O mundo está sendo afetado por diversas mudanças ambientais e climáticas. Isso pode ser observado por meio da realização da COP 28, onde quase 120 países apoiaram a Declaração sobre Clima e Saúde para acelerar ações para proteger as pessoas dos crescentes impactos climáticos.

Os impactos no meio ambiente são severos e podem alterar diversos aspectos relevantes da sociedade, como a agricultura. Pensando nisso, as organizações que concedem crédito às propriedades rurais devem ficar muito atentas para prevenir quebras na produção e prejuízos financeiros, realizando o monitoramento agrícola.

Por esse motivo, é essencial monitorar os eventos climáticos que podem afetar o andamento das propriedades rurais, e dentre eles temos o El Niño e o La Niña. Continue sua leitura para entender mais sobre as consequências desses fenômenos no Brasil e, principalmente, como eles afetam o agronegócio e podem causar prejuízos para as empresas que concedem crédito. Veja!

O que são os fenômenos El Niño e La Niña?

Um dos eventos que está causando um grande impacto no mundo é o El Niño e o La Niña, fenômenos atmosféricos que modificam as condições climáticas em escala global.

Para simplificar, o El Niño é um fenômeno que resulta no aquecimento das águas do Oceano Pacífico ao longo de sua região equatorial. Isso pode levar a grandes períodos de seca em várias partes do país, impactando especialmente o Norte e o Nordeste do Brasil.

Por outro lado, o La Niña favorece a formação de chuvas nas regiões, visto que está relacionado com o resfriamento das águas na proporção equatorial do Oceano Pacífico.

Ou seja, é um fenômeno que também influencia mudanças climáticas, assim como o El Niño — embora tenham características distintas. Tudo isso faz com que as propriedades rurais tenham muitas dificuldades, incluindo a produção de soja no Brasil e outros commodities.

Quando o El Niño e o La Niña ocorrem?

De maneira geral, o El Niño e La Niña ocorrem de forma cíclica em todo o mundo, no entanto, é difícil prever uma periodicidade dos eventos. Geralmente, o El Niño ocorre entre setembro e dezembro, podendo ter a duração de até um ano e meio e ocorrendo com intervalos de 5 a 7 anos.

Por outro lado, o La Niña ocorre intercalado com o El Niño em uma periodicidade média de 10 anos. A previsão desses eventos é feita com base em observações de temperatura da superfície do mar, padrões de vento e outros fatores climáticos, mas prever com precisão a intensidade e a duração desses fenômenos ainda é um desafio para os meteorologistas.

El Niño e suas consequências na agricultura do Brasil

Conforme comentamos em outros momentos, o El Niño afeta os padrões de chuva e as temperaturas em diferentes regiões do Brasil, por isso, pode apresentar diversas consequências na agricultura do país. Isso faz com que a produção, os preços dos alimentos e as práticas agrícolas em diferentes regiões do país sejam afetadas. Por isso, se torna necessário implementar medidas de ESG no agronegócio, bem como estudos claros dos perigos desses eventos.

Outra ação fundamental é a implementação do monitoramento agrícola para prever os riscos relacionados ao agronegócio. Esse processo pode ser realizado de diferentes formas, como tecnologias, ferramentas e outros métodos para coletar dados e informações sobre o solo, as culturas, o clima, a água e outros.

Tendo isso em mente, é importante que as organizações que concedem crédito aos produtores rurais fiquem atentas às consequências relacionadas ao El Niño. Continue lendo e entenda quais são:

Secas, estiagem e riscos de incêndios

O El Niño pode trazer períodos prolongados de estiagem e secas em certas áreas do Brasil. Isso pode prejudicar culturas sensíveis à falta de água, como milho, feijão, soja e cana-de-açúcar.

Além disso, as secas associadas ao El Niño aumentam o risco de incêndios florestais, especialmente na região amazônica e no Cerrado, podendo causar danos às florestas, à biodiversidade e à agricultura local.

No mercado de crédito rural, é essencial ter controle sobre essas informações para conceder crédito de maneira mais consciente e manter um controle melhor da sua carteira.

Preços globais das commodities

A redução da produção agrícola devido aos fenômenos atmosféricos como o El Niño pode levar a uma redução dos preços das commodities, como soja, milho e café. Alguns estudos realizados sobre o padrão da inflação conforme os anos observaram que, quando o El Niño atingiu seu pico nas últimas três décadas, os valores foram reduzidos.

Esse é um aspecto de muita atenção para as propriedades rurais e, principalmente, para os analistas de crédito que desejam compreender se os agricultores terão um bom retorno financeiro para pagar os investimentos feitos.

Perdas em escala na produção agrícola e agropecuária

Em regiões onde há uma redução significativa das chuvas durante o El Niño, como no Nordeste e partes do Centro-Oeste, a produção agrícola pode ser afetada negativamente. A escassez de água pode levar à diminuição da produtividade e até mesmo à perda de culturas.

Os agricultores podem precisar ajustar suas práticas agrícolas durante o El Niño para lidar com as condições climáticas adversas, como irrigação mais intensiva, escolha de culturas mais resistentes à seca e implementação de técnicas de conservação de água.

Com isso, as organizações que concedem crédito podem estudar medidas para mitigar os riscos de inadimplência e apoiar os produtores na implementação de tecnologias no agronegócio.

Por que monitorar as propriedades rurais no período de El Niño e La Niña?

Conforme vimos anteriormente, o El Niño e La Niña podem causar diversos prejuízos para as propriedades rurais. Mas, a verdade é que esses danos afetam diretamente a lucratividade das organizações que concedem crédito aos agricultores.

Afinal, como isso é provocado pelo La Niña e El Niño e quais suas consequências no Brasil? Primeiramente, esses eventos podem reduzir significativamente as chuvas em algumas regiões, bem como causar chuvas mais intensas em alguns locais.

Ao monitorar essas propriedades, é possível compreender quais serão os efeitos causados nas plantações e como isso pode impactar a capacidade de pagamento do agricultor.

Mas esse assunto vai muito além disso, visto que os eventos do El Niño e La Niña aumentam muitos outros riscos para a agricultura, incluindo secas, inundações, doenças de plantas e pragas. Novamente, nesta situação, o monitoramento das propriedades rurais auxilia na identificação precoce, permitindo que a empresa que concede crédito tome medidas preventivas para evitar a inadimplência.

Falando em monitoramento, aproveite para conferir nosso conteúdo sobre a agricultura regenerativa e as práticas para monitorar as propriedades. Confira!

Também vale ressaltar que é fundamental entender como aquela propriedade ou aquele produtor lidaram com situações de estiagem e excessos de chuvas anteriormente, visando compreender se houve quebras de produção, falhas na entrega de garantias e outras situações semelhantes. Esse processo pode ser realizado por meio da análise de uma série de dados climáticos históricos e do comportamento financeiro do produtor.

Tendo essas informações em mente, é possível perceber como o monitoramento e a aplicação de tecnologias no agronegócio é importante para evitar situações de inadimplência e prejuízos financeiros para as organizações que concedem crédito. Apesar disso, é importante contar com ferramentas de alta qualidade para um estudo assertivo com dados atualizados.

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Com a nossa solução, você pode receber notificações sobre eventos importantes que ocorreram, como: emergências da vegetação, identificação do cultivo, início da colheita e mais. Assim, é possível realizar um comparativo com a performance da região com a finalidade de prever e minimizar perdas, antecipando e mitigando os riscos.

Interessante, não é? Com uma solução de alta qualidade como esta você pode garantir ainda mais segurança para as suas transações de crédito. Continue nos acompanhando para entender cada vez mais sobre o assunto. Até a próxima!