Nos últimos anos, as mudanças climáticas tornaram-se um tema cada vez mais urgente e relevante para o agronegócio. Com a COP 28, surge a oportunidade de refletirmos sobre como podemos nos preparar para enfrentar os desafios climáticos que afetam diretamente o setor agrícola.

Preparamos este conteúdo para te ajudar a entender mais sobre o assunto e apresentar as informações relevantes sobre a COP 28 e os impactos das mudanças climáticas no agronegócio global e brasileiro. Esperamos que esse texto ajude a compreender a relevância dos cuidados com o aquecimento global de forma consciente. Continue sua leitura e confira!

Quais os efeitos do aquecimento global na agroindústria global?

O aquecimento global possui um impacto muito grande ao afetar o desenvolvimento da agroindústria global, abalando tanto a produção agrícola quanto a cadeia de suprimentos e a distribuição de alimentos. Afinal, as mudanças climáticas que resultam desse fenômeno podem alterar os padrões de temperatura e de precipitação, causando prejuízos nas safras.

Regiões que antes eram adequadas para certas culturas podem se tornar menos produtivas devido ao aumento da temperatura ou à falta de água, enquanto outras regiões têm chances de experimentar condições climáticas mais extremas, como secas ou tempestades, prejudicando a produção agrícola.

Além disso, o aumento das temperaturas pode levar ao surgimento de pragas e doenças que antes não eram uma ameaça, diminuindo ainda mais os rendimentos das culturas. Esse fator nos leva ao desenvolvimento da agricultura 5.0, além do maior uso de pesticidas e de outros produtos químicos, aumentando os custos de produção e, potencialmente, afetando a saúde dos consumidores e do meio ambiente.

Quais os impactos das mudanças climáticas no agronegócio do Brasil?

É perceptível o aumento na quantidade de discussões a respeito do aquecimento global nos últimos anos. Essas mudanças ocorrem em todo o mundo, incluindo Brasil, causando impactos significativos em diversas áreas, como o agronegócio.

O aumento das temperaturas e a inconstância das chuvas têm gerado desafios para a produção agrícola em várias regiões. Por exemplo, o aumento da temperatura leva a uma maior incidência de pragas e doenças, impactando negativamente as safras e exigindo o uso mais intensivo de agroquímicos.

Além disso, a variabilidade climática afeta a logística e a distribuição dos produtos agrícolas, dificultando o transporte e aumentando os custos operacionais para os agricultores. Por outro lado, as mudanças climáticas também podem abrir novas oportunidades para o agronegócio brasileiro, como a expansão de culturas mais adaptadas a condições climáticas diferentes e o desenvolvimento de tecnologias agrícolas mais resilientes.

O que é e qual a finalidade da COP 28?

A COP é uma sigla para "Conferência das Partes", um órgão da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas criado em 1992. De maneira geral, o principal objetivo da COP é reunir representantes de países signatários da UNFCCC, bem como observadores, organizações internacionais, ONGs e outros atores relevantes para discutir e negociar ações globais em resposta às mudanças climáticas.

Durante as COPs, os participantes trabalham para desenvolver acordos e protocolos internacionais para mitigar as mudanças climáticas, adaptar-se aos seus impactos e fornecer apoio financeiro e tecnológico aos países em desenvolvimento.

A COP também é um fórum importante para revisar o progresso na implementação dos compromissos climáticos acordados anteriormente e para definir metas futuras mais ambiciosas. Durante a COP 28, foram discutidas questões voltadas para a descarbonização das atividades econômicas e a neutralidade econômica até 2050.

A cada edição, é escolhido um país para sediar o evento. A COP 30, prevista para ocorrer em novembro de 2024, será sediada no Brasil, mas especificamente na cidade de Belém entre os dias 11 e 21/11/24.

Para entender ainda mais sobre o assunto, recomendamos a leitura de nosso artigo sobre o mercado de carbono e a COP 28. Acesse e confira!

