Da gestão de dados à inteligência analítica

Por Amanda Araújo

O consumo de informação nunca esteve tão veloz e abundante. Seja pelo tablet, notebook, celular ou até mesmo pelo relógio, somos bombardeados de informação o tempo todo. Uma vez que a disseminação de conteúdo acontece de forma rápida e barata e de todos os lados – empresas e clientes compartilham em seus canais centenas de conteúdo diariamente – atrair a atenção do consumidor é cada vez mais desafiador.

Além de conteúdo, as marcas têm acesso a um leque de informações sobre seu consumidor, que são base fundamental para construir um relacionamento assertivo com seu cliente. No entanto, nesse contexto de “hiperinformação” é fundamental que os dados sejam geridos de forma organizada, para que o volume seja rentável e produtivo. Ou seja, um banco de dados e não um bando de dados.

O uso adequado das ferramentas de dados e técnicas de CRM (Customer Relationship Marketing) torna viável gerir as informações com relevância e, ainda, quebra o paradigma de que quanto mais informações forem obtidas sobre os clientes, maior é o índice de resposta a uma campanha de marketing. Na verdade, os melhores resultados estão baseados em utilizar a informação adequada com sincronicidade e assertividade, isto é, atingir a pessoa certa, no momento certo e na forma certa. 

De maneira simplificada, as ferramentas de CRM utilizam sistemas que organizam toda a informação de modo a transformá-la em dados tangíveis para uma ação de marketing que melhore a experiência de cada consumidor individualmente. Para exemplificar: se um cliente mora em uma determinada região, possui uma faixa etária específica e tem um perfil transacional A, então devo oferecer o produto X no canal de vendas Y. Para que isso ocorra é necessária a utilização de automatizações em ferramentas tecnológicas.

Vale ressaltar que o uso do CRM pelas empresas não se trata apenas de tecnologia, mas sim da inteligência analítica aplicada na interpretação dos dados. Nesse sentido, a gestão das informações de forma qualitativa é mais importante do que a quantidade e variedade; isto porque, talvez mais grave do que não possuir fontes de acesso a informações, é não dispor de capacidade de aprendizado e conhecimento para fazer uso das mesmas.

Amanda Araújo, gerente de produtos de Targeting da Serasa Experian Marketing Services.