No contexto econômico atual, marcado pelo exponencial desenvolvimento da sociedade em todas as suas áreas, a tecnologia cresce simultaneamente às novas exigências do mercado e da população, ao mesmo tempo em que serve de pilar para impulsionar ainda mais a produtividade das empresas.

Esse grande desenvolvimento tecnológico faz com que exista cada vez mais informações coletadas, chegando a um ponto em que as ferramentas e softwares existentes não consigam armazenar e nem processá-las com um bom desempenho e com a mesma velocidade em que chegam às empresas, e o agronegócio não fica de fora dessa situação.

Muitas pessoas ainda têm a ideia enraizada de que a agricultura relaciona-se apenas à manufatura, sem a interferência das tecnologias no agronegócio. No entanto, o campo sempre foi um dos locais mais suscetíveis aos benefícios dessas inovações, razão pela qual a agroindústria tornou-se um dos grandes propulsores da economia mundial.

Nesse cenário, o Big Data tomou destaque para sanar as dificuldades que apareceram com a revolução tecnológica, especialmente para impulsionar ainda mais a eficiência e a produtividade no campo e diminuir os riscos de perdas.

Além disso, também vem se mostrando indispensável para que as organizações do setor estejam em conformidade com as boas práticas de ESG (Ambientais, Sociais e de Governança), e que tenham melhores tomadas de decisões.

Se você procura entender os benefícios do Big Data no agronegócio, aprender como ele se aplica às questões de ESG e muito mais, continue conosco e aproveite a leitura!

Afinal, o que é Big Data?

Antes de associar o Big Data ao agronegócio, precisamos entender claramente o que ele é. O termo “Big Data” é um conceito que se refere a uma enorme quantidade de dados complexos e variados, que normalmente não conseguem ser processados por softwares convencionais.

Em outras palavras, o termo pode ser assimilado a um mecanismo de coleta, organização e análise estratégica, direcionado aos dados massivos que transitam no meio digital e não são processados por métodos tradicionais de análise.

Geralmente, essa quantidade de dados inclui tanto dados estruturados quanto não estruturados, advindos de fontes inteligentes variadas, como sensoriamento remoto porIoT, imagens de satélites, sistemas de gerenciamento, maquinários e outros. Além disso, podem ser consultados de lugares diversos para rastreabilidade, gerenciamento de sistemas produtivos e predição.

Mas ele não se restringe apenas a essas funções. Você já se perguntou como as plataformas de streaming e os anúncios de redes sociais, por exemplo, conhecem seus gostos e oferecem exatamente produtos que você provavelmente irá se interessar? Pois bem: isso é possível apenas em razão do Big Data.

Além disso, todos os dias diversos dispositivos possuidores de centrais de controle de alarme, ativação de produtos em carros, casa, empresas ou até mesmo em máquinas da agroindústria, transmitem dados obtidos que, quando interpretados, otimizam o processo e fazem com que os devices desenvolvam os trabalhos sozinhos.

Baseado nos cinco V's (velocidade, volume, veracidade, variedade e valor), ele usa as informações obtidas para gerar conhecimento, otimizar tecnologias, prever vulnerabilidades, desenvolver planejamentos estratégicos e evitar prejuízos.

Mas, afinal, qual é a importância real do Big Data no agronegócio? O que faz com que essa estratégia de inteligência virtual impacte positivamente no setor agrícola? Continue a leitura e descubra!

Como é a aplicação do Big Data no agronegócio?

Como mencionamos anteriormente, o Big Data é uma estratégia essencial em um mundo cada vez mais direcionado para a tecnologia. Em relação ao agronegócio 5.0, esse conceito já se consolidou como um dos pilares principais de produtividade e obtenção de resultados no setor.

Isso se dá, principalmente, porque pode ser amplamente utilizado por ferramentas que fazem com que a experiência com o monitoramento de terras, detecção de doenças e automatização de processos seja otimizada e direcionada, a fim de trazer melhorias tanto no setor produtivo, quanto na obtenção de crédito financiador e o consequente aumento de lucratividade dos empresários.