Como a COP 28 contribui para a conformidade socioambiental?

A COP 28 é uma das principais plataformas internacionais para discutir e negociar ações em resposta às mudanças climáticas, sendo fundamental para a conformidade socioambiental e para a redução dos índices de carbono liberados na atmosfera.

A participação ativa das empresas nas discussões e nos compromissos estabelecidos durante a COP 28 pode influenciar diretamente suas práticas e políticas em relação ao meio ambiente e à sociedade.

Primeiramente, ela oferece às empresas a oportunidade de se manterem atualizadas sobre os desenvolvimentos globais relacionados às mudanças climáticas, incluindo regulamentações emergentes, metas para o crédito de carbono e melhores práticas ambientais.

Tudo isso permite que os negócios ajustem suas estratégias e operações para se alinharem com os objetivos climáticos globais, contribuindo, assim, para uma maior conformidade socioambiental. Em relação ao agronegócio, as organizações que concedem crédito aos agricultores podem adequar suas ações ao realizar um monitoramento próximo e contínuo das atividades dos produtores.

Por exemplo, ao aplicar o sensoriamento remoto em uma propriedade, a empresa que concede crédito poderá acompanhar o desenvolvimento das ações e garantir que os critérios estabelecidos pela COP 28 estão sendo seguidos. Além de fazer bem ao meio ambiente, essa atitude ajuda a identificar potenciais perigos que podem causar quebras na produção e levar à inadimplência por parte do produtor.

Por que fazer o monitoramento constante da produção agrícola?

Conforme comentamos anteriormente, as empresas que concedem crédito podem implementar diferentes ações para garantir a conformidade socioambiental das propriedades nas quais concedem crédito, bem como analisar se esses locais implementam práticas de agricultura regenerativa ou outras semelhantes.

Dentre elas, temos o monitoramento das propriedades, uma ação que permite aos agricultores e às empresas que concedem crédito para esses negócios acompanharem de perto o desenvolvimento das culturas ao longo do ciclo de crescimento, identificando precocemente quaisquer problemas ou desafios que possam surgir. Isso inclui monitorar a saúde das plantas, detectar pragas e doenças e avaliar as condições climáticas e de solo.

Outro benefício importante é a capacidade de tomar decisões informadas e estratégicas com base nos dados coletados. Por exemplo, ao identificar perigos na plantação ou na documentação de uma propriedade rural, a empresa que concede crédito pode ajustar seus limites, revisar políticas e tomar outras ações preventivas.

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Reduzir os riscos socioambientais das propriedades rurais nas quais você fornece crédito é essencial para uma atuação ecologicamente responsável. Para isso, é fundamental aplicar tecnologias atuais e avançadas, como o Smart ESG da Serasa Experian!

Essa é uma ferramenta prática essencial para tomar decisões rápidas e qualificadas, pois você possui acesso aos dados atualizados diariamente e centralizados em um só lugar. A plataforma oferece a capacidade de configurar e visualizar as regras socioambientais definidas pelas empresas, auxiliando na tomada de decisões.

A plataforma proporciona uma redução significativa nos custos e no tempo necessário para a análise de conformidade socioambiental, garantindo eficiência e agilidade. Além disso, oferece alertas diários, permitindo acompanhar o status dos passivos ambientais de forma contínua.

A funcionalidade de busca automática das propriedades a partir de um documento simplifica o processo de coleta de informações. Com isso, os riscos reputacionais são mitigados, contribuindo para a manutenção da marca das empresas. Legal, não é? Conte com a Serasa Experian e conceda crédito com mais segurança e assertividade para os agronegócios.

Esperamos que as informações desse texto tenham sido úteis para você. Continue nos acompanhando para não perder mais nenhum conteúdo rico como este, afinal, por aqui, você encontra muitas matérias sobre meio ambiente e agronegócio, como nosso post sobre o impacto do El Niño e La Niña na agricultura do Brasil. Confira!