Depois de todos os desafios que as pequenas e médias empresas tiveram que enfrentar em 2020, o que esperar da econômica em 2021? Será que vamos retomar o caminho de crescimento ou teremos que lidar com a recessão? Em busca de respostas, promovemos um webinar com dois especialistas da Serasa Experian: Julio Lopes, Gerente de Vendas PME; e Luiz Rabi, nosso Economista Chefe.
Neste post, destacamos os principais pontos levantados pelos especialistas durante o Webinar. Mas já adiantando o que todos querem saber: a expectativa é que 2021 seja o ano da retomada, com a economia voltando a crescer. Essa previsão, no entanto, é cercada de incertezas, como você poderá conferir abaixo. Mas ainda assim, são análises que as PMEs podem considerar na hora de planejarem seus próximos passos.
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Análise dos especialistas sobre tendências da econômica para 2021
Com a palavra, Luiz Rabi e Julio Lopes:
“Depois do baque que tivemos no segundo trimestre de 2020, uma série de medidas foram tomadas, como o pagamento do auxílio emergencial, ampliação de gasto público (principalmente no setor de saúde), redução da taxa de juros (a Selic teve o menor patamar histórico, a 2%), o que acabou beneficiando a renegociação de dívidas.
“Houve uma postura até mais favorável dos bancos em renegociar as dívidas de empresas e consumidores. E aconteceram injeções de liquidez, liberação de compulsórios e fundos de aval que foram disponibilizados pelo governo através do Sebrae, por exemplo. Um arsenal bastante parrudo para combater os impactos iniciais da pandemia e recolocar a economia brasileira na trajetória de crescimento.
“O que nós vimos a partir do segundo semestre foi o que chamamos de curva em V. Ou seja, primeiro tivemos um tombo extremamente significativo, mas a partir da metade do ano tivemos também uma recuperação muito rápida.
“E alguns setores, inclusive, se destacaram. Porque, com as mudanças nos hábitos dos consumidores – que antes saíam de casa e passaram a permanecer em casa – todo um padrão de comportamento foi alterado. O que os consumidores gastavam com serviços externos (bares, restaurantes, viagens, compras e lazer) foi substituído pelo consumo do lazer doméstico.
“Os consumidores compraram TVs melhores, pediram mais delivery, passaram a trabalhar remotamente (então precisaram de novos computadores), reformaram cômodos para adaptar ao home office e trocaram de mobília para tanto. Houve toda uma readaptação do padrão de consumo onde o consumo de serviços foi deslocado para o consumo de bens.
“Temos uma tendência de recuperação econômica. Porém, é uma projeção ainda cercada de muitas incertezas: teremos uma segunda onda de Covid? Qual será a eficácia da vacina? E quanto tempo levará para que todos sejam imunizados?
“E, no Brasil, temos ainda outras incertezas que precisam ser superadas para que possamos confiar cada vez mais na projeção de crescimento de 3,6% do FMI (para 2021). Uma delas é justamente relacionada ao poder de compra dos consumidores, que esse ano aparentemente não terão o auxílio emergencial. E lembremos: mais de 13 milhões de brasileiros perderam o emprego durante a pandemia e, desses, apenas uma pequena porcentagem conseguiu voltar para o mercado de trabalho.
“A nossa avaliação é que a economia brasileira em 2021 seguirá em crescimento. E na medida que a vacinação for avançando e as pessoas recolocadas no mercado de trabalho, todos aqueles serviços com aglomeração (que ainda estão parados) aos poucos começarão a ganhar tração e contribuir para o crescimento econômico em 2021.
“Para ter sucesso empresarial, levando em conta todas as etapas do ciclo de negócios, tudo precisa ser muito bem pensado para ter ganho de eficiência. E a Serasa Experian tem soluções para todas essas etapas. Nosso papel principal como empresa é auxiliar o empresário em todas as etapas do ciclo de negócio dele.
“É importante que as empresas tenham em mente que nem toda crise é igual. E, por isso, é fundamental que as empresas tenham soluções diversificadas e usem-nas na hora certa. E a Serasa Experian está aqui para dar esse auxílio”.
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