A edição de outubro do Boletim Econômico da Serasa Experian mostra que a economia brasileira mantém crescimento moderado, com setores específicos reagindo de forma desigual. Enquanto serviços e varejo seguem sustentados pelo mercado de trabalho aquecido, o crédito desacelera e a inadimplência atinge recordes históricos.
Neste conteúdo você vai ler (Clique no conteúdo para seguir)
- Varejo cresce, mas ritmo é contido
- Indústria mostra recuperação parcial
- Serviços atingem novo recorde histórico
- Mercado de trabalho segue aquecido
- Inflação avança com pressão de habitação e serviços
- Crédito desacelera e inadimplência atinge recordes
Varejo cresce, mas ritmo é contido
O Índice de Atividade do Comércio avançou 1,7% em setembro, refletindo recuperação em segmentos como veículos, combustíveis e material de construção. Apesar disso, o crescimento acumulado do ano ainda é moderado, em 4,1%, impactado por juros altos e menor disponibilidade de crédito.
Indústria mostra recuperação parcial
A produção industrial subiu 0,8% em agosto, interrompendo quedas recentes. Bens intermediários e de consumo semi e não duráveis puxaram o desempenho, enquanto o setor de bens de capital registrou retração de 1,4%. O resultado mostra que a indústria recupera fôlego, mas ainda de forma cautelosa.
Serviços atingem novo recorde histórico
O setor avançou 0,1% em agosto, mantendo alta pelo sétimo mês consecutivo e alcançando 18,7% acima do nível pré-pandemia. Serviços prestados às famílias e atividades financeiras auxiliares foram os principais responsáveis pelo crescimento, mesmo com o segmento de informação e comunicação registrando leve retração.
Mercado de trabalho segue aquecido
A taxa de desemprego continua em níveis históricos baixos, enquanto a renda real mantém trajetória de crescimento. Esses fatores seguem sustentando o consumo das famílias e o desempenho de serviços essenciais.
Inflação avança com pressão de habitação e serviços
O IPCA subiu 0,48% em setembro, acumulando 5,17% em 12 meses. O aumento foi impulsionado pelo grupo Habitação e por serviços pessoais, enquanto alimentos e bebidas registraram queda, refletindo safras recordes e valorização do real.
Crédito desacelera e inadimplência atinge recordes
O número de consumidores negativados chegou a 78,8 milhões, e o volume de dívidas alcançou R$ 494,1 bilhões. Entre micro e pequenas empresas, 7,69 milhões estão inadimplentes, registrando novo recorde histórico. A demanda por crédito desacelerou, especialmente entre os segmentos menores, diante do custo elevado e da maior seletividade dos bancos.
Quer compreender todos os detalhes da economia brasileira e acompanhar as projeções para os próximos meses? Baixe o Boletim Econômico completo gratuitamente!