Algumas das suas principais aplicações são: georeferenciamento, análise de características da lavoura e do solo, rotação de cultura, detecção de doenças, histórico de consumo de insumos naturais, possibilidades de eventos catastróficos, melhores períodos para plantio, dentre outras. Para ficar mais fácil de visualizar, considere a seguinte situação:

Quando um empresário agricultor adere a novas tecnologias que usam a inteligência do Big Data e do Machine Learning, fica extremamente fácil detectar o início de uma nova doença em um local específico que, se não visualizado com antecedência, teria potencial para devastar a produção.

Com toda essa facilidade, fica mais fácil de garantir previsibilidade ao mercado, auxiliando no planejamento de uso de recursos, desde a mão de obra e equipamentos, até atividades gerenciais como logística e distribuição.

Ao fazer com que as imagens de satélite ou sensores entrem em ação no campo para detectar essas áreas infectadas, os produtores poderiam, então, reduzir significativamente os gastos com agrodefensivos que seriam aplicados em toda a extensão de cultivo, além de desviarem-se da onerosidade de arcar com perdas significativas provocadas por esses agentes nocivos.

Os maquinários também são outro exemplo claro de como o Big Data impacta o agronegócio, já que têm a possibilidade de integração de sensores que detectam as demandas do solo e controlam seu sistema de irrigação, por exemplo.

Já os satélites, por sua vez, utilizam dados de location intelligence para obter informações climáticas cada vez mais complexas e assertivas, fornecendo dados valiosos para que melhores decisões em relação a tipos de plantio e estratégias de safra sejam tomadas.

Agora que você entendeu o contexto de impacto do Big Data no agronegócio, que tal visualizar com clareza quais são os seus reais benefícios para o setor agrícola? Fique atento ao próximo tópico.

Quais são os benefícios do Big Data no agronegócio?

No tópico anterior, elencamos os principais pontos que a abrangência do Big Data pode atingir. No entanto, a agricultura 5.0 vai além. Usando a capacidade analítica das tecnologias de gestão de ponta em conjunto com a massividade de dados do Big Data, o setor agro pode obter benefícios como:

  • Aumento de produtividade, já que ao tomar decisões mais informadas e precisas analiticamente, os agricultores têm mais possibilidades de alcançar a eficiência em suas operações;
  • Redução de custos de produção e operacionais, devido à otimização do uso de recursos inteligentes de monitoramento e a prevenção de perdas com os dados obtidos;
  • Controle de operações à distância, por meio da simulação de hipóteses como infestações e eventos climáticos desastrosos;
  • Melhoria na qualidade dos produtos, trazida pelo monitoramento detalhado sobre condições do solo e da produção;
  • Sustentabilidade ambiental e conformidade com práticas ESG, com a minimização de uso de insumos agrícolas, logística reversa, redução no consumo de água e agrotóxicos, etc.

E para que todas as operações que mencionamos continuem tendo a eficiência almejada, é crucial que os administradores façam análises constantes e periódicas de dados de terreno e safra. Afinal, é através dessa capacidade analítica que escolhas assertivas serão desenvolvidas e os benefícios se tornarão visíveis.

Mas você sabia que, para além do agronegócio, o Big Data também traz impactos positivos quando falamos dos desafios da sociedade contemporânea em relação ao meio ambiente? No próximo tópico, vamos abordar a importância do Big Data para as questões de ESG. Continue conosco!

Qual é a importância do Big Data para questões de ESG?

Sabemos que a posição atual exigida pelas organizações internacionais e pela população em relação às empresas do mundo todo é a de responsabilidade socioambiental.

Foi nesse cenário que abordagens de governança social, ambiental e corporativa (ESG) surgiram para avaliar até que ponto as mesmas trabalham em prol de objetivos que vão além de exponencializar seus lucros.

Nesse sentido, o Big Data no agronegócio pode ser um aliado ao estabelecer metas com foco na sustentabilidade empresarial, por exemplo, já que conta com inúmeras informações úteis para medir os impactos da organização no meio ambiente, como o nível de emissão de gases nocivos, consumo de energia, práticas agrícolas e o alcance dessas operações.

Assim, os gestores podem analisar com cautela as estatísticas, e então, avaliar o nível da repercussão das práticas internas e melhorar o desempenho em áreas que envolvem a emissão de carbono e conservação do ecossistema, por exemplo, e desta forma desenvolver o ideal de sustentabilidade dos negócios.

Além disso, o Big Data no agronegócio aplicado às práticas de ESG, também pode ser direcionado para questões que envolvem a responsabilidade social da organização, o desempenho da produção e retorno sobre o investimento (ROI), as informações sólidas e confiáveis disponibilizadas aos possíveis investidores do setor e a complementação da gestão das políticas governamentais internas.

Conheça nossa ferramenta de análise e monitoramento socioambiental!

Em um cenário global em que a atenção se volta para questões ESG, a indústria agropecuária desempenha um papel crucial, como destacamos amplamente nos parágrafos anteriores.

No contexto empresarial que a envolve, existem metas de sustentabilidade a serem cumpridas, e conseguir assegurá-las se torna um desafio cada vez maior, uma vez que os dados estão descentralizados e muitas vezes desatualizados, aumentando o risco nas tomadas de decisão.

Aqui, a Serasa Experian entra em cena com o compromisso de ajudar as empresas do agronegócio a alcançarem seus objetivos de sustentabilidade e responsabilidade social, por meio de uma plataforma de análise de dados ESG — o Smart ESG.

Com ela, as empresas podem monitorar, medir e relatar seu desempenho em questões ambientais, sociais e de governança através de dados socioambientais atualizados e organizados. Afinal, quem atua em qualquer etapa da jornada de negócios do agro precisa estar em conformidade com as regulações e blindar a sua reputação.

Assim, o Smart ESG age identificando áreas de melhoria e demonstrando seu compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade social, ambiental e organizacional. São mais de 115 milhões de proprietários agrícolas e mais de 280 milhões de propriedades monitoradas! Veja a seguir os principais usos da solução:

  • Busca automática das propriedades a partir de um documento do produtor;
  • Histórico das alterações socioambientais para auditoria;
  • Dashboard ESG completo e intuitivo para avaliação da carteira com conversão livre de desmatamento, protocolos, passivos socioambientais, excedente/déficit de reserva legal e outras informações;
  • Configuração de protocolos de acordo com as regras específicas escolhidas pelo usuário, garantindo que o player interaja com produtores com baixo risco ambiental através de mapa exploratório, alertas de alteração de status de passivos ambiental e fácil visualização e acompanhamento,
  • Avaliações rápidas da conformidade de fornecedores ou clientes, gerando agilidade no processo de tomada de decisão com resultados instantâneos e precisos;
  • Validação de contágio a partir da consulta de um produtor: entenda se os sócios ou pessoas relacionadas conhecidas possuem qualquer tipo de risco ESG.

Além disso, a ferramenta também possibilita a identificação de embargos e infrações socioambientais, como presença de trabalho escravo, desmatamento ilegal e sobreposição de terras. É muito mais proteção para os negócios, além da garantia de que a organização sempre estará em conformidade com a legislação vigente.

Chegamos ao final de mais um conteúdo, e como você pode perceber no decorrer do texto, a tecnologia é uma excelente aliada para o agronegócio, seja com o uso de drones na agricultura, monitoramento de safra ou ferramentas de análise ESG, especialmente quando combinadas com a inteligência e abrangência do Big Data.

Com esse tipo de ferramenta, além da otimização nas etapas que falamos acima, é possível alcançar outros resultados positivos quanto ao desenvolvimento das operações internas, negociações e até sobre a reputação da marca no mercado.

Em nossa página, você encontra muitos outros conteúdos que podem ser de grande valia para o setor de agronegócio. E se você quer ficar por dentro de mais conteúdos como esse, não perca nenhuma nova publicação da Serasa Experian!