erros ortográficos ao baixar algum aplicativo, não clicando em pop-ups constantes e em links duvidosos que chegam por e-mail, WhatsApp ou SMS.

Também é possível se prevenir fugindo dos cadastros em sites que não pareçam confiáveis, com URLs estranhas - endereços que começam com 'https://' têm protocolo seguro verificado - e aplicando os conceitos de due diligence nas operações.

Outra opção é utilizar um firewall de confiança, pois eles ajudam a identificar tentativas suspeitas de instalação de vários tipos de malwares e realizam varreduras regulares.

Como se proteger de spywares e outras ameaças na web?

Atualmente, muitas pessoas e empresas já têm uma noção maior de como essas ameaças funcionam, mas os criminosos estão cientes disso e cada vez mais procuram por métodos sofisticados de entrar nos dispositivos.

Por esse motivo, a melhor forma de se proteger de spywares e de outras ameaças é a conscientização e a mudança no comportamento diário ao navegar na internet. Mas quais são os cuidados que devem ser tomados? A seguir, você vai descobrir quais são eles e como pô-los em prática. Veja:

1. Atualize o sistema operacional e os softwares

Sempre que surgir uma oportunidade de upgrade, é importante que você autorize a atualização, pois, assim, fica garantido que foram feitas as correções de segurança e vulnerabilidades, protegendo os dispositivos de ameaças iminentes.

2. Instale softwares de segurança confiáveis

Softwares de segurança vão te dar o conforto de saber que seu dispositivo está mais protegido contra vírus e variados tipos de malwares, como trojans, ransomwares, worms e os próprios spywares.

Você também pode optar por programas de segurança mais específicos como antispywares, que varrem os dados do dispositivo com o intuito de encontrar qualquer indício de códigos maliciosos, alertando o usuário, aconselhando-o a colocar os arquivos relacionados em quarentena ou, então, excluí-los.

3. Configure os ajustes de privacidade e criptografe dados sensíveis

Para garantir que seus dados fiquem seguros, confira as configurações de privacidade dos dispositivos e dos navegadores. Nesse momento, certifique-se de que todos estejam devidamente configurados para proteger os dados da sua empresa e criptografe-os antes de enviá-los ou salvá-los em dispositivos de armazenamento.

As configurações de privacidade do Windows, por exemplo, permitem desabilitar a localização, desativar anúncios, revisar e analisar perfis das redes conectadas, compartilhar arquivos apenas por proximidade e criptografar os registros dos computadores.

4. Tenha controle dos e-mails corporativos e treine seus funcionários

Sabia que muitos golpes e ameaças a dados sensíveis da empresa vêm dos e-mails empresariais? Os mais comuns são spam, phishing, malwares, engenharia social e business e-mail compromise (BEC, ou fraude do CEO).

Portanto, manter seus funcionários informados sobre as especificidades de cada um, suas formas de atuação, partes sensíveis do sistema e também conscientizá-los sobre os perigos e prejuízos que esses malwares podem trazer é de extrema importância.

Aqui vão algumas dicas que reduzirão a quantidade de informações inúteis e suspeitas nas caixas de entrada:

  • Senhas mais fortes;
  • Filtro ou ferramentas antispam;
  • Adoção de um provedor de e-mail com segurança em nível corporativo;
  • Implantar o DMARC;
  • Autenticação multifatorial ou em duas etapas;
  • E-mail gateway;
  • Não clicar ou baixar links, arquivos ou imagens com nomes estranhos ou de fontes suspeitas.

5. Limite o uso de hardwares

Quem nunca ouviu falar do vírus que entrou no PC por aquele pendrive infectado? Além dele, CDs, DVDs, HDs, impressoras e muitas outras mídias externas têm grande potencial de serem fáceis transmissores de spywares e outros softwares malignos, ainda mais se forem de uso pessoal dos funcionários! Portanto, vale a pena considerar o uso e necessidade a fim de restringi-los.

6. Invista em ferramentas de prevenção à fraude

Ladrões de identidade e hackers optam por atacar usuários mais vulneráveis, que têm menor capacidade ou constância de monitorar regularmente suas contas e dados. Por isso, ferramentas de prevenção à fraude são um passo importante para a segurança de todas as bases empresariais.

A Serasa Experian, por exemplo, combina inteligência analítica com a melhor base de dados do mercado para oferecer soluções antifraude para onboarding, login ou transacional, em camadas automatizadas e inteligentes, com o intuito de manter segura toda a jornada digital da sua empresa por meio de instrumentos como:

  • Cadastro | KYC: identifica clientes e parceiros, automatizando seus processos de onboarding e cadastro;
  • Biometria facial: autentica os usuários de forma segura e rápida por meio de uma selfie cadastrada em uma das bases de faces mais completas do Brasil;
  • Risco de dispositivos: o AllowMe, agora, faz parte da Serasa Experian. E isso traz muito mais segurança para a autenticação do dispositivo dos usuários em tempo real, seja qual for o ambiente e os atributos coletados;
  • Verificação de documentos: autentica qualquer tipo de documento e valida suas informações simultaneamente e ao vivo.

Como o spyware coleta os dados da sua empresa?

Para ter mais eficiência na proteção de dados, precisamos entender como a economia global de golpes funciona. Os spywares, em especial, normalmente entram em sistemas operacionais por meio de um download intencional de algum software, mas existem outras formas de contaminar, como links, anúncios e pop-ups modificados.

Ao serem acionados, os corpos maliciosos agem em segundo plano e de forma oculta no dispositivo, monitorando atividades do usuário, como: padrões de digitação, dados e histórico pessoais, cliques, webcam, GPS, microfone, pesquisas e até mudando as configurações dos aparelhos para permitir o controle pelo espião.

Além disso, podem estar associados a trojans bancários que coletam informações confidenciais para que o invasor possa vendê-los, vazá-los em grupos de criminosos ou, até mesmo, realizar transações financeiras por conta própria em nome do titular.

Importância de se proteger contra spywares e a LGPD

Para começar, vale relembrar que, a partir da instalação imperceptível de spywares, os cibercriminosos podem acessar dados sensíveis e confidenciais de clientes, contatos e parceiros armazenados nos bancos de dados da empresa.

Assim, informações bancárias, nomes, endereços, documentos pessoais, fotos e e-mails são alguns dos itens que os criminosos vendem ou disponibilizam publicamente, causando prejuízos inimagináveis para o negócio e, principalmente, para os donos das informações.

Para que essas pessoas tenham mais segurança nos processos em que estão envolvidos, entrou em vigor a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), prevendo normas que obrigam empresários a informar aos clientes caso esses roubos aconteçam, tomar medidas como implementar o reconhecimento facial na empresa e realizar auditorias.

Também estabelece outras regras para a adoção de medidas que evitassem o vazamento de dados sensíveis, como normas de segurança, certificações de qualificação para manuseamento de dados e demais atos imediatos que reprimam os impactos das ações maliciosas.

Por isso, é essencial que as empresas prezem por medidas preventivas à contaminação por malwares, pois a lei é taxativa quanto à importância da segurança dos dados dos consumidores e estipula o pagamento de multas com valores consideráveis, dependendo dos danos causados.

Agora que você já sabe como ficar longe de spywares, que tal ler nosso conteúdo que dá 4 dicas para se proteger da engenharia social e aprender a se preservar de outras técnicas de fraude como phishing, scareware, watering hole e baiting? Nos vemos lá!