Se a sua empresa concede crédito aos produtores rurais, é fundamental contar com tecnologias de ponta no processo. Neste conteúdo, te explicaremos a importância deste ativos para apoiar na redução de riscos e garantir a assertividade dos investimentos feitos pela sua organização. Existem diferentes maneiras de realizar isso e uma é através do sensoriamento remoto.

Você já ouviu falar nessa tecnologia? O agronegócio pode aproveitar amplamente as vantagens proporcionadas por essa técnica. Para isso, é essencial conhecer mais sobre o assunto, bem como entender qual é a melhor ferramenta para aplicar tal ação. Continue sua leitura e entenda mais!

O que é o sensoriamento remoto?

O sensoriamento remoto é uma técnica que utiliza sensores montados em plataformas, como satélites, aeronaves ou drones, para coletar informações sobre as características da superfície terrestre relacionadas às propriedades rurais, sendo muito comum na agricultura 4.0.

É muito importante ressaltar que, quando nos referimos ao sensoriamento remoto, estamos falando de uma série de técnicas e aplicações que possuem um mesmo objetivo: coletar dados geográficos para compreender melhor os fenômenos que ocorrem em uma superfície.

Esses dados são processados e analisados para fornecer informações valiosas aos agricultores sobre diversos aspectos das suas lavouras, como saúde das plantas, umidade do solo, cobertura foliar, distribuição de nutrientes e estresse hídrico.

Como essa tecnologia é aplicada no agronegócio?

Com as informações obtidas com o sensoriamento remoto agrícola, os agricultores podem tomar decisões mais informadas em relação ao manejo agrícola, incluindo o planejamento do plantio, o monitoramento de alterações climáticas, a aplicação de fertilizantes e pesticidas, a irrigação precisa e a detecção precoce de pragas, doenças e ervas daninhas.

O sensoriamento remoto na agricultura oferece uma série de vantagens, incluindo a capacidade de monitorar grandes áreas de forma rápida e eficiente, a redução da necessidade de amostragem manual e o acesso a informações em tempo real.

É muito importante ressaltar que esses aspectos são valiosos para os agricultores, porém, também desempenham um papel essencial para o mercado de crédito rural, em especial, as organizações que concedem crédito às propriedades rurais.

Isto é, as empresas que dão empréstimos ou similares podem fazer uso do sensoriamento remoto para compreender o desempenho de uma cultura e evitar a inadimplência.

Conforme definido no Manual do Crédito Rural (MCR), esse acompanhamento visa avaliar, em vista do que dispõem a regulamentação aplicável ao crédito rural e o contrato de financiamento, a adequação do negócio e a situação das garantias vinculadas. Além disso, também objetiva identificar operações com indícios de irregularidades e prevenir possíveis desvios de finalidade na contratação e na condução dos empreendimentos financiados.

Quais são os tipos de sensoriamento remoto?

De maneira simplificada, existem dois tipos de sensoriamento remoto: o ativo e o passivo. Ambos são semelhantes, porém, se diferem na maneira na qual utilizam a radiação para a elaboração das imagens e dados.

Isto é, o sensoriamento remoto passivo detecta a radiação eletromagnética naturalmente emitida ou refletida pela superfície terrestre. Essa radiação é proveniente de fontes como o sol e a própria superfície terrestre.

Este método é amplamente utilizado em sensoriamento remoto óptico e térmico. Câmeras multiespectrais, hiperespectrais e térmicas são exemplos de sensores passivos. Eles são utilizados para mapear a cobertura vegetal, monitorar a saúde das plantas, detectar mudanças na temperatura da superfície e identificar características geológicas e ambientais.

Aproveite para aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto com nosso conteúdo sobre a maneira na qual o sensoriamento apoia os produtores a cumprirem o compliance socioambiental. Não perca!

Por outro lado, o sensoriamento remoto ativo conta com pulsos de energia eletromagnética na direção da superfície terrestre a partir de uma fonte controlada, como um laser ou radar. Os sensores medem o tempo que leva para esses pulsos retornarem após serem refletidos pela superfície.

Este método é utilizado em sensoriamento remoto radar e LiDAR (Light Detection and Ranging). No radar, ondas de rádio são transmitidas e utilizadas para mapear a topografia, identificar mudanças na cobertura do solo e monitorar desastres naturais. No LiDAR, pulsos de laser são empregados para medir a altura das árvores, o relevo do terreno, a estrutura tridimensional das lavouras e até mesmo para detectar objetos em ambientes urbanos.

