Você certamente já ouviu falar alguma vez na expressão “poder de compra”, não é mesmo? Apesar de ser muito utilizada, nem todo mundo sabe o que ela significa ou mesmo que pode afetar o poder aquisitivo de uma população inteira.

Para que você possa ficar por dentro do assunto e entender definitivamente o que é o poder de compra, preparamos um conteúdo completo sobre o assunto. Então, aproveite para saber mais sobre essa variável tão importante para as dinâmicas de mercado que afetam o seu negócio. Confira!

O que é poder de compra?

Primeiramente, vamos entender o que é poder de compra. Sinônimo da expressão “poder aquisitivo”, o poder de compra é a capacidade que alguém tem de adquirir itens com determinada quantia de dinheiro. Portanto, é o que você é capaz de comprar com o valor que tem na carteira.

Esse é um conceito bastante importante para comparar o que, com determinado valor, você consegue comprar hoje e o que conseguia comprar há alguns anos. Em função de acontecimentos como inflação, por exemplo, as moedas se desvalorizam e, com isso, levam junto o poder de compra de uma pessoa.

Faça um exercício simples: imagine tudo o que você conseguia comprar no supermercado há 20 anos se tivesse apenas uma nota de R$ 50. Agora, pense em tudo o que era possível comprar com a mesma quantia de dinheiro há 10 anos. E, então, compare com o que você consegue levar para casa hoje com o mesmo valor.

Certamente, você consegue uma quantia bem menor de itens hoje em dia, não é mesmo? Isso significa que você perdeu seu poder de compra enquanto consumidor.

Para que serve o poder de compra?

O poder de compra serve, basicamente, para identificar o equilíbrio (ou desequilíbrio) entre o que uma população ganha e o que ela gasta. Se o poder de compra estiver muito baixo, as empresas não conseguirão fechar muitos negócios, e toda a economia sairá prejudicada.

Por outro lado, se o poder de compra for exorbitantemente alto, isso pode dificultar a vida dos empreendedores, que podem simplesmente não dar conta da demanda. Logo, é fundamental que o poder de compra seja uma variável em constante regulação pelos órgãos econômicos.

Como funciona o poder de compra?

A determinação do poder de compra está diretamente ligada à inflação (ou à deflação) existente em uma economia. Quando ocorre a inflação, é porque existe um excesso de dinheiro naquele sistema econômico, ou seja, é muita demanda para pouca oferta de bens e serviços, o que faz com que os empreendimentos tenham liberdade para cobrar mais dos consumidores.

Assim, se as coisas podem passar a custar mais, significa que é possível realizar menos com o dinheiro. Nesse caso, o Banco Central faz uma pequena interferência, facilitando o acesso a crédito ou baixando os juros, por exemplo, para que as pessoas comprem mais e reequilibrem a lei de oferta e demanda.

Como está o poder de compra no Brasil?

O poder de compra do brasileiro, como em todas as partes do mundo, é determinado principalmente pela chamada paridade do poder de compra. Trata-se de um índice observado pelo Fundo Monetário Internacional que considera o preço de um conjunto de bens em dois países e a taxa de câmbio nominal.

Também é possível observar a trajetória do que se pode adquirir com uma cédula de dinheiro ao longo de um período. Hoje, considerando a inflação, uma cédula de R$ 100 equivale a algo em torno de R$ 13,91 em relação a quando foi criada.

Isso dá uma boa ideia do quanto nossa moeda está desvalorizada e do quanto o brasileiro perdeu seu poder de compra. Logo, é muito mais difícil realizar as vendas em um cenário tão desencorajador.

Ainda assim, para manter o seu negócio sustentável do ponto de vista financeiro, é fundamental fazer uma gestão de vendas eficiente.

Quais são as outras formas de saber o poder de compra?

Existem muitas maneiras distintas de fazer um levantamento do poder de compra de uma população. Quem for realizar o cálculo pode tomar como referência um produto específico, mundialmente consumido, identificando quão “acessível” economicamente ele é em diferentes partes do globo.

Os mais comuns entre os métodos são o Índice Big Mac e o do iPhone. O primeiro compara se o sanduíche em qualquer outro lugar do mundo está mais caro ou mais barato do que nos Estados Unidos. Se for mais caro, a moeda está desvalorizada; se for mais barato, a moeda está valorizada. O mesmo ocorre com o produto da Apple.

Essa comparação também pode ser feita considerando o salário-mínimo, por exemplo.

Como manter o poder de compra?

Se nada for feito, o movimento natural é de que todas as moedas do mundo entrem em desvalorização. Por isso, é importante que os Bancos Centrais estejam sempre adotando medidas para equilibrar esse movimento.

Além disso, é interessante saber que você não pode fazer nada para controlar os fatores que afetam a inflação ou deflação, afinal, eles são externos a você. Mas é preciso se manter atento para entender como frear os impactos que isso tem nas finanças da empresa.

Então, é preciso ficar de olho sempre que alguma das seguintes situações se apresentar:

  • inflação exacerbada;
  • desvalorização da moeda;
  • crise econômica;
  • mudanças na política monetária;
  • decisões relevantes do Banco Central etc.

A ideia de acompanhar tudo isso é que você consiga adotar medidas para rentabilizar o seu dinheiro. Isso pode ser feito tanto investindo no desenvolvimento do negócio, fomentando as vendas a crédito, por exemplo, quanto aplicando o seu capital de giro. Desse modo, mesmo com a inflação, é possível fazer com que o seu dinheiro valha mais com o passar do tempo.

Como você viu, o dinheiro não mantém o mesmo valor ao longo dos anos, e isso acaba afetando o poder de compra dos consumidores. Além das políticas de regulação de inflação, que são de responsabilidade do governo, é importante que as empresas façam sua parte para motivar as transações financeiras e manter a economia girando mesmo com esses percalços.

Então, agora que você já está por dentro do assunto, que tal expandir seus conhecimentos? Confira o nosso post Análise de Crédito: um guia completo para desenvolver análises precisas!