Ter um bom relacionamento com o cliente é algo que todos os negócios buscam. Mas nem sempre conseguimos atingir o nosso público-alvo da maneira correta. Seja por não se comunicar com a persona certa ou utilizar uma abordagem errada ou invasiva.
O marketing de permissão vem exatamente para isso, trazendo a condição ao cliente de enviar algo para ele e esperar sua resposta. Assim, você começa a criar um vínculo apenas se o mesmo permitir. Com isso, a confiança e a satisfação dele com a marca se tornam muito melhores desde o começo.
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O que é o marketing de permissão?
O bom de explicar o que é marketing de permissão é que só o nome já traz parte da resposta: ações de comunicação utilizadas com os clientes somente após o consentimento deles. Isso parece algo natural, mas nem todas as empresas pedem essa permissão, e muitas vezes acabam se esquecendo disso quando chega a hora de bater as metas.
Para algumas marcas, o conceito provavelmente foi assustador no começo, mas o foco desse modelo é justamente a otimização de resultados, já que aumenta as chances de fazer campanhas ou enviar conteúdo diretamente para as pessoas que terão a maior chance de se envolver com a marca.
Por exemplo, vivenciamos o marketing de permissão muitas vezes sem notar: quando uma pessoa curte um perfil no Instagram, ela está abrindo sua timeline às publicações que a marca fará no futuro — o mesmo funciona para o Twitter e Facebook; assinar uma newsletter é outro modelo de consentimento para receber comunicações por e-mail.
Como ele surgiu?
Esse modelo de marketing foi descrito pelo autor e especialista Seth Godin, em 1999, no livro Permission Marketing: Turning Strangers into Friends, and Friends into Customers.
Foi uma verdadeira revolução na época, já que o poder mudava para o consumidor: ele podia decidir se receberia ou não informações das empresas. Godin afirma que é por meio desse modelo que a empresa ganha o privilégio de interagir com seus consumidores, afinal, ela conquistou a atenção deles.
O marketing de permissão é aplicado em todas as mídias?
O marketing de permissão não é um modelo aplicável para qualquer meio, apenas àqueles de uso mais pessoal, individualizado, como SMS, e-mails, webchats, aplicativos de mensagens, ligações e outras redes sociais. Ou seja, não teremos anúncios em massa como os feitos em TVs, sites, jornais e revistas nos quais somos bombardeados por propagandas que nem sempre nos interessam.
Quais são as vantagens do marketing de permissão?
Com o marketing de permissão, é possível ter vários ganhos quando entrar em contato com um cliente. Assim, você pode garantir os seguintes benefícios para o seu empreendimento:
- Maior credibilidade;
- Redução de gasto de tempo;
- Maior economia financeira;
- Maiores chances de conversão;
- Maior satisfação do cliente.
Nesse sentido, ao utilizar essa estratégia, você estará captando clientes com real interesse sobre o seu negócio e suas chances de realizar uma conversão aumentam consideravelmente.
Além disso, ao pedir permissão para falar/enviar materiais para a pessoa, a satisfação em relação à individualidade e escolhas dela também será impactada, visto que ela se sentirá no poder de escolha.
Como fazer o marketing de permissão?
Para fazer o marketing de permissão, é indispensável que se tenham dois fatores muito bem feitos para atrair e garantir uma prospecção assertiva. Confira:
Conheça o seu público-alvo
A parte de conhecer o público-alvo é crucial para qualquer negócio, e com o marketing de permissão não seria diferente. Afinal, sem conhecê-los, o empreendimento não consegue tomar decisões e, consequentemente, não atingirá a persona ideal.
Isso fará com que se gaste mais energia, e dinheiro, nas campanhas e não se tenha o retorno que se esperava. Para isso, o processo de compreensão sobre o público também deve ser considerado ao fazer a estratégia de permissão.
Visto isso, você pode utilizar algumas soluções para conhecer o seu público, como o Mosaic, uma ferramenta para encontrar a sua segmentação. Com essa ajuda, é possível tirar vários insights a respeito, como comportamento, perfil, idade, região, ticket médio e muito mais.
