As empresas abastecedoras de insumos são um componente crucial na cadeia produtiva de qualquer empresa, independentemente do setor ou porte. Elas são responsáveis por garantir as matérias-primas, serviços e equipamentos necessários para a empresa poder produzir ou distribuir seus bens e serviços. Sendo assim, é essencial acompanhar e monitorar os fornecedores.

Apesar disso, muitas organizações ainda possuem dificuldades para realizar a gestão de riscos de fornecedores de forma eficaz. Por isso, preparamos esse conteúdo com todas as informações necessárias para você compreender o conceito, como funciona, sua importância e como fazê-la. Continue conosco e fique por dentro!

O que é a gestão de risco de fornecedores?

A gestão de risco de fornecedores envolve diversos processos, ações e atitudes empregadas em uma empresa para identificar e lidar com possíveis ameaças na cadeia de fornecedores da organização. No geral, diversas medidas são tomadas para garantir a mitigação dos perigos envolvidos em parcerias entre organizações.

Muitas empresas fazem parcerias com fornecedores sem avaliar o risco das ações realizadas. Nestas situações, acabam sofrendo diversos problemas, incluindo a falta de matéria-prima para a produção dos itens comercializados. Também vale ressaltar ocasiões que podem causar danos materiais e de imagem para a marca.

Como ela funciona?

De forma simplificada, as empresas podem sofrer com diversos tipos de riscos vindos dos fornecedores. Para entender o funcionamento da gestão de risco de fornecedores é essencial compreender os perigos envolvidos. Veja:

  • Operacional: envolve falhas variadas nos processos da empresa fornecedora, sejam elas com pessoas, sistemas ou equipamentos. Geralmente, esses erros ocasionam a paralisação das atividades da organização ou a redução do desempenho;
  • Segurança digital: são deficiências relacionadas com a perda de dados pessoais ou outras informações relevantes que deveriam ser mantidas em um banco de dados seguro. Vale destacar que é muito importante ter fornecedores e parceiros comerciais seguros e confiáveis;
  • Compliance: está relacionado com o cumprimento das legislações e outras obrigações regulatórias. Pode ocasionar multas e outras penalidades para a empresa fornecedora, mas além disso, pode reverberar em uma mancha na imagem da empresa contratante;
  • Financeiro: envolve prestações de serviço superestimadas e perda de receita devido a atrasos dos fornecedores;
  • Imagem: a exposição negativa de um fornecedor também pode afetar a forma na qual a sua organização é vista pelos consumidores.

As empresas precisam realizar uma análise para compreender quais são os riscos envolvidos nas parcerias com seus fornecedores. Feito isso, diversas atividades são realizadas visando melhorar a situação ou eliminar os perigos de uma vez por todas.

É importante ressaltar que as medidas empregadas para evitar os acontecimentos são rotineiras. Isto é, devem fazer parte do cotidiano da organização.

Exemplo de gestão de risco de fornecedores na prática

Agora que você já compreendeu o conceito e como funciona a gestão de risco de fornecedores, podemos analisar um exemplo prático que pode te proporcionar diversos insights valiosos.

A importância da gestão de risco de fornecedores e das decisões de crédito sempre estiveram muito claras para uma indústria de alimentos em conserva. Ela sabe que depende de uma grande diversidade de fornecedores, desde produtores de azeitonas, cogumelos, palmitos, pimentas, atum e outros alimentos, até fabricantes de embalagens para cada produto, conservantes e parceiros de logística para escoar sua produção.

O que ainda não estava claro era como atuar de forma proativa na gestão de risco dos fornecedores para minimizar impactos por conta de problemas financeiros com algum deles. Veja as etapas passadas pela empresa para garantir mais segurança em suas parcerias:

1. Compreendendo a importância

A indústria alimentícia não fazia a gestão de risco de seus fornecedores. E, recentemente, havia centralizado ainda mais as compras em fornecedores únicos para otimizar os processos de renovação e pagamento.

No entanto, não foi feita uma avaliação criteriosa da saúde financeira deles e a organização passou a sofrer alguns prejuízos por causa da falta do cumprimento do acordo por parte do fornecedor — que estava passando por problemas financeiros.

Agora, ela precisava correr atrás do prejuízo e começou a pesquisar por outros fornecedores e buscar referências junto a concorrentes com quem tinha bom relacionamento. Nesse momento, o gerente de compras percebeu o risco que estavam correndo, não apenas com aquele fornecedor, mas também com os demais.

Essa ação precisou ser acelerada quando seu fornecedor de conservantes começou a atrasar algumas entregas em empresas do seu segmento. Alerta ligado, afinal, ela poderia ser a próxima empresa a ficar desabastecida. O estoque ainda iria suprir algumas semanas, mas em breve, a operação poderia ser paralisada.