Quais são as vantagens do sensoriamento remoto?

O sensoriamento remoto pode ser muito vantajoso para o setor da agricultura, afinal, agricultores e organizações que concedem crédito podem se aproveitar das tecnologias avançadas proporcionadas por essa técnica. Continue lendo para entender mais sobre o assunto:

  • O sensoriamento remoto permite a coleta de dados sobre vastas áreas geográficas de forma rápida e eficiente, fornecendo uma visão abrangente da superfície terrestre em escala regional, nacional e até global;
  • Com o uso de satélites, aeronaves tripuladas e drones, é possível obter informações sobre áreas remotas e de difícil acesso, sem a necessidade de estar fisicamente presente no local;
  • Ao longo do tempo, o sensoriamento remoto possibilita o monitoramento contínuo e repetido da mesma área, permitindo a análise de mudanças sazonais, tendências de longo prazo e impactos de eventos naturais e humanos;
  • Os sensores remotos oferecem uma variedade de resoluções espaciais e espectrais, permitindo a captura de informações detalhadas sobre a superfície terrestre, desde características geográficas de larga escala até detalhes;
  • Em comparação com técnicas de amostragem de campo tradicionais, o sensoriamento remoto pode ser mais econômico em termos de custo por unidade de área coberta, especialmente para áreas extensas ou de difícil acesso;
  • Com o sensoriamento remoto, as ações das empresas que concedem crédito tornam-se mais assertivas e com menores riscos;
  • O monitoramento agrícola feito por meio do sensoriamento remoto é fundamental para prever riscos e reduzir as chances de inadimplência.

Por que as empresas que concedem crédito precisam usar essa inovação?

As empresas que concedem crédito têm muito a ganhar com a adoção do sensoriamento remoto como uma ferramenta de análise e avaliação. Primeiramente, o sensoriamento remoto oferece uma visão detalhada e abrangente das áreas de cultivo dos clientes, permitindo uma avaliação mais precisa do potencial produtivo das lavouras.

Ao utilizar dados sobre saúde das plantas, umidade do solo, densidade vegetal e outros indicadores agrícolas, as empresas avaliam o risco de crédito de forma mais eficaz, identificando clientes com maior probabilidade de sucesso e menor risco de inadimplência.

Além disso, o sensoriamento remoto possibilita o monitoramento contínuo das lavouras ao longo do tempo, permitindo que as empresas acompanhem o desempenho das culturas e identifiquem possíveis problemas ou mudanças nas condições das plantações.

Isso resulta em uma gestão proativa do risco de crédito, com a capacidade de ajustar as políticas e os termos de empréstimo com base em informações atualizadas sobre as condições agrícolas.

Outra vantagem do sensoriamento remoto para as empresas de crédito é a redução de custos e a eficiência operacional. Ao utilizar dados remotos para avaliar o potencial agrícola de uma área, as empresas podem reduzir a necessidade de visitas presenciais e avaliações manuais, economizando tempo e recursos. Interessante, não é?

Conte com o Crop Monitor da Serasa Experian!

Para fazer um monitoramento com o auxílio do sensoriamento remoto, a melhor opção é contar com uma ferramenta rápida e prática de ser usada. O Crop Monitor da Serasa Experian, é uma solução que oferece acompanhamento ágil e seguro das operações agrícolas.

Utilizando análise de imagens de satélite e dados meteorológicos, ele monitora o ciclo produtivo das áreas monitoradas e emite alertas sobre eventos cruciais, como emergência da vegetação, identificação do cultivo, área próxima da colheita e início da colheita.

Ao combinar inteligência artificial com validação por especialistas, o Crop Monitor permite monitorar um grande número de operações, mantendo alta qualidade nas informações geradas.

Ele resolve desafios como redução de custos e tempo com visitas nas propriedades, atualização periódica das áreas monitoradas, alertas de eventos importantes durante a safra e comparação de desempenho regional para prever e minimizar perdas, além de antecipar e mitigar riscos de fraudes.

A técnica do sensoriamento remoto é essencial para resultados mais assertivos na concessão de crédito para produtores rurais. Porém, é essencial conhecer o funcionamento dessas tecnologias e como as implementar com mais clareza. Esperamos que as informações desse texto tenham te ajudado a compreender melhor o assunto. Te esperamos nos próximos materiais!