Organizações precisam de pessoas capacitadas para usar as informações a favor do negócio.

Muito além do que apenas manter um site ou perfis nas mídias sociais digitais, utilizar a tecnologia para melhorar o desempenho e os resultados da organização significa incorporar mudanças na estrutura. Em um cenário onde é crescente o número de empresas que enxergam as informações como oportunidade para aumentar receita e reduzir custos, é preciso ter pessoas capacitadas para coletar, gerenciar e analisar esses dados para gerar um verdadeiro valor comercial.

Pesquisa da Experian, feita em 2017 com 311 organizações dos Estados Unidos da América (EUA), indicou a intenção de contratação de profissionais ligados a dados, tanto em funções relacionadas ao negócio quanto em cargos que avaliam conformidade com leis e regulamentos que regem o setor. A maioria declarou intenção de investir, nos 12 meses seguintes, em executivos capacitados para conduzir a estratégia de informação e analistas de dados para transformá-los em insights de negócios, assim como em profissionais de compliance. A tendência é que esses resultados sejam similares no Brasil, onde diversos levantamentos de empresas de Recursos Humanos incluem engenheiros ou cientista de dados entre os profissionais mais procurados.

Cargos em alta

Entre os cargos mais requisitados, segundo a pesquisa norte-americana, está o de analista de dados. O estudo indicou que 46% das empresas pretendia contratar esse profissional no ano seguinte. Eles têm sido valorizados por poderem atuar em muitas áreas do negócio, desde finanças até marketing, sempre com a missão de obter os melhores resultados a partir dos dados disponíveis.

Responsáveis pela segurança das informações dos consumidores, os agentes de proteção de dados aparecem na pesquisa como alvo de contratação de 30% das empresas entrevistadas nos EUA. Esse profissional é responsável por treinar os funcionários sobre regulamentos e manipulação de dados, assim como fazer contatos com autoridades de auditorias externas.

Como a maior parte das informações coletadas pelas empresas são sobre os consumidores, os especialistas em dados com foco no cliente também estão em alta. De acordo com o levantamento da Experian, 30% das empresas ouvidas pretendiam contratar um profissional com esse perfil – voltado a entender o cliente para poder atendê-lo melhor. Entre suas funções estão usar dados para segmentar a base de clientes, determinando aqueles que usariam seus produtos ou serviços.

Os agentes de compliance são citados na pesquisa por 29% das empresas. Com a grande complexidade e demanda por dados nas empresas, a função é essencial para manter o padrão ético e reduzir riscos, particularmente quanto a questões legais e regulatórias.

Embora apareça com 19% de citações pelas empresas pesquisadas nos EUA, o Chief Data Officer (CDO) é mencionado por 51% dos altos executivos (nível C) como profissional que eles planejam contratar. Esse interesse se explica porque o CDO é o responsável pela implementação e desenvolvimento da estratégia de dados na organização – incluindo segurança de dados, governança, qualidade e gestão – e tem a missão de aproximar as áreas de negócios e o departamento de TI, garantindo que os dados sejam realmente ativos com grande valor comercial.

O interesse nesses profissionais reflete a importância que as empresas enxergam nos dados para orientar a tomada de decisões e o gerenciamento de riscos. Com os recursos tecnológicos corretos e com profissionais altamente qualificados é possível colocar em prática uma estratégia vencedora.