O profissional de marketing de hoje nunca precisou estar tão conectado com o futuro. Na era de dados, a troca de informação acontece em velocidade instantânea. Além de, muitas vezes, gerar demandas que as empresas ainda nem estão preparadas para atender.

Diante do desafio de atender bem e encantar pessoas conectadas full time, cresce a importância da análise de dados como recurso para entender melhor o cliente. É o chamado omnishopper, o comprador que utiliza todos os recursos de comunicação disponíveis na hora de comprar e de se relacionar.

Por sua vez, esse cliente super conectado é figura central no chamado VUCA World, o mundo em que cada vez mais as coisas são Voláteis, Incertas, Complexas e Ambíguas. Todo esse contexto nos leva a refletir sobre o novo marketing que deve ganhar corpo nos próximos meses e anos, de maneira a antecipar tendências e reduzir incertezas.

Então, você está preparado para o futuro? Acompanhe!

O novo marketing já está aqui!

Na era pré-digital, o marketing seguia por uma via de mão única, na qual o consumidor era um simples receptor de informação. As empresas investiam em produzir e veicular anúncios em rádios, TVs e impressos para seus públicos-alvo.

Conforme o volume das vendas, as empresas concluíam se essas estratégias estavam mais ou menos certas. Embora houvesse alguma quantidade de informação a ser analisada, tudo era muito superficial e sujeito a falhas de interpretação.

A partir da massificação da internet e, principalmente, do uso de dispositivos móveis para se conectar, essa relação passou por mudanças profundas. A mais significativa delas é que as pessoas, de simples receptoras, passaram a ser geradoras de informação, ou seja, de dados.

Coletar, armazenar e codificar esse enorme volume de dados é o desafio do profissional de marketing de hoje e do futuro. E, mesmo com tanta tecnologia disponível, o tratamento desses dados é realmente uma dificuldade.

As novas rotinas do marketing

Com tanta informação sendo produzida, a primeira necessidade a ser satisfeita é a sua filtragem. É aí que o profissional de marketing do futuro, que na verdade deve aplicar agora essas habilidades, ganha mais relevância.

Isso porque cabe a você coletar esses dados, determinar critérios para sua utilização e, assim, organizá-los de modo que façam sentido. Afinal, na era da conexão contínua, saem na frente as empresas eficazes em responder com rapidez aos desejos manifestados pelas pessoas online.

E se essas respostas são acompanhadas de orientação, curadoria e acompanhamento, então sua empresa dá um passo decisivo para fidelizar clientes. É assim que fazem grandes empresas como a Nike, que com dispositivos conectados aos seus calçados, é capaz de atuar remotamente como um personal trainer. Lembretes de dias e horários de treinos, por exemplo, podem ser enviados para pessoas que se disponham a ter esse tipo de assessoria.

Principais conceitos e tecnologias já aplicadas

Esse exemplo do tópico anterior é um dentre tantos exemplos que podem ser citados para se formar uma ideia do significado da análise de dados para profissionais de marketing. Portanto, é fundamental se familiarizar com os conceitos e tecnologias mais utilizadas nesse contexto.

Inteligência Artificial

O fluxo de mão dupla das informações permite o desenvolvimento de computadores e dispositivos dotados da chamada Inteligência Artificial. Trata-se da capacidade que certas máquinas e softwares de CRM têm de coletar e estruturar dados, formando insights para as pessoas que têm acesso aos seus bancos de dados.

Machine Learning

Todo esse processo, por sua vez, é conhecido como Machine Learning, ou Aprendizado de Máquinas, em português. Nos dispositivos de hoje, esse aprendizado consiste em detectar padrões de comportamento de um usuário. A partir dessa detecção, a máquina decide de forma autônoma que medidas tomar. É o caso, por exemplo, dos serviços de e-mail que filtram automaticamente certos tipos de mensagem, classificando-as como Spam.

Big Data

O universo de dados gerados para posterior análise e estruturação é conhecido como Big Data. A partir desse conceito, surgiu um outro, que dá conta dos dados não aproveitados. É o Dark Data, representado pelo vastíssimo volume de informação não tratada e, em consequência, não aproveitada por empresas e profissionais de marketing em suas ações.

Um caso que ilustra bem a aplicação prática do Big Data em ações de marketing vem a da loja Macy,s, nos Estados Unidos. Com uso desse conceito, eles otimizaram o fluxo de mercadorias. Ou seja, reduzindo o encalhe, eles também reduziram as perdas em estoque e, dessa forma, aumentaram suas receitas sem precisar de grandes investimentos em publicidade e propaganda. Com o Big Data, eles otimizaram recursos que já estavam disponíveis.

Existem ferramentas e soluções que podem ajudar os profissionais de marketing a trabalharem com mais qualidade os dados que tem disponíveis. Existem, por exemplo, soluções que além de transcreverem conversas por telefone, são capazes de entregar uma análise aprofundada sobre o teor da conversa, perfil do cliente, etc. Isso seria basicamente pegar dados desestruturados e estruturados para que, assim, seja possível ter insights de qualidade e aplicá-los em sua estratégia de negócio

Como se preparar para o futuro?

Todo esse aparato técnico e dados a serem tratados forçam as pessoas que trabalham com marketing a se preparar, tendo em vista um futuro que já está acontecendo. Portanto, é preciso estimular uma série de competências, de maneira a atuar com desenvoltura.

1- Ter capacidade analítica

Com tanta informação circulando, é imprescindível adquirir habilidades analíticas ligadas à inteligência & dados. Essas habilidades incluem a utilização sistemática de ferramentas como o Google Analytics, pelas quais dados são coletados e pré-organizados para uso em estratégias de marketing digital.

2- Usar conscientemente a criatividade

Seja como for, não basta apenas interpretar dados e tomar decisões de forma mecânica. A imaginação e a criatividade ainda têm um importante papel a desempenhar, em função da exigência crescente por conteúdos, produtos e ideias que saiam do lugar comum. O cliente omnichannel, nesse sentido, é igualmente atento a esse tipo de característica. Portanto, mais do mesmo não é o que ele procura, mas experiências com significado.

3- Se aprofundar nas mídias e canais digitais

Também é exigido dos profissionais de marketing que conheçam em profundidade os canais digitais pelos quais se comunicam e realizam suas vendas. Redes sociais, sites e e-commerce, nesse aspecto, devem ter estratégias sempre orientadas por dados e constantemente atualizadas.

4- Ser capaz de entender o comportamento humano

Outro aspecto que deve ser desenvolvido é o conhecimento profundo do comportamento do consumidor, que como já vimos, se comunica por múltiplos canais, inclusive offline. Nos estágios mais avançados de uma estratégia de marketing baseada em dados, é possível chegar ao nível de prever suas intenções e oferecer soluções mesmo sem ser solicitadas. Isso já é, de certa forma, praticado pelo Google. Ao usar cookies, o motor de busca tenta se antecipar, mostrando anúncios que atendam às necessidades das pessoas no lugar certo e na hora certa.

Finalmente, mas não menos importante, quem opera no mercado do marketing precisa desenvolver também suas próprias habilidades comportamentais. Em estratégias conectadas, relacionar-se bem é questão de sobrevivência e, em última análise, determina o quanto a empresa é competitiva.

Resumidamente, você conheceu aqui alguns dos aspectos mais relevantes que estão levando o profissional de marketing a se reinventar diariamente. A partir desse conhecimento, esperamos que você possa enfrentar os desafios da profissão com mais segurança. Afinal, o seu cliente está conectado, esperando pelas suas soluções. Não o deixe migrar para a concorrência!

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