Caso isso acontecesse, além de impacto no faturamento, a indústria teria que renegociar com fornecedores de alimentos perecíveis, embalagens e transportes, gerando uma grande bola de neve, podendo levar até a falta do produto nas prateleiras, com perda de credibilidade junto aos atacadistas e supermercados. A necessidade de substituir o fornecedor de conservantes era urgente.

2. Resultados começando a aparecer

A situação foi amenizada quando o departamento de compras solicitou ajuda para o time de crédito a fim de proceder com a análise das demais empresas e buscar a automação de sua gestão de risco de fornecedores.

Avaliaram diversas soluções do mercado e encontraram uma opção de monitoramento de fornecedores que envia alertas em tempo real toda vez que há uma mudança no perfil de risco, evitando ser pego de surpresa e sofrer impactos no negócio.

Outra vantagem oferecida e determinante na escolha foi a flexibilidade para criar suas próprias regras de alertas das alterações do perfil de risco das empresas monitoradas. A solução combinava o tipo de informação, quantidade, valores e frequência, permitindo parametrizar os critérios de acordo com a necessidade do negócio. Em paralelo, encontraram um novo fornecedor para conservantes.

3. Resultado do monitoramento e alertas

A indústria passou a fazer a gestão de todos seus fornecedores estratégicos, inclusive o de conservas, monitorando anotações de inadimplência, dados cadastrais e societárias, além de definir os alertas relevantes conforme a sua política de crédito, recebendo notificações de alteração de risco em tempo real.

Com essa nova forma de fazer a gestão de fornecedores, a empresa conseguiu identificar quais fornecedores poderiam afetar o negócio e ganhou uma visão ampla para substituir as parcerias mais frágeis por mais robustas, impedindo a paralisação da produção.

Além disso, auxiliou a pulverizar compras, priorizando os parceiros com melhor saúde financeira e desenvolvendo novos fornecedores para não ficar restrito a uma opção, que aumenta a vulnerabilidade ao desabastecimento.

Também possibilitou negociar melhores condições de compra com os fornecedores que apresentam maior capacidade de produção e entrega e auxiliar na recuperação de fornecedores estratégicos e que estão passando por momentos de dificuldades.

Com a parametrização dos alertas, a indústria passou a acompanhar a evolução do risco de crédito desses fornecedores e conseguiu tomar decisões estratégicas para o seu negócio.

4. Ganhos dessa ação

A indústria colocou em prática a gestão de risco de fornecedores proativa e inteligente que buscou em um momento de crise. Com os disparos automáticos, ganhou agilidade na tomada de decisão diante da possibilidade de uma empresa vir a ter sua saúde financeira comprometida e automatizou todo o processo.

A indústria manteve a sua rede de parceiros ativa e melhorou seus resultados, como:

  • Produtividade: a automação reduziu o tempo e eliminou a necessidade de coleta de informações em diversas fontes, com a confiança de trabalhar com dados sempre atualizados;
  • Agilidade: o recebimento de alertas em tempo real garantiu rapidez na tomada de decisão antes de sofrer qualquer impacto em sua produção ou distribuição;
  • Reputação: os alertas gerados permitiram que a indústria antecipasse problemas que impactam a entrega de mercadorias aos seus compradores ou prejudicam a sua imagem;
  • Padronização: a aplicação de critérios claros trouxe consistência e eficiência ao processo de monitoramento, simplificando a gestão de risco de crédito.

Quais informações de um fornecedor podem ser monitoradas?

Conforme demonstrado no exemplo dado acima, diversas informações devem ser monitoradas para garantir um bom controle e gestão dos riscos dos fornecedores. Entre elas, temos:

  • Dados negativos: pendência financeira (Pefin), restrição financeira (Refin), dívidas no mercado (Convem), protestos, ações judiciais, falência, recuperação judicial, participação em falência e anotações negativas no SPC;
  • Informações cadastrais: razão social, nome fantasia, situação na Receita Federal, filiais, endereço e outros dados;
  • Informações societárias: quadro social, administração da empresa e participação societária.

Entenda a importância da gestão de risco de fornecedores

A gestão de risco de fornecedores é uma prática fundamental para as organizações que dependem de uma cadeia de suprimentos eficiente e confiável. Essa gestão envolve a identificação, avaliação e mitigação dos riscos associados aos fornecedores que uma empresa utiliza para obter bens, serviços ou componentes essenciais para suas operações.

A dependência de fornecedores para aquisição de insumos e serviços essenciais torna a empresa vulnerável a interrupções. A gestão de risco ajuda a garantir a continuidade dos negócios, identificando possíveis ameaças e implementando planos de contingência.

Além disso, fornecedores inadequados podem comprometer a qualidade dos produtos e serviços oferecidos pela organização. A não conformidade dos seus parceiros com as regulamentações e padrões pode resultar em penalidades legais e danos à reputação da sua marca.

De modo geral, a gestão de risco de fornecedores é uma abordagem proativa para garantir a estabilidade e a confiabilidade da cadeia de suprimentos de uma empresa, promovendo seu sucesso a longo prazo.

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