Indicador revelou que, em 2021, 46,5% de débitos foram ressarcidos após 60 dias de negativação.
De acordo com o Indicador de Recuperação de Dívidas da Serasa Experian, o ano de 2021 teve a melhor média anual de dívidas recuperadas de empresas inadimplentes desde o início da série histórica em 2018. O índice apontou que 46,5% de débitos foram ressarcidos até 60 dias após a negativação. As dívidas adquiridas no segmento de Utilities apresentaram o maior nível de quitação (55,0%), seguido pelo setor de Varejo, com recuperação de 49,7%, e Bancos e Cartões, com 46,6%. Confira as informações completas nos gráficos abaixo:
“As empresas foram bastante impactadas pela pandemia e, consequentemente, pela crise econômica do país. Porém, após a retomada gradual dos negócios, os empresários voltaram a ter fluxo de caixa e, assim, conseguiram pagar suas dívidas. Além disso, muitos deles recorreram às políticas de crédito oferecidas pelo governo para, justamente, pagarem suas contas e deixarem de ser inadimplentes. Mas, é preciso ressaltar que essa ainda é uma recuperação leve e as empresas encontrarão muitos desafios ao longo do ano para se manterem de pé, já que o Brasil enfrenta um momento de inflação e juros bem altos”, detalha o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.
Na análise sobre o valor da dívida, aquelas de mais de R$ 10 mil foram as que tiveram o melhor nível de recuperação (50,5%). Os débitos com valores de até R$ 500 estão em segundo lugar como mais pagos pelas empresas, com 47,5%. Confira na tabela abaixo os dados na íntegra:
Com relação à idade das dívidas, aquelas com 30 dias de atraso foram as mais quitadas pelos empreendimentos inadimplentes (61,8%). Em seguida, estão a quitação de débitos entre 30 e 60 dias, 42,1%; de 60 a 90 dias, 29,8%; de 90 a 180 dias, 21,6%; entre 180 dias e o primeiro ano, 15,9%. Por fim, aqueles com mais de um ano, com 9,3%.
O recorte por região revelou que, em 2021, o Nordeste registrou a melhor média percentual de recuperação de crédito, com 51,2%. Em sequência estão: Norte (50,9%), Sul (49,5%), Centro-Oeste (46,7%) e Sudeste (42,6%).
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