Crie conteúdos de qualidade e relevantes
Este tipo de estratégia trabalha lado a lado com o marketing de conteúdo, visto que ao oferecer posts, vídeos, e-books que agregam valor a quem os consome, a empresa começa o processo de estreitar o relacionamento com possíveis clientes.
Dentro dessa técnica, são inseridos formulários para que eles possam solicitar newsletter ou promoções, conseguindo, assim, a permissão para enviar outras informações e conteúdos mais aprofundados.
A equação funciona da seguinte forma: a marca oferece conhecimento relevante para a pessoa, com conteúdos completos e materiais ricos, e, em troca, ela concede mais espaço e proximidade para a empresa tentar promover seus serviços e produtos.
Exemplos de marketing de permissão
Os principais exemplos de marketing de permissão são bem claros e conhecidos. Os canais que você pode utilizar para essa estratégia são:
- E-mail marketing;
- SMS marketing;
- Chatbot marketing;
- Notificações pela Web Push.
Como lidar com o cliente de acordo com o marketing de permissão?
Para lidar com os clientes por meio do marketing de permissão, há alguns fatores que devem ser considerados. Ou seja, entender o que pode ou não realizar ao fazer uma abordagem com a pessoa. Entenda mais:
1. Explique o objetivo do formulário
Toda vez que você pedir uma informação de um cliente — como dados de contato (e-mail, telefone) —, informe o que ele receberá por isso.
Se o seu formulário é para assinar uma newsletter, detalhe que tipo de conteúdo virá nela e a frequência com que ela será enviada. Se a pessoa foi levada a uma página para baixar um e-book, dê uma prévia do conteúdo que virá nele e como o livro digital será enviado — será um download automático ou ele chegará por e-mail?
2. Forneça uma forma clara para a pessoa se descadastrar
Ofereça um meio para o opt-out, ou saída, caso a pessoa queira deixar de receber SMS, mensagens no WhatsApp ou e-mails. Afinal, por mais que ele possa se interessar pelo conteúdo, em algum momento ele pode cansar ou não fazer mais sentido ficar recebendo o material.
3. Cumpra o que a pessoa assinou
Se a sua empresa informou que enviaria uma newsletter mensal com conteúdo, tente não enviar e-mails a mais ou com outros assuntos como ofertas e promoções, por exemplo.
Isso pode causar estranhamento e fazer com que a pessoa cancele a assinatura. Daí a importância de deixar claro o que você oferece em cada novo formulário.
4. Não forneça contatos de clientes a outros
Vender ou trocar dados com outros negócios pode gerar bastante dor de cabeça, já que o relacionamento criado pela pessoa foi com sua marca e não com suas parceiras. Fazer isso gera, na grande parte das vezes, descontentamento, reclamações e o fim do relacionamento do cliente com a empresa.
5. Não seja invasivo
Espere que a pessoa, por livre e espontânea vontade, opte por seu conteúdo e ofertas. Você pode criar as oportunidades para ela receber seus conteúdos e promoções e enxergar o valor e importância deles. Não fique apenas pedindo por essas inscrições sem oferecer nada em troca.
Como Godin disse, você precisa conquistar esse privilégio. Se essas pessoas notarem o verdadeiro valor desse conteúdo e promoções, elas se sentirão compelidas a se cadastrar naturalmente.
6. Não peça muitas informações
Não crie formulários imensos que desestimulem a pessoa a receber suas investidas em marketing. Lembre-se de pedir dados que ajudem as suas futuras estratégias a ficarem mais afinadas com o gosto de cada cliente. Ou só peça aquelas que realmente vão fazer a diferença.
Portanto, podemos notar que utilizar o marketing de permissão é se colocar no lugar do consumidor e oferecer o conteúdo que ele consentiu em receber, sempre analisando se faz sentido. Respeitando esse aval, a empresa pode ir se aproximando mais e conseguindo novos resultados.
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