Você já ouviu falar em factoring (fomento mercantil)? Se não, essa é uma alternativa que micro e pequenas empresas usam para acessar crédito por meio da antecipação de recebíveis. Capital de giro disponível e fluxo de caixa equilibrado ajudam a manter fornecedores, cumprir prazos e investir com mais previsibilidade — sem precisar recorrer a empréstimos convencionais logo de início.
O factoring ganhou muito espaço como solução reconhecida no mercado para quem busca alternativas ao crédito bancário tradicional ao longo dos anos, uma vez que ele atende a demandas do dia a dia, como transformar duplicatas, cheques e notas fiscais em recursos imediatos para quitar despesas, repor estoque e sustentar a operação em momentos de maior pressão sobre o caixa.
Neste conteúdo, apresentaremos o que é factoring — um modelo já adotado por cerca de 70.000 pequenas e médias empresas —, explicaremos seu funcionamento e mostraremos como o CaaS amplia esse alcance com uso de dados, automação e governança.
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- O que é factoring? Como ele evoluiu além do fomento tradicional?
- Por que o factoring corporativo exige mais tecnologia e governança?
- Como grandes empresas transformam seus recebíveis em capital estratégico?
- Como o CaaS pode ser uma alternativa ao factoring tradicional
- Quando optar por factoring e quando criar sua própria operação de crédito?
O que é factoring? Como ele evoluiu além do fomento tradicional?
Factoring, ou fomento mercantil, é a compra de direitos creditórios (duplicatas, cheques, notas fiscais) por parte de uma empresa especializada, que paga à vista por esses recebíveis com um desconto. Ou seja, é uma antecipação de valores com base em recebíveis para reforçar o caixa. Logo, a factoring assume o risco de não pagamento e passa a executar a cobrança, diferindo de um empréstimo bancário comum.
O factoring é, historicamente, mais associada a PMEs. Porém, à medida que o mercado de recebíveis foi regulamentado e digitalizado, o factoring deixou de ser uma "compra de duplicatas" e passou a integrar estruturas maiores: programas de antecipação com risco sacado, cessões registradas em entidades autorizadas, securitização e esteiras digitais operadas por plataformas de CaaS.
Por que o factoring corporativo exige mais tecnologia e governança?
Grandes empresas precisam lidar com volumes altos, múltiplas contrapartes e exigências regulatórias, e o mercado brasileiro evoluiu com o registro obrigatório dos recebíveis e a interoperabilidade entre registradoras (como a CERC). Isso trouxe transparência, rastreabilidade e padronização de eventos, inclusive com teto para tarifas de interoperabilidade definido pelo Banco Central.
Esse contexto pede compliance com cadastros e controles internos, integração com ERPs, políticas claras de escoragem, conciliação automática, governança de limites e mecanismos que respeitem a importância do risco sacado na antecipação de recebíveis.
Os dados servem para qualificar sacados, monitorar performance de carteiras, definir preços e alimentar travas ou gravames de recebíveis. Registradoras como a CERC viabilizam a constituição de ônus, cessões e interoperabilidade — base para a segurança operacional em larga escala.
Como grandes empresas transformam seus recebíveis em capital estratégico?
Quando pensamos em factoring no ambiente corporativo, vale dar atenção à liquidez emergencial. Grandes companhias usam recebíveis para criar programas de pagamento com recebíveis, apoiar fornecedores e, ao mesmo tempo, gerar novas linhas de receita.
A antecipação a fornecedores com risco sacado fideliza a cadeia, reduz rupturas e melhora prazos de negociação sem pressionar o balanço, como ocorreria em adiantamentos puros. Marketplaces, distribuidoras e grandes varejistas já operam programas nesse formato.
Outra possibilidade está no uso de recebíveis como garantia de crédito de giro e em estruturas de cessão que liberam capital. Em vez de depender de aportes externos, a empresa explora a qualidade do seu fluxo de recebimento para sustentar limites, diversificar funding e reduzir custo médio. É uma forma de transformar um ativo operacional — o contas a receber — em estratégia de financiamento recorrente e mensurável.
Como o CaaS pode ser uma alternativa ao factoring tradicional
O CaaS (Credit as a Service) é um modelo tecnológico que permite a própria empresa criar e operar sua esteira de crédito em uma plataforma, definindo regras, políticas, integrações e jornadas de forma personalizada. No factoring tradicional, a tomada de decisão, preço e política ficam na mão de terceiros; taxas tendem a ser mais altas e a visibilidade sobre dados é limitada.
Em CaaS, a operação é da empresa: há autonomia para parametrizar, monitorar em tempo real e evoluir o produto conforme metas e compliance. Nós, com a nossa solução MOVA, oferecemos essa capacidade: módulos para antecipação a fornecedores (com risco sacado), trava e cessão de recebíveis de cartão integradas à CIP e a outras registradoras, análise de crédito, formalização e cobrança.
Todo esse processo habilita a gestão de carteira de crédito sob sua marca, com trilha de auditoria, APIs e visão de performance. É a mesma lógica do factoring — antecipar e ceder recebíveis —, agora dentro de uma infraestrutura regulada e escalável.
Se interessou pela nossa solução MOVA? Então, confira o vídeo abaixo e entenda melhor o assunto:
Quando optar por factoring e quando criar sua própria operação de crédito?
Há situações em que terceirizar faz sentido: em operações esporádicas, ticket baixo, falta de equipe ou na pressa para resolver um gargalo de caixa. O factoring cumpre esse papel com simplicidade operacional e transferência de risco — útil como "ponte". Nessas horas, a empresa avalia as vantagens da concessão de crédito sob a ótica do parceiro e pondera custo, prazo e previsibilidade.
Se a companhia tem volume relevante de recebíveis, relacionamento denso com fornecedores e clientes, e interesse em ampliar margem via preço e dados, o caminho natural é internalizar a esteira com CaaS. A estrutura própria favorece gestão de carteira de crédito, políticas segmentadas por sacado, interoperabilidade com registradoras e desenho de ofertas como pagamento com recebíveis.
Inclusive, nós apoiamos o diagnóstico desse momento e a montagem do desenho operacional, especialmente com ênfase na importância do risco sacado na antecipação de recebíveis para consolidar governança e experiência da cadeia! Gostou do nosso conteúdo? Então, continue no blog para conferir outros conteúdos relacionados! Até a próxima.