O cenário das fraudes, no Brasil e no mundo, exige cada vez mais atenção à medida que os criminosos buscam novas formas de explorar brechas de segurança em produtos e serviços financeiros. Conheça as cinco maiores tendências de golpes no setor em 2024 e saiba como construir barreiras mais fortes e eficientes de proteção em torno dos seus negócios.

Em 2023, o Fraudômetroindicador da Serasa Experian que estima o número de fraudes de identidade cometidas no Brasil – fechou o ano com o impressionante número consolidado de 9,8 milhões de tentativas registradas em todo o país. Essa marca reforçou uma percepção de crescimento significativo das fraudes em diversos setores da economia brasileira, incluindo o varejo, o comércio eletrônico e as seguradoras.

Outro dado expressivo vem da identificação das fraudes ligadas ao uso de dispositivos. Um estudo feito pelo AllowMe, empresa que é parte da Serasa Experian, indica que mais de 60% das fraudes cometidas nesse contexto estão relacionadas ao roubo de contas – não apenas as financeiras, mas de todos os tipos de serviços.

Produtos como cartões de crédito também atraem o foco dos criminosos, que enxergam certa facilidade em transformar limites e linhas de crédito em recurso financeiro (que pode ser rapidamente pulverizado via Pix, por meio de contas laranjas). E esse é outro “mercado” em plena ascensão: segundo estudo de mercado que fizemos em 2023, mais de 1,6 milhão de brasileiros podem ser atualmente considerados laranjas.

Como vimos em conteúdos recentes do nosso blog, o aumento das fraudes envolvendo phishing, pretexting e engenharia social preocupa autoridades e empresas que querem oferecer ambientes mais seguros. Além disso, números globais da Experian revelam outro dado bem curioso, que chama bastante a atenção: as “fraudes românticas” cresceram 50% no último ano.

Em um cenário mundial tão complexo e desafiador, é fundamental que a sua empresa tenha uma parceira em quem confiar para desenvolver estratégias mais eficazes de autenticação e prevenção à fraude. É por isso que a Serasa Experian preparou para você um conteúdo exclusivo, que traz dados do Experian Fraud Index Global, para aprofundar melhor as cinco tendências que devem ser observadas no mercado de fraude e crimes financeiros em 2024. Boa leitura!

1. Convergência no combate à fraude e à lavagem de dinheiro

Em 2024, mais instituições estarão preocupadas em combinar suas linhas de defesa contra fraudes e lavagem de dinheiro. Compreendendo melhor a relação entre lavagem de dinheiro e a ação dos fraudadores, as instituições serão capazes de identificar melhor os riscos potenciais, minimizar os falsos positivos e melhorar a experiência de onboarding dos clientes.

Hoje, a maior parte das instituições gerencia PLD (prevenção à lavagem de dinheiro) e prevenção à fraude como ações separadas. Porém, o aumento expressivo da lavagem de dinheiro por meio dos sistemas financeiros fez com que as maiores especialistas do mundo em prevenção à fraude entendessem a necessidade de criar soluções que possam atuar de forma convergente, para entregar resultados mais precisos.

No Reino Unido, esse conceito é conhecido por FRAML (Fraud and Anti-Money Laundering); por aqui, a Serasa Experian já implementa sua inteligência analítica em estratégias combinadas de antifraude e PLD por meio da Lista PEP. Essa camada de proteção é a maior referência do mercado brasileiro em análise de perfis de risco propensos à lavagem de dinheiro.

Combinando camadas, as avaliações de risco deixam de ser apenas uma visão isolada sobre características específicas e se tornam visões realmente abrangentes sobre os clientes – que consideram os riscos de identidade, fraude e até de crédito na hora de avaliar uma operação potencialmente suspeita.

Uma das soluções que a Serasa Experian criou para facilitar o combate à lavagem de dinheiro é o Alerta Perfil Laranja, que é pioneira no mercado e gera recomendações de faixas de risco a partir da análise do CPF.

2. Laranjas migrarão para os cartões de crédito

O aumento do custo de vida observado ao longo dos anos é uma situação que gera impactos enormes na rotina dos consumidores. Se, antes, as pessoas honravam suas despesas e até investiam parte do que recebiam, hoje é cada vez maior o número de inadimplentes entre as pessoas físicas. Após atingir o recorde histórico em outubro (72 milhões), o Indicador de Inadimplência do Consumidor da Serasa Experian registrou 71,1 milhões de devedores ao fim de 2023.

Por isso, a segunda tendência que observamos para o mercado de fraude nesse ano é o crescimento da atuação dos laranjas em produtos como o cartão de crédito. Com o aumento da fiscalização das instituições financeiras sobre contas bancárias e transferências feitas via Pix, o aliciamento dos laranjas deve migrar para esse meio – expandindo o foco para produtos alternativos e indústrias onde ainda existem brechas e pontos fracos.

Nesse cenário, o fraudador pode, por exemplo, usar dados reais de alguém que foi aliciado para emitir cartões físicos e fazer compras em maquininhas envolvidas na fraude, com o objetivo de transformar o que é um simples limite de crédito em recursos financeiros – neste caso, o aliciado se posiciona como outra vítima da mesma fraude. Vale lembrar que esse golpe não se restringe ao uso de cartões de crédito; é possível que o golpista invista em cartões de lojas ou cartões-presente.

Outro exemplo que a Experian observou no Reino Unido é a abordagem a endividados, que aceitam que o fraudador "pague a mais" pela pendência existente em seu cartão de crédito. O resultado disso é um saldo positivo enorme na carteira do laranja e uma transferência posterior dessa diferença para a conta do fraudador (“lavando” os recursos investidos).

Hoje, bancos e financeiras devem investir pesado para identificar a presença de laranjas em sua base de clientes ou para impedi-los de criar novas contas. E uma das camadas de proteção da Serasa Experian que atua nessa frente é o Alerta Perfil Laranja, que usa dados atualizados e algoritmos baseados em inteligência artificial e machine learning para detectar rapidamente as atividades que indiquem a possibilidade de um laranja estar em ação.

Em 2023, o AllowMe já fazia um alerta em relação ao crescimento do uso de contas laranjas para a realização de transações fraudulentas. Para entender melhor a engenharia que os fraudadores já estão acostumados a aplicar, baixe este e-book exclusivo.

3. Compartilhamento de dados sobre crimes financeiros

O compartilhamento de informações sobre crimes cometidos dentro do sistema financeiro entre instituições é uma tendência no mundo todo. Enquanto a Lei de Crimes Econômicos e Transparência Corporativa foi aprovada no Reino Unido em 2023, o Brasil também teve uma regulamentação definida pelo Banco Central do Brasil e pelo Conselho Monetário Nacional sobre o tema.

O escopo das legislações é o mesmo: diminuir a distância que os fraudadores estabeleceram em relação ao compartilhamento destes dados, determinando a troca direta e indireta de informações entre instituições para fins de combate à criminalidade financeira. No Brasil, a Resolução Conjunta nº 6 foi implementada em maio do ano passado, e a RC 343 ajudou a definir o período de implementação das novas regras – vigentes desde 1º de fevereiro de 2024.

Na prática, os fraudadores já compartilham dados em seu modus operandi. Indivíduos e gangues criminosas conversam para aprimorar técnicas e encontrar novas brechas no sistema financeiro. Do outro lado, as instituições só enxergavam os próprios dados de clientes, sem outras formas legítimas de ver se os clientes cometeram crimes financeiros em outras instituições – sem falar na impossibilidade de integrar dados cadastrais de diversas instituições, dados de investigações de PLD e outros insights em seus fluxos de trabalho.

Agora, com o apoio de soluções como o Fraude Data Hub, as IFs conseguem estabelecer parâmetros de risco e conformidade de dados que ajudarão a identificar quem comete qualquer tipo de crime em outras instituições. Com o potencial de acessar múltiplos dados de PLD, KYC e riscos de crédito, ficará mais fácil identificar as tendências de fraude emergentes, mitigando os riscos em geral.

4. Maior uso do Open Banking para verificar identificação

Essa é uma tendência bem clara no Reino Unido, mercado pioneiro em Open Banking e mais maduro em relação ao tema. Mas o potencial também é extensivo a países como o Brasil, onde a implementação completou recentemente 3 anos, em 1º de fevereiro.

Agora em 2024, os recursos de verificação de identidade oferecidos pelo Open Banking devem ser mais utilizados no mercado global, especialmente quando associados a outros métodos de identificação e autenticação.

Com um big data inigualável como o da Serasa Experian, empresas como a sua podem ir além de um acesso aos dados padronizados que são compartilhados via sistema do Banco Central. Nós temos soluções integradas que podem complementar a sua visão sobre o Open Finance (a evolução do nosso Open Banking), usado pelos consumidores para melhorar a pontuação de crédito, otimizar e acelerar o acesso a financiamentos.

5. Crescimento das fraudes impulsionadas por IA Generativa

A tendência de aumento das fraudes com o uso de inteligência artificial generativa é tão relevante no cenário mundial que nós já falamos sobre ela em um post completo no blog da Serasa Experian. De qualquer forma, vale reforçar essa pauta por aqui: os nossos especialistas enxergam que essa é uma das maiores preocupações que uma empresa pode ter neste ano de 2024.

Com a popularização dos algoritmos avançados de IA Generativa no ano passado, a evolução tecnológica se fez presente tanto para o bem quanto para o mal. Assim, os fraudadores irão abusar dos recursos presentes em plataformas de GenAI para, por exemplo, criar identidades e contas falsas em escala, manipular imagens estáticas e em movimento (deepfakes), fraudar documentos de identidade com alta fidelidade, usar voz e vídeo na criação de perfis sociais de clientes hiper-realistas, tudo em busca de burlar os sistemas de segurança tradicionais.

A IA Generativa aumenta os riscos de fraude, permitindo que os golpistas escalem seus ataques rapidamente. Afinal, antes, a criação de uma imagem ou um documento falso levava dias e até semanas para ser concluída; hoje, a fraude pode ser cometida em escala, com simples comandos de recortar e colar. As gravações de voz podem ainda facilitar a aplicação de golpes (como o de romance, por exemplo), com base em gravações que são altamente realistas, mensagens instantâneas que emulam a linguagem da vítima.

Lidar com esses riscos é altamente desafiador, mas as nossas camadas de proteção antifraude (como a Biometria Facial) são orientadas, também por IA, a detectar e combater riscos provenientes do uso de dados falsos. E não fica apenas no reconhecimento de imagens: podemos distinguir o que é real e o que é falso com o uso de camadas voltadas para Cadastro | KYC, análise de riscos de dispositivos e verificação da autenticidade de documentos.

Não esqueça: a Serasa Experian sabe quem é quem

Assim como a tecnologia está evoluindo também a serviço dos fraudadores, o uso das soluções certas, com o suporte do maior big data da América Latina, pode capacitar uma organização a identificar e se proteger dos riscos de fraude. Tudo isso de forma rápida e em larga escala. Para isso, não tem segredo: só a primeira e maior Datatech do país sabe quem é quem: a Serasa Experian.

Com a eficiência comprovada dos nossos modelos analíticos e a expertise em tecnologias antifraude que realmente protegem o ambiente digital das empresas, nós podemos ser a parceira ideal para que você possa se manter sempre um passo à frente das tendências de fraude. Acesse agentesabequemequem.com.br e fale com a gente!