Variedade de grama brasileira é utilizada em todos os estádios do campeonato mundial

Quaisquer que sejam as seleções que disputarão a final da Copa do Mundo 2022, o Brasil vai estar presente no estádio Lusail, no Catar. E esse fato tem relação direta com o agronegócio brasileiro: os oito complexos esportivos construídos para receber os 64 jogos e as 32 equipes mundiais têm seu gramado coberto pela grama Platinum, variedade nativa do Brasil.

Resistente à seca e aos baixos níveis de umidade, a Platinum foi escolhida para atender às condições do clima no Oriente Médio, com pouca chuva e altas temperaturas. Uma curiosidade do tratamento recebido pela variedade no Catar é que a sua rega é feita com água do mar, algo importante em locais onde a água potável é de uso mais restrito. A grama é tolerante ao teor de sal da irrigação, mas, antes de nutrir a cobertura vegetal, a água captada do oceano passa por um tratamento de dessalinização.

Grama no Brasil: paisagismo e urbanismo são maior mercado

De acordo com a Associação Nacional Grama Legal, há 324 produtores de grama registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A produção anual gira em torno de 25 mil hectares.

Apesar de brasileira, a grama Platinum, utilizada no Catar, não é a mais popular nos estádios nacionais. A variedade Bermuda é a mais usada nos espaços dedicados ao esporte mais popular do nosso país. A maior parte da produção nacional abastece o mercado de paisagismo e urbanismo público, recobrindo praças, jardins e vias públicas. No mercado privado, a produção de grama atende a residências, clubes e associações esportivas. Além do futebol, esportes como golfe, polo e tênis utilizam variedades especiais de grama.