Monitoramento por satélite permite conhecer crescimento do uso de recursos hídricos no agronegócio brasileiro

A agricultura irrigada é o maior e mais dinâmico setor usuário de recursos hídricos no Brasil, responsável por cerca de 50% do volume de água captado nos mananciais do país, o que supera a média de um milhão de litros por segundo. Ao longo das últimas décadas, a Agência Nacional de Águas (ANA) vem construindo uma base técnica significativa sobre o setor, consolidada na primeira edição do Atlas Irrigação: uso da água na agricultura irrigada.

Em 2016, a Agrosatélite, empresa que passou a integrar a Serasa Experian em 2023, foi selecionada pela Agência Nacional de Águas para mapear as áreas de cana-de-açúcar irrigada sob diferentes modalidades de lâminas (irrigação de salvamento, com déficit hídrico e plena) em toda a região Centro-Sul do país. Na safra 2017/2018 o projeto foi retomado, e passou a incluir também o mapeamento da região Nordeste.

Os estudos geraram um relatório que mapeou polos de diversos cultivos agrícolas irrigados em regiões produtoras do Brasil com base em dados agrometeorológicos e de sensoriamento remoto.  Os resultados oferecem uma base metodológica para a evolução do mapeamento de cultivos irrigados que podem orientar investimentos e políticas de crédito de instituições financeiras e cooperativas que busquem investir em lavouras irrigadas.

Conheça alguns destaques do estudo:

Projeto Inicial (Safra 2015/16):

Contratante: Agência Nacional de Águas (ANA)
Responsável: Agrosatélite

  • Área Mapeada: Centro-Sul do Brasil
  • Área Identificada: 1,7 milhão de hectares de cana irrigada (17,2% dos canaviais)
  • Irrigação Plena ou com Déficit: Apenas 27.300 hectares (1,6%)

Atualização do Estudo (Safra 2017/18):

  • Nova Área: Inclusão da região Nordeste
  • Expansão: Mapeamento de seis polos de diversos cultivos irrigados em várias regiões do Brasil
  • Metodologia: Uso de dados meteorológicos e de sensoriamento remoto

Crescimento da Agricultura Irrigada no Brasil:

Décadas de Crescimento:

  • 1960: 462 mil hectares
  • 1970: Mais de 1 milhão de hectares
  • 1990: Mais de 3 milhões de hectares
  • 2016: Mais de 7 milhões de hectares
  • Taxas de Crescimento: entre 4,4% e 7,3% ao ano desde 1960
  • Fatores de Crescimento: expansão persistente, mesmo em períodos econômicos instáveis

Potencial de Expansão:

  • Área adicional irrigável: Até 76,2 milhões de hectares (potencial físico total)
  • Potencial efetivo: 11,2 milhões de hectares (considerando aptidão física, infraestrutura de escoamento e energia elétrica)

Impactos da Irrigação:

  • Aumento da produtividade: maior produtividade e valor da produção.
  • Redução da pressão sobre novas áreas: menor necessidade de incorporar novas áreas de cultivo.
  • Contribuição para a segurança alimentar: benefícios para a segurança alimentar e produtiva do setor agroindustrial.

Polos nacionais de Irrigação:

  • Delimitação: 29 polos nacionais de irrigação identificados pela ANA

Tipologias de Concentração:

  • Arroz por inundação: principalmente no Sul e sudoeste de Tocantins
  • Pivôs centrais: predominante na produção de grãos (soja, milho, feijão, algodão), especialmente no Cerrado

Baixe os relatórios

Conheça mais detalhes sobre o mapeamento das áreas irrigadas e os avanços na agricultura irrigada no Brasil. Os materiais permitem aprofundamento em dados e insights que podem impulsionar práticas agrícolas rentáveis e sustentáveis.

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