Subsídios disponibilizados pelo governo impactaram positivamente no fechamento do ano, impedindo o recuo do crédito bancário às empresas

Mesmo diante da crise econômica enfrentada pelos empreendedores no ano passado, o nível mediano da participação do crédito mercantil (fornecedores e demais créditos não bancários) nas empresas brasileiras não foi impactado negativamente. Em 2020, o total dos créditos atingiu 37,2% e, no fechamento de 2021, esse percentual teve relativa estabilização, marcando 37,6%. Esses são os resultados apontados pelo estudo inédito da Serasa Experian que avaliou cerca de 58 mil demonstrativos financeiros, referentes ao ano de 2021, das empresas dos setores primário, industrial, comercial e de serviços da economia brasileira. Veja no gráfico abaixo a movimentação desse percentual ao longo dos anos:

De acordo com o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, é comum que em tempos de crise econômica a participação do crédito bancário se reduza, revelando uma postura mais conservadora das instituições financeiras. No entanto, não foi esse o desempenho observado no ano de 2021, mesmo que o período tenha sido marcado pelos entraves financeiros gerados pelo agravamento da COVID-19 no país. “Durante a pandemia foram disponibilizadas diversas linhas de crédito subsidiadas pelo governo (por exemplo o Pronampe), principalmente, aos empreendedores de portes menores. Esse incentivo à tomada destes créditos bancários foi essencial para evitar uma quebradeira entre as empresas, seja pela manutenção do crédito bancário, seja por não pressionar as empresas a assumirem riscos desnecessários em termos de concessão de crédito aos seus clientes”.

Resultados Setoriais

A análise econômica do levantamento mostrou que apenas o setor de Indústria teve crescimento do crédito mercantil, indo de 38,8% em 2020, para 40,3% em 2021. Dentro desse segmento, os Bens de Consumo Duráveis foram os únicos a marcarem leve retração, caindo de 34,1% para 33,9% no mesmo período de análise. Tanto os Bens de Consumo Semi e Não Duráveis, como os Intermediários e de Capital registraram altas.

Ainda que em queda no ano a ano, o Comércio encerrou o ano de 2021 com o maior percentual, marcando 52,4%. Dentro desta área, o setor Varejista performou com 52,0% e o Atacadista com 56,1%, sendo esse o único a registrar expansão na comparação com 2020, quando marcava 52,2%.

A área de Serviços foi marcada por quedas e estabilidade no que diz respeito a tomada de crédito mercantil. Dentro deste segmento, o setor de Energia Elétrica se mostrou estável indo de 2,6% em 2020 para 3,4% em 2021. Em Telecomunicações também pode-se considerar estabilidade, já que o setor passou de 36,2 para 36,6%. Já em Construção Civil houve um tombo considerável, indo de 30,3% para 20,3%.

Por fim, o levantamento analisou o setor Primário, que registrou retração de 28,0% para 27,5% também no ano a ano (2020 x 2021). Ainda assim, a área de Agriculta e Extração Vegetal teve aumento, passando de   23,7% para 24,6%. Enquanto a Extração Mineral caiu, de 34,7% para 31,3%.

Confira na tabela abaixo os números completos sobre todos os setores desde 2008:

Metodologia

O estudo contemplou as informações constantes das demonstrações financeiras presentes em cerca de 1 milhão balanços patrimoniais coletados ao longo do período de dezembro de 2008 a dezembro de 2021 (58 mil somente neste último ano) e que integram a base de dados da Serasa Experian. Através destas informações calculou-se, para cada empresa, em cada ano, a estatística de participação do crédito mercantil sobre os créditos totais. O valor do percentual de crédito mercantil para cada segmento/setor corresponde à mediana da distribuição dessas estatísticas das empresas que integram cada segmento/setor.


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