O furto de identidade ou roubo de identidade é um tipo de golpe nos quais os prejuízos vão além dos financeiros, já que podem acarretar negativação indevida e problemas legais para a vítima sem que ela tenha consciência do uso de seus dados. Essa modalidade também pode ser chamada de fraude de identidade.

O que é furto de identidade?

O furto ou roubo de identidade é um crime e ocorre quando alguém pega as informações de uma pessoa, as utiliza e se passa por ela para fazer compras, contratar serviços, abrir contas, além de realizar pagamentos e saques.

Além de adquirir produtos, os fraudadores também usam os dados pessoais do verdadeiro usuário para acessar ou se cadastrar em redes sociais, e-mails e marketplaces para praticar outros golpes.

Essa fraude pode ser aplicada tanto por uma pessoa do convívio da vítima quanto por um cibercriminoso, o que muda é o tipo de ação fraudulenta que será cometida a partir da posse dos dados e qual a sua sofisticação.

Como acontece o roubo de identidade?

Os fraudadores são bem criativos e acompanham as inovações tecnológicas. Não se trata de novos tipos de fraudes, apenas adaptadas para o meio digital.

O roubo de identidade pode ocorrer após ataques de engenharia social, como phishing, no qual se tenta “fisgar” a credencial do usuário por meio de uma réplica de uma página, e-mail ou aplicativo.

Também pode ser realizado após o fraudador conseguir o login e a senha monitorando os hábitos do usuário nas redes sociais.

Os dados ainda são acessados por descuido do próprio consumidor, que acaba compartilhando informações pessoais em um app ou site acreditando que se trata de canais oficiais de empresas ou instituições financeiras em que confia, mas que na verdade são páginas fraudulentas com layout semelhante às verdadeiras.

Estatísticas de roubo de identidade

O roubo de identidade tem sido motivo de preocupação de 8 em cada 10 brasileiros, segundo o Relatório Global de Identidade e Fraude 2022 da Experian. Esse foi o mesmo resultado entre os consumidores na Indonésia, Noruega e África do Sul.

A pesquisa identificou que 77% dos entrevistados no Brasil estão preocupados com esse tipo de fraude, número superior ao obtido com os pesquisados no resto do mundo, que é de 57%.

O estudo também mostra que 61% dos brasileiros já passaram por alguma experiência deste tipo ou conhecem alguém que foi vítima.

Globalmente, o roubo de identidade superou o roubo de informações do cartão de crédito como maior preocupação de segurança dos consumidores pesquisados – e  preocupação aumenta conforme a idade.

Para a criação do relatório, a Experian entrevistou 1.849 representantes de empresas e 6.062 consumidores em 20 países (África do Sul, Alemanha, Austrália, Brasil, Chile, China, Colômbia, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Índia, Indonésia, Irlanda, Itália, Malásia, Noruega, Peru, Singapura e Reino Unido).

Como se proteger do furto de identidade?

É importante que os consumidores protejam seus dados e verifiquem a reputação das empresas com quem se relacionam, mantenham os devices atualizados e desconfiem de ofertas muito atrativas. Também é necessário que tenham cuidado com links compartilhados em grupos de mensagens de redes sociais ou SMS, pois podem direcionar para páginas criadas por cibercriminosos e ainda conter vírus que fazem os dispositivos funcionarem sem que percebam.

Rafael Garcia, Gerente Executivo de Prevenção à Fraude da Serasa Experian, foi entrevistado para a reportagem do Jornal da Band sobre roubo de identidade e deu dicas para que os consumidores evitem cair neste tipo de golpe. Assista à reportagem: Golpe do presente e do roubo de identidade crescem no país. | Band (uol.com.br)

Como as empresas podem evitar fraudes com roubo de identidade?

Neste cenário de crescimento das fraudes de identidade, é importante que as organizações consigam responder algumas perguntas durante a jornada digital, por exemplo, qual a confiança na informação passada pelo usuário e se ele é realmente quem diz ser.

Para obter estas respostas é necessário realizar a autenticação contínua, combinando camadas de proteção em todas as etapas da jornada, evitando que dados de pessoas e empresas sejam utilizados indevidamente por fraudadores nos processos de onboarding (cadastro), de abertura de contas, em transações, além de acessos em portais e redes sociais.

Para isso, é importante que as empresas tenham uma estratégia de autenticação e prevenção à fraude que não interfira na experiência do cliente, deixando os processos ágeis, seguros e sem atrito.

As instituições precisam contar com soluções que acompanhem a evolução dos golpes, mantendo o consumidor no centro de tudo no processo de prevenção à fraude e combinando tecnologia, dados e inteligência. Assim, se mitiga o risco de um fraudador se passar pelo cliente legítimo.

Como as empresas podem evitar fraudes com roubo de identidade?

As empresas devem investir em educação financeira de consumidores, alertando sobre os golpes comuns no seu segmento.

É possível também fazer uma série de validações que mostram se há risco ou não em uma determinada situação, pois as informações apresentadas podem até estar corretas, porém é preciso verificar se quem está utilizando aqueles dados é mesmo o verdadeiro usuário.

É necessário que as empresas combinem tecnologias robustas para identificar se a pessoa é quem diz ser e entender se o padrão de criação de conta ou acesso não são suspeitos.

Para isso, devem usar soluções de autenticação e prevenção à fraude em diversas etapas da jornada, adequando-se à necessidade de cada negócio.

A Serasa Experian tem soluções modulares inteligentes e um time de especialistas em Autenticação e Prevenção à Fraude que possibilitam oferecer uma experiência segura e sem atrito ao cliente final. Combinamos dados, analytics e soluções automatizadas para que as empresas possam expandir os negócios com segurança.

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