O Pix se tornou, em pouco tempo, o meio de pagamento mais popular do Brasil. Mas, junto com a velocidade de adoção, surgiram também novos riscos: golpes e tentativas de fraude cada vez mais sofisticadas. Para fechar essas brechas, o Banco Central vem ajustando as regras do sistema, impedindo o uso de CPFs e CNPJs irregulares e reforçando a proteção de dados.
Essas melhorias ajudam a impedir que fraudadores usem documentos cancelados, suspensos ou com inconsistências, dificultando a permanência de contas duvidosas no sistema. A seguir, entenda iniciativas recentes do BC para evitar fraudes via Pix e como instituições financeiras podem proteger melhor os seus clientes. Boa leitura!
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- Quais mudanças no Pix foram implementadas pelo Banco Central?
- Exclusão de chaves com CPFs e CNPJs irregulares
- Proibição de alteração em chaves aleatórias e e-mail
- Verificação obrigatória de dados e dupla checagem
- Mecanismo Especial de Devolução (MED)
- Quais medidas de segurança são eficazes contra golpes que usam dados bancários?
- Como essas mudanças vão impactar instituições e usuários?
- Importância do monitoramento contínuo para prevenir fraudes no Pix
- Conte com as soluções antifraude da Serasa Experian
Quais mudanças no Pix foram implementadas pelo Banco Central?
O Banco Central detalhou, nos últimos anos, um conjunto de ajustes que envolve a exclusão de chaves, proibições e novos processos de verificação. Essas medidas foram pensadas para impedir fraudes, reduzir custos operacionais causados por golpes e ampliar a confiabilidade nos mecanismos de segurança do Pix entre os usuários.
Antes de conhecê-las, vale destacar que essas mudanças têm impacto direto para quem presta serviços financeiros ou desenvolve campanhas de marketing voltadas a meios de pagamento. Afinal, informam sobre como manter dados atualizados, segmentar públicos e até usar a segurança como diferencial na comunicação.
Exclusão de chaves com CPFs e CNPJs irregulares
Chaves vinculadas a CPFs com status suspenso, cancelado, falecido ou nulo serão removidas por bancos
e fintechs. Essa exigência entrou em vigor a partir de abril de 2025. A mesma medida vale para CNPJs marcados como suspensos, inaptos, baixados ou nulos. Esse filtro elimina perfis que os fraudadores usam para ocultar identidade, reduzindo riscos ao sistema.
Proibição de alteração em chaves aleatórias e e-mail
Usuários não podem mais editar dados vinculados a chaves aleatórias. Qualquer alteração exige exclusão da chave e criação de uma nova. Da mesma forma, não será possível reivindicar chaves registradas por e-mail — apenas chaves associadas ao celular permitem transferência entre titulares, evitando ataques via esquemas de posse de e-mail.
Verificação obrigatória de dados e dupla checagem
Bancos precisarão validar identidades por meio do CPF ou CNPJ antes de registrar, alterar, portar ou reivindicar chaves Pix — conferindo nome e número com base na Receita Federal. O Banco Central também passou a realizar auditoria paralela para garantir que chaves em desacordo sejam corrigidas ou eliminadas.
Mecanismo Especial de Devolução (MED)
Foi liberado o uso do MED para devolução integral via dispositivos não cadastrados — antes havia limite de R$ 200. Essa mudança evita que fraudes impeçam devoluções legítimas, dando retorno rápido às vítimas.
Quais medidas de segurança são eficazes contra golpes que usam dados bancários?
Empresas podem adotar práticas complementares que reforcem a proteção contra fraudes via Pix. Autenticação em dois fatores (2FA) e biometria fortalecem login e autorização de pagamentos, bloqueando acesso não autorizado mesmo que dados do Pix tenham sido comprometidos. Essas camadas de segurança entram como complemento ao que o Banco Central providenciou.
As soluções antifraude da Serasa Experian permitem monitorar riscos de transações em tempo real, cruzando dados com comportamento e histórico financeiro. Dessa forma, a empresa pode tomar ações preventivas, como bloqueio automático de operações suspeitas e alertas imediatos para o usuário.
Outras práticas recomendadas incluem controle de dispositivos de acesso, avaliação de padrão de movimentação e uso de lista de bloqueio de chaves duplicadas. Juntas, essas medidas reduzem significativamente prejuízos e fortalecem o uso do Pix como meio de pagamento confiável.
Como essas mudanças vão impactar instituições e usuários?
A exclusão automática de chaves associadas a CPFs ou CNPJs irregulares faz com que o sistema mantenha apenas registros válidos, o que dificulta a ação de fraudadores e reduz golpes, além de diminuir o número de contas laranjas em circulação.
O MED também facilita a recuperação de valores, eliminando barreiras técnicas que antes podiam bloquear o estorno para vítimas, aumentando a confiança no uso do Pix.
Outro ponto importante é a maior padronização. Com validação dupla e auditoria central, as instituições financeiras passam a adotar padrões mais rigorosos de conferência de dados, reforçando a responsabilidade e diminuindo brechas no sistema.
Importância do monitoramento contínuo para prevenir fraudes no Pix
Manter vigilância constante sobre transações e cadastros garante que fraudes sejam detectadas antes que provoquem impacto financeiro real. O Banco Central exige que instituições consultem periodicamente o Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT) – Resolução 403/2024, identificando chaves vinculadas a CPFs ou CNPJs marcados como irregulares. Esse controle semestral evita que perfis de risco permaneçam ativos, protegendo tanto usuários quanto a reputação das instituições.
Além das auditorias, o Pix se torna mais robusto ao incorporar monitoramento em tempo real, que identifica transações suspeitas, como inserções por dispositivos não cadastrados, padrões incomuns de comportamento ou tentativas de acesso por canais não autorizados. Essa abordagem permite bloqueios imediatos, reduzindo prejuízos e fortalecendo a confiança no sistema.
Empresas que oferecem Pix como solução de pagamento devem aproveitar essa dinâmica para criar alertas automáticos, dashboards de comportamento e filas de análise de eventos críticos. Isso permite entender padrões de uso, reagir a desvios e aperfeiçoar políticas internas. Assim, o sistema de pagamento não apenas permanece seguro, mas também evolui para responder rapidamente a novas ameaças.
Conte com as soluções antifraude da Serasa Experian
A Serasa Experian, primeira e maior Datatech do Brasil, oferece uma solução de inteligência de dispositivos que já é referência no mercado e apoia as instituições financeiras no cumprimento das novas diretrizes do Banco Central. Nossa tecnologia cobre casos de uso como cadastro de novos dispositivos, inclusão, exclusão e bloqueio.
Com o efeito rede da maior base de dispositivos do mercado, desenvolvemos uma plataforma completa para análise de risco em transações digitais. São dezenas de funcionalidades que avaliam pontos como geolocalização, troca ou compartilhamento de aparelhos, velocidade de uso e indícios de spoofing e malwares, garantindo maior precisão e segurança.
Além disso, contamos com um fingerprint de altíssima capacidade de reidentificação, apoiado por heurísticas avançadas, inteligência artificial e variáveis de alta qualidade. Nosso modelo é constantemente atualizado para acompanhar tanto a evolução das ameaças cibernéticas quanto as mudanças nas variáveis das lojas oficiais de aplicativos.
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