Adoção de novas tecnologias é aposta para o segmento

Responsável por cerca de 26% do PIB brasileiro, o agronegócio mantém ritmo de crescimento constante, ano após ano. Mas quem atua no agro sabe que há riscos envolvidos mesmo em anos de safras recordes, como eventos climáticos e movimentações do mercado global, que causam perdas significativas para produtores e financiadores.

Estes impactos levam todos os participantes da cadeia de valor do agro a buscar aperfeiçoamento do ambiente de negócios para que o setor continue a crescer. Entre eles, as seguradoras enfrentam alguns dos maiores desafios.

Seguros no campo: crescimento é recorde, mas há espaço para mais

De acordo com a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), os prêmios de seguro rural arrecadados em 2021 atingiram R$ 9,6 bilhões, registrando um crescimento superior a 40% em relação a 2020. Deste montante, R$ 7,1 bilhões foram desembolsados em razão de sinistros, um aumento de 94% quando comparado ao período anterior. Vale ressaltar que parte da cobertura de seguros é subvencionada para o produtor rural por meio de políticas públicas e programas do governo federal, como o Plano Safra.

Apesar de ser o quarto maior produtor de grãos do planeta, somente 20% da área de plantio do Brasil está segurada. O potencial para crescimento é atrativo quando o comparamos com as terras produtivas seguradas nas outras grandes economias globais do agro, como podemos ver no infográfico abaixo.

Precificação e boas práticas ESG: desafios históricos e atuais

Entre os grandes desafios das seguradoras que atuam no agronegócio, está a capacidade de precificar apólices com maior precisão. Para montar ofertas de seguros customizadas e que atendam a todos os riscos envolvidos, é preciso levar em conta um grande volume de dados, como histórico de produção do agricultor, sua saúde financeira, relacionamento com distribuidoras de insumos, características de uso do solo das propriedades, além da análise de séries históricas do clima.

Um exemplo de desafio atual é a Circular 666 da Susep (Superintendência de Seguros Privados), que entrou em vigor em agosto de 2022 e dispõe sobre os requisitos de sustentabilidade nas operações de seguradoras, resseguradoras, entidades de previdência complementar e sociedades de capitalização.

Em evento recente realizado pela Serasa Experian com representantes do segmento, a advogada especializada em direito ambiental e ESG, Fernanda Stefanello, citou: “Fazer a gestão de riscos relativos à sustentabilidade é crucial. Por ano, são editadas cerca de 5 mil normas, entre estaduais e federais, que incidem sobre o tema”.

 “Atender às regulações socioambientais não previne apenas riscos financeiros e de reputação, mas também pode trazer oportunidades de negócios.” 

Fernanda Stefanello
Advogada especializada em direito ambiental e ESG

 

O futuro do seguro rural é tech

Contar com soluções automatizadas para atender a toda a jornada de seguros pode ser a peça-chave para que o segmento avance na superação de desafios históricos, como a precificação, e também de novos desafios, como o cumprimento de obrigações socioambientais, que têm evoluído a cada dia. Dinamizar os fluxos de validação e o monitoramento de dados permite que as seguradoras ganhem escalabilidade e eficiência operacional.

Soluções como o Insurance Monitor da Serasa Experian possibilitam lidar com um grande volume de propostas, monitorar propriedades e plantações seguradas, além de checar e validar apólices vigentes